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Monstras

Saldos – The final countdown!

Estamos na contagem decrescente para o fim dos saldos, mas é muitas vezes aqui que as boas peças podem aparecer. Quando a época de saldos começa vemos logo muita coisa a baixos preços, mas…

 

1 – os preços não são assim tão fantásticos, já para não falar dos casos em que são exatamente os mesmos;

2 – as peças da estação são muitas vezes misturadas com as de estações anteriores;

3 – a maior parte das peças tem um ar quase “velho”, puxado e maltratado.

 

Todos os anos me acontece quase sempre a mesma desilusão: entrar nas lojas com alguma esperança e sair de lá de mãos a abanar ou já com compras da nova coleção (que acabam por ser um prolongamento da mesma estação em que estamos, mas com melhor aspeto).

 

Por isso, nos últimos anos tenho optado por algumas estratégias:

1 – comprar online – muito melhor! As peças são novas e não vêm puxadas nem com mau ar. Claro que há sempre o inconveniente de ter de eventualmente trocá-las depois, mas é um risco a ter em conta em detrimento de enfrentar uma multidão em fúria;

2 – comprar em lojas menos concorridas – há lojas ótimas que, por estarem situadas em certas zonas menos concorridas, acabam por ter mais escolha. Aproveitem por espreitar lojas locais, com marcas nacionais. Podem ser mais caras, mas nesta altura são de aproveitar;

3 – comprar no final dos saldos – acreditem, tem vantagens. Primeiro, já não há tanta gente “à luta” e se isso vos faz pensar que há menos oferta, digo-vos que é muitas vezes nesta fase que as boas peças aparecem e a um melhor preço;

4 – comprar o que nos faz realmente falta – os saldos são uma oportunidade para comprar boas peças a preços mais simpáticos, mas isso não significa perder a cabeça e estoirar as economias em tudo o que nos parece ser um must. Muito importante: olhar para o que já temos em casa e ver o que nos faz realmente falta. Façam uma lista e quando forem às compras obriguem-se a segui-la. Não falha!

 

Para as descrentes que estão a encolher os ombros e a achar que já não mesmo nada para comprar nesta altura do campeonato, deixo algumas sugestões de peças, que a meu ver, são sempre uma boa aposta.

 

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1 - Casaco BimbayLola - 45€

2 - Botas La Redoute - 25€

3 - Jeans Levis 501 Skinny Jeans - 72€

4 -  Top de alças Massimo Dutti - 17,95€

5 - Mala nude Manjerica - 297,50€

 

Espero que gostem destas sugestões!

Boas compras ;)

 

Monstra S.

Passatempo Hawkers

O Natal está à porta e as Monstras estão mais generosas que nunca!

O foco continua a ser a beleza mas, desta vez, optámos por um acessório que vai completar qualquer look! 

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Não, não é a gata Tieta mas sim os óculos de sol da Hawkers!

A mecânica é a mesma e fácil como sempre:

- seguir as Monstras no Facebook e Instagram

- identificar 3 amigas nos comentários do post do passatempo no Facebook

- ter mais de 18 anos

- viver em Portugal Continental

- preencher o formulario abaixo: https://goo.gl/forms/ctJCPA7XKUH8HWSt1 

 

Prazo limite para concorrer - até dia 24 de dezembro, às 24h00

A seleção será efetuada via Random.org e será anunciada dia 26 de dezembro.

 

Boa sorte a todos!!

 

Beijos das Monstras

Modelitos de Monstra: Pelo na venta (and everywhere)

Estamos a um mês do inverno e o frio já se faz sentir, principalmente de manhãzinha e à noite (pijamas polares, quem já aderiu?). Brrrrrr!

Este friozinho veio mesmo a tempo de fazer pandã com uma das grandes tendências desta estação: o pelo.

Na minha opinião é mesmo “A” tendência, pois ora que ele está em todo o lado: em look total, em look parcial, em apliques, em acessórios – até nas sobrancelhas o pelo a mais é tendência! Unicelhas, monocelhas e unissobrancelhas deste país, soltai-vos sem pudor – este é o ano!

 

Eu cá gosto da tendência (versão pelo sintético, obviamente), mas como tão bem me conhecem, aqui a Monstra gosta de apostar em peças versáteis e que podem ter alguma durabilidade. Dito isto, de todos os sítios onde há pelo nesta estação, eu prefiro vê-lo nos casacos (e nas sobrancelhas também pode ser, que é da maneira que tenho de ir à tortura da linha menos vezes).

 

Deixo-vos com uma pequena ponta do iceberg, porque este ano todas as lojas estão inundadas destes casacos. Duas coisas obrigatórias que devem ter em conta na hora de escolher: qualidade do pelo e qualidade do corte. Esmiuçando um pouco:

Qualidade do pelo – é importante não andar com um pelo com a textura de uma esfregona. Convém ser macio e é o suficiente para ter um bom ar. Rejeitem as versões "ásperas" e muito brilhantes.

Qualidade do corte – os pelos sintético têm tendência em enrolar nos forros, principalmente quando são peças mais finas. Ter em atenção esse aspeto fará com que a sua peça dure mais tempo com um bom ar.

 

 E agora as sugestões da Monstra:

 

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1 – Pequena chita by H&M (89,99€) – adoroooo os padrões animalescos, mas é preciso ter muitíssimo cuidado a usá-los. Aliás, os padrões animalescos deviam vir com bolinha e com um aviso de como usá-los. Há um grande risco de ficarmos com ar duvidoso, de quem está a aviar bifanas com cebola na Feira do Relógio (nada contra, atenção, sou fã do conceito dentro do contexto, claro)

 

2 – Baby Spice by H&M (89,99€) – este casaco é lindão e faz-me lembrar a Emma das Spice (so 90’s 😊)! E vocês estão a pensar: “Ah, é lindo, é, mas não fica bem com nada”. É falso, fica muito bem com: jeans, roupa preta, roupa branca, com vermelhos, com verde garrafa e verde escuro, com azulão, com bege, com castanho, com cinzento, etc, etc. É uma cor que faz a diferença num look e que fica bem com tantas combinações! Arrisquem!

 

3 – Amarelo canário by Zara (59,95€) – casaquinho fofinho que pode dar um pouco mais nas vistas, é verdade. Mas o corte, sendo mais curto, acaba por equilibrar. Pode usá-lo com jeans azuis, pretos ou cinzentos e uma camisa branca. É o suficiente!

 

4 – Blusão estilo bomber, versão fofa, by La Redoute (99,99€) – este casaquinho é lindo, porque reúne o melhor de dois mundos: um estilo mais formal e um estilo mais informal. O padrão permite dar aquele toque especial, enquanto o corte e o formato dão um ar mais descontraído. Uma boa aposta para ter no guarda-roupa.

 

5 – Cruela Cruel by Zara (79,95€) – em homenagem à Monstra P. que anda a cobiçar o modelito (deixo aqui um apelo a quem ainda não lhe comprou a prenda de Natal, esteja à vontade). Destaca-se ao nível da qualidade, por isso é uma excelente aposta para os anos vindouros. O padrão é absolutamente genial e é mais um exemplar que pode facilmente ser conjugado com looks mais informais.

 

Espero que tenham gostado destas dicas peludas e que se inspirem nelas para criar looks quentinhos e mais arrojados. Eu já ando com um debaixo de olho e estou a aguardar pela Black Friday para me fazer ao pelo, literalmente!

 

Monstra S.

Modelitos de Monstra: o drama das saias plissadas

As saias plissadas podem ser um drama. E porquê? A maior parte das pessoas gosta do modelo, mas...:

 

a) ... não sabe como conjugá-lo

b) ... não têm a certeza se lhe ficará bem

c) ... não têm atitude suficiente para o usar

 

Não existe uma fórmula mágica, ou seja, é bem provável que o modelo da saia plissada não fique bem a muita gente. Mas há, de facto, muitas pessoas que pensam não lhes ficar bem e que estão redondamente enganadas. E eu cá conheço umas quantas, a começar logo pela Monstra P., que tem um exemplar encafuado no armário à espera do Apocalipse. Isso só me faz lembrar a minha avó, que tem sempre uma série de modelitos religiosamente guardados para quando for parar ao hospital. 

 

Se quer usar uma saia plissada tem de usá-la com atitude. Se consegue cortar uma cebola, chorar e fazer o jantar com a maquilhagem esborratada (esta sou eu), porque carga de água não há de conseguir sair à rua com uma saia plissada?

Exato.

 

Por isso, se evitar a próxima lista de erros, não há mesmo como falhar:

- Não usar a saia plissada com collants opacos (se for uma pessoa baixa, é mesmo proibido)

- Não usar o cós da saia abaixo da linha do umbigo, sempre acima (isto não quer dizer que seja para usar nos sovacos ou na linha das mamas)

- Não usar com botas até ao joelho (só se for uma pessoa muito alta e magra, senão esqueça)

- Não usar saia plissada até aos pés, se for uma amostra de pessoa (tipo Monstras). É importante que a saia bata ao nível do joelho ou ligeiramente abaixo.

- Não usar t-shirts ou tops muito justos. Pode usar por dentro (preferencialmente) ou por fora (com muitíssima atitude), mas sempre com uma folga.

- Não usar saias muito rodadas, se for uma pessoa cheinha ou com ancas muito largas. Opte pelos modelos mais fluídos.

 

E pronto, é isto! Fácil, não é? Agora, inspire-se nesta gente gira e toca a usar saias plissadas com fartura. Yes, you can!

 

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Com ténis: use ligeiramente abaixo do joelho. Tem de se ver pele, para não ficar com um ar estranho.

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Com saltos: um salto alto faz sempre a diferença, por isso, se puder, prefira esta opção. Vai alongar a sua figura.

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Com ténis e saia comprida: se é alta pode usar esta versão, mas opte por saias pouco rodadas e mais fluídas.

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Com botas: prefira versões de cano baixo (pelo tornozelo) e conjugue de preferência com a mesma palete cromática da saia.

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 Com ténis e casaco comprido: este é um look difícil de obter, pois pode não favorecer a maior parte das pessoas. No entanto, se optar por uma palete de cores neutra o resultado será sempre melhor.

 

 

Monstra S.

 

Fonte das imagens: Google

 

Cheap&chic: look de outono à la Monstra

Há algum tempo que não faziamos um editorial com modelitos interessantes e, a pedido de uma colega nossa, decidimos fazer aqui uma sugestão de looks mais económicos e igualmente TOP!

 

Então cá vai:

 

 

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1 - T-shirt H&M: 9,99€ 

Ideal para conjugar com saias, calças e jeans. Uma t-shirt branca nunca é demais.

 

2 - Casaco Lefties: 40€

Ok, talvez um pouco arrojado para algumas de vocês, masssss... eu acho que é verdadeiramente fofinho e quero muito um. Conjuga bem com calças estilo "cigarrete", leggins, jeans e vestidos. Além disso é super quentinho, ideal para as noites frias de outono.

 

3 - Calças imitação pele MO: 24,99€

Um mus-have! As calças bum-bum, nome da minha autoria. Se as calças deste género tiverem um bom corte não há ninguém que não beneficie de um upgrade ao bum-bum. Believe me when I say!

 

4 - Body veludo Lefties: 12€

Tendênciaaaaa, super tendência mesmo. Coloquei nesta seleção precisamente por isso. As tendências são daquelas coisas onde, na minha opinião, não tem de se investir uma nota preta. Por isso, se até gostamos de uma ou outra coisa que está muito na moda, este é um exemplo que pode funcionar perfeitamente.

 

5 - Blusão estilo Mottard H&M: 39,99€

Um clássico. Se não puder ou não gostar de pele, que é mais durável e tem melhor qualidade no geral, esta é uma excelente opção

 

6 - Saia plissada MO: 24,99€

Gosto muito e, apesar de não dar certo com toda a gente (farei um post sobre o drama das saias plissadas mais à frente), esta é uma peça versátil e nesta cor... Uau! Adoro :)

 

E pronto, tudo bom, bonito e barato. Quem é amiga, quem é?

Sou eu, a Monstra S.

 

 

Sempre sonhou ser um bocadinho menos MONSTRA? É por isso que tem de ir a este Workshop!

Quem não, certo?

Há dias em que nos parece impossível fazer boa figura quando não temos tempo nem para nos coçarmos! Ah, vida madrasta! Mas, há alguns pequenos truques que nos podem mesmo ajudar a rentabilizar o tempo, a economizar na carteira e ainda a ter uma melhor imagem.

 

E não, não se trata de sermos umas vaidosas pindéricas! A nossa imagem diz muito sobre nós, não só aos outros como a nós próprias. E não há nada melhor do que estarmos bem na nossa própria pele, certo?

 

Por isso, e sem mais rodeios, aqui vos estou a engraxar para se inscreverem  no 1.º Workshop de Imagem e Estilo Pessoal, by Monstra S. (moi même!). O desafiou foi lançado pela minha querida Sílvia, da Visual Concept e eu, claro, acabei por aceitar o desafio. Vão ser três horas muito dinâmicas e muito proveitosas, prometo! E com comidinha, que isto é tudo muito bonito mas há que manter um bucho nos mínimos :)

 

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Cá vos espero para soltar a verdadeira Monstra dentro de vós. Grrrrrrrrr!

 

Monstra S.

Vestidos que todas as MONSTRAS podem usar sem MEDOS

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Um vestido é, provavelmente, a peça mais prática de usar. Ok, logo a seguir a uns jeans e uma t-shirt. Mas… AINDA ASSIM continuo a achar que o vestido ganha – quer dizer, é só enfiá-lo pescoço abaixo e estamos prontas!

Há pouco tempo levantou-se essa questão entre as coleguinhas de trabalho. Muitas delas não adoram usar vestido e foi mesmo por isso que decidi escrever este post. O que eu não faço em prol de um upgrade laboral! É que, honestamente, não sei o que pode correr mal quando se usa um vestido. No limite podem existir 2 problemas:

  • Não saber que tipo de vestido usar
  • Estar um dia de vento

 

Quanto ao segundo problema não há muito a fazer: ou arrisca uma bimba de fora ou vai viver na ignorância para sempre, sobre se aquele vestido poderia ter melhorado verdadeiramente o seu dia. 

 

Já as vantagens são significativas:

  • Rapidez a vestir
  • Relação positiva custo-benefício: compensa sempre, uma vez que com uma única peça a pessoa fica toda vestidinha
  • Melhor opção para dias de calor
  • Vantagem de disfarçar zonas críticas com uma única peça
  • Opção segura para ocasiões formais e informais

 

Se ainda não estão convencidas e são daquelas pessoas que só saem à cena com um vestido em dias de festa, aos fins de semana e quando o rei faz anos, espero ajudá-las com algo mais concreto. Complexos todas temos e a dificuldade está em acertar no modelo ideal para nós. Não vale a pena usar um vestido curto se tiver varizes ou usar um vestido cai-cai se tiver os ombros do incrível Hulk. Mas depois também há o bom senso e, isso sim, é mais preocupante se estiver em falta. Pessoas com muito peito devem evitar grandes decotes e vestidos com saias muito curtas não são para todas as pernas (isto se não quiserem andar por aí com ar vulgar, à striper de Marinhais).

 

Quanto a outros “probleminhas” não vejo como não podem ser resolvidos ou atenuados com a escolha certa:

 

Se é alta e espadaúda – não vai ter grande dificuldade em arranjar um modelo que lhe fique bem. Modelos linha A podem ajudar a dar volume na parte debaixo. Evite apenas os modelos império curtos, pois irão dar a sensação desproporcional (pernas muito compridas em relação ao tronco)

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ORIGEM

 

Se é baixinha – Modelos curtos favorecem sempre. Evite modelos que batam a meio da canela (a não ser que o cós seja subido na cintura). Opte pelos modelos império, que dão a sensação de pernas mais longas e modelos com elástico na cintura ou traçados, para marcar a silhueta.

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LA REDOUTE

  

Pernas grossas – modelos compridos são ótima opção, mas experimente também os modelos que terminam logo acima do joelho e combine com um salto médio. Vai alongar a silhueta e dar a sensação de que as pernas são mais longas.

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UTERQUE

 

Celulite, estrias e outras maleitas do género – por favor, esta é fácil! A não ser que a sua celulite comece nos pés ou nos joelhos, não vejo porque não há de usar um vestido. Curtos até à linha das maleitas e daí para baixo, estão à vontade.

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FLAUSINAS 

 

Barriga com pneuzinho – fácil! Disfarce com modelos subidos, folhos e padrões verticais. Os modelos cintados são sempre obrigatórios. Nada de linhas direitas ou vestidos colantes à Kardashian.

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BIMBA Y LOLA

 

Ombros largos e braços roliços – se tem algum cai-cai em casa deite-o fora ou dê para caridade. Não deve destacar essas partes críticas. Alças muito finas também não são boa opção. Opte por alças grossas, decotes em V e manga curta ou ¾.

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LA REDOUTE

 

Anca larga - evite modelos linha A e opte por linha império ou marcado na cintura e largos na anca. Os modelos compridos podem favorecer estes casos, bem como cores escuras da cintura para baixo e padrões verticais nesta zona.

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BAM

 

Bom, e basicamente é isto. Será que é assim uma coisa tão bicho-do-mato? Claro que não!

Vá lá, não me façam sofrer só de olhar para vocês num dia de 40.ºC enfiadas numas calças de ganga. Desejo-vos melhor sorte :)

 

Monstra S.

Trend allert! Slide sandals OU a forma mais “in” de ser um pé de chinelo

Foi uma querida colega nossa que nos abordou com a questão: “vocês já viram aqueles chinelos com pelo que anda toda a gente a usar?”. Já vimos, já. “E porque é que as pessoas usam aquilo? É terrível!”. Porque está na moda.

 

Pois, está na moda, mas o que é verdade verdadeira é que estes modelitos já andam a rondar por aí há muitos anos. O meu avô já usava os clássicos chinelos da Adidas, os pool slides, e os turistas já andam a esfregá-los na nossa cara há décadas, sempre bem combinados com a bela da peúga branca.

 

A mim ninguém me tira da ideia que isto foi mais uma boa estratégia da Adidas para promover os seus produtos da linha originals. Claro que não o fez sozinha, senão não teria tido o mesmo impacto. Hoje em dia o street style, as it girls e as redes sociais fazem a maior parte do trabalho. De repente, coisas que estavam esquecidas e ninguém pensaria em usar ganham uma nova forma e acabam por chegar aos comuns dos mortais. Neste momento, os pool slides estão à venda em todo o lado e assumem variadíssimas formas.

 

Ora vejamos:

 

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1 – À turista: bifes e bifas devem estar a esfregar-se no chão de tanto rir. Após anos de vexame e olhares reprovadores por parte do povo tuga, eis que este look ganha adeptos de renome. É copiado nas passerelles de marcas importantes e por gente famosa. Aqui está um bom exemplo de um look que se inspira mesmo nas ruas… da amargura.

 

2 – Os clássicos: o pool slides da Adidas. Chinelos quadradões que não fazem o pé de ninguém parecer um pé de Cinderela. Mas eles aí estão, a serem combinados com looks tão improváveis como jeans, shorts, vestidos e por aí fora.

 

3 – Laçarote: alguém achou que o laçarote podia tornar este modelo um pouco mais interessante e menos masculino. E assim surgiram os laçarotes gigantes nos chinelos de piscina. Podia dar-lhes para pior.

 

4 – Tiras: as tiras grossas, geralmente com fivela, têm origem nos intemporais chinelos da Birkenstock. É um look que remonta aos anos 90 com muitas derivações de tiras grossas em plástico igualmente grosseiro, verniz reluzente ou pele. Hoje em dia até já existem opções em EVA, totalmente vegan. Like it!

 

5 – Peludão: qualquer semelhança com os tradicionais chinelos de quarto NÃO É pura coincidência. Existem chinelos com pelo de todas as texturas (de ovelha, estilo peluche, ave de rapina, veludo, etc) e por toda a superfície dos mesmos (até na sola). Isto é tudo muito bonito e trendy e super in, mas usar isto em pleno pico do verão não vai dar para mim.

 

6 – SMS: depois das t-shirts com a bela da mensagem, eis que agora até os chinelos podem falar connosco. As mensagens dos que tenho visto são quase sempre muito evasivas. Ainda não vi nenhuma a dizer bitch please, que era mesmo o que me apetecia usar.

 

E agora, se ainda estão para aí a fazer cara feia a esta tendência – e porque não gosto de matar à partida algo que é um êxito comprovado – deixo aqui alguns looks que até acho que podem funcionar relativamente bem. Como tudo na vida, se é para usar que seja com atitude!

 

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Monstra S.

Eva, a primeira mulher na terra, deu a Adão uma maçã. Mas bem podia ter sido um punhado de bagas goji.

Detox, juicing, souping, granolas, panquecas, happy bowls, quinoa, paleo, antioxidante, probióticos, glúten, trigo-sarraceno, bulgur, miso, espelta, spirulina, maca, goji, chia, stevia, macarroba, ghee, quark, skyr, óleo de coco.

A lista não tem fim. São conceitos-tendência que, afinal, já cá andam neste mundo desde o tempo em que andávamos a tentar fazer fogo com duas pedras.

 

O mundo dos alimentos saudáveis não para de nos surpreender, mas a mim, aquilo que mais me faz confusão, é a volatilidade com que eles se tornam saudáveis e de repente deixam de o ser, pelo menos em parte. E não falo das sardinhas que antes faziam mal e agora são ricas em ómega-3, do óleo de girassol que era muito mais saudável do que o azeite ou do açúcar – sim do açúcar. A minha avó conta muitas vezes que o médico da aldeia dela dizia aos pais para deixarem a saca do açúcar aberta, de modo a que seus petizes pudessem comer dele à vontade, pois fazia muito bem aos ossos – imagine-se!

  

Falo de coisas bem mais atuais, como os sumos detox que são ótimos para tudo (mas que a seguir podem matar), da granola que é top (mas, alto lá, isto afinal está carregadinho de açúcar!), da dieta paleo (que é bem boa para o colesterol, mas não tão boa para o fígado), da soja (que era a coisa mais maravilhosa do mundo, mas que afinal está cheia de hormonas), dos iogurtes sem lactose, light ou skyr (tudo de bom, sem culpas e muito proteico, blá, blá, mas… estão cheios de açúcares camuflados, edulcorantes, espartame e sabe-se lá mais o quê), a chia (que não se pode abusar senão aquilo rebenta-nos os estômago de tanto inchar) e até os produtos biológicos podem já não ser assim tão biológicos (os velhacos!).

 

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Onde é que tudo isto começou, é a questão. Eu arrisco a dizer que a moda da alimentação saudável veio primeiro com os produtos light e logo a seguir com a redescoberta da soja. Durante alguns anos foi assim, de vez em quando lá vinham as algas, o arroz e as farinhas integrais ou a frutose darem o ar da sua graça (destes acho que hoje em dia só a as pobres algas continuam a usar o título “saudável”).

  

Não sei bem precisar, mas arrisco a dizer que as redes sociais e os blogs, bem como algumas figuras públicas e as nutricionistas da moda, vieram dar um grande impulso a esta corrente da alimentação saudável. O grande boom foram os sumos detox e daí até à “comida do bem” foi um saltinho. Isto trouxe muitas coisas boas, a meu ver: a maior parte das pessoas está melhor informada sobre aquilo que come e pode fazer melhores escolhas. Outras coisas não são assim tão boas: há algum fanatismo sobre algumas destas tendências que, pessoalmente, não concordo muito. Por exemplo, quem não tem qualquer tipo de intolerância deveria mesmo excluir o glúten? Devíamos excluir todo o açúcar e gorduras completamente da nossa alimentação? Devíamos só comer super bowls ao pequeno-almoço e excluir a torrada com café com leite? Devíamos comer só coisas cruas?

 

Todas estas questões vêm à baila, principalmente quando estou com algumas amigas minhas. Esse grupo de amigas em particular é constituído por pessoas muito bem formadas, que se interessam muito pelas tendências e estão atentas àquilo que está a dar. São pessoas trendy, vá. Quando estamos juntas, quase sempre falamos sobre um ou outro ponto daquilo que está a dar na alimentação saudável. Não é uma conversa planeada, simplesmente acaba por calhar em conversa (verdade: reunimo-nos quase sempre em volta de um belo respasto). E no final, há sempre dúvidas que nos assolam o pensamento. Já chegámos mesmo à conclusão de que não há nada a fazer: há vários pontos de vista sobre o leite de soja, sobre a dieta paleo, sobre o jejum prolongado, sobre a chia, sobre a manteiga e a margarina, sobre o óleo de coco, sobre o glúten… muitos pontos divergentes sobre todos eles e questões, muitas questões, que pairam no ar.

 

Eu arrisco a dizer que os meios de comunicação também têm culpa no cartório (lembro-me da capa da Visão sobre os sumos detox, com a Jessica Athayde toda gira na capa, da reportagem da SIC sobre o açúcar que lançou a polémica ou a mais recente bomba sobre os produtos biológicos, também na Visão).

 

Penso que tenho alguma legitimidade para falar do assunto, já que a minha formação base foi o jornalismo e agora trabalho na área dos produtos saudáveis! Ironias. Na minha opinião é preciso informar bem o consumidor e informar sobre aquilo que é realmente saudável. Ser saudável é ser equilibrado e estar bem consigo próprio. E se isso for comer uma bola de Berlim na praia em plenas férias, que seja. Para mim, passar o Natal sem uma rabanada no bucho - não vai dar! Ou ir comer uns caracóis sem um pãozinho torrado a fazer pandã é para esquecer. Mas obviamente que no dia-a-dia temos de ter algum tento na língua, literalmente. Não vamos ser uns alarves a vida toda. Mas também não podemos ser escravos de modas e tendências. Um pouco como acontece nas peças de vestuário, vá. O equilíbrio dos clássicos ganha sempre.

 

Monstra S.