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Monstras

Monstras in the sea

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A Monstra S. lançou o desafio e cá estou eu para vos contar o outro lado, e talvez o mais divertido, do nosso cruzeiro deste verão. 

 

No fundo, sentimos que estávamos de volta aos anos 90 e que fazíamos parte de uma novela venezuelana, dobrada para português do Brasil e a ser transmitida na RTP às 15h. 

Não, nós monstras e os nossos mostrengosos amigos não fomos as personagens principais, mas também demos o ar da nossa graça e certamente alegrámos tanto os demais personagens quanto eles nos alegraram a nós!

 

Sejam então bem-vindos à entusiasmante mini-série de um único episódio “Monstras in the Sea”! Aqui ficam as fascinantes personagens deste enredo. Algumas não precisam de muita introdução, pois o seu nome diz tudo, outras são personagens mais pessoais e por isso tentarei explicar-vos o porquê do seu nome.

Graças a todas elas, os dias e noites no barco foram sempre uma animação e a nossa primeira viagem em grupo “over seas ” deixou muitas saudades! 

 

Personagens principais  (num barco com mais de mil pessoas):

  • Roxette Lannister - juntem os dois e facilmente visualizam o primeiro personagem  (o cabelo de um e o coto do outro);
  • T-rex  – mãozinha de garra em versão humana;
  • Arquiteta Hélia - sósia de uma arquiteta que a Monstra S. conhece. Já tive o prazer de ver a original e é igual! A arquiteta ganhou o nosso coração logo à primeira dança. Estava-se completamente a marimbar para a audiência e dançava, dançava, dançava horas a fio sem parar. Era Sra. para os seus 50 e muitos anos, mas energia não lhe faltava. Dançava ao ritmo de cada batida e mexia TODOS os ossinhos do corpo. Só mesmo vendo...
  • Carlos Costa- se o Carlos Costa fosse uma mulher italiana era aquela. IGUAL;
  • T-tudo- era um homem que tinha tudo… mamas, barriga, rabo...
  • Nino Paulinho aka Koala - provavelmente o nosso personagem mais querido. O nosso empregado de mesa que ao longo de 7 noites nos serviu manjares dos deuses e nos fez sentir como uns. Nino Paulo, seu nome, Koala, o nome fofinho que lhe demos pois parecia mesmo um <3
  • Bumbum dourado - moça de bumbum roliço e que acreditava ser o seu melhor atributo. Todas as noites, bumbum dourado chegava à Babilónia (by the way, a melhor discoteca do Mediterrâneo) fincava os pés no chão, juntava os joelhos, que segurava com ambas as mãos, e começava a dar ao bumbum para cima e para baixo. E era isto que bumbum dourado fazia noite fora, enquanto um e outros moços se colocavam estrategicamente por detrás de bumbum, simulando palmadinhas de amor. À terceira noite bumbum dourado encontrou o par perfeito e passou a intercalar a sua dança de acasalamento com uns beijos molhados. O amor é lindo.
  • Pipo- outro dos nossos personagens preferidos. Pipo é o personagem que qualquer série quer ter. Desde os passos de dança, aos melhores modelitos, Pipo era o centro das atenções em qualquer pista de dança. Sim, a Babilónia foi o cenário principal desta série. Se se estão a perguntar se o nome pipo é diminutivo de Filipe a resposta é não. Pipo, neste caso, vem mesmo do pipo do vinho que era o que a bochinha deste sr. fazia lembrar. Pipo esse que ele fazia questão de empinar, enquanto abanava o seu Rabinho, levantava uma perninha de cada vez e abanava os braços no meio da pista de dança. :)
  • Picoli - outro personagem querido. Picolo podia ter entrado para o grupo dos nossos mostrengosos amigos. No fundo este ser personificava TUDO o que uma das nossas amigas menos gosta num homem (digamos assim). Certa noite, Picolo entra na Babilónia e nós nem queríamos acreditar que de facto existia uma pessoa que reunia todas as características de que outra fugia a sete pés! Homem muito baixo, com gel no cabelo, camisa azul cueca para dentro de umas calças exageradamente dobradas acima do tornozelo, com sapatos e que dançava que se fartava mas.... mal. Tivemos esperança que a nossa amiga, ao ver todos os “defeitos” que considera que um homem pode ter fisicamente, mudasse de ideias e se apaixonasse perdidamente pelo Picolo... infelizmente não aconteceu.
  • Trupe dos bombados- para quem viu o Jersey Shore na MTV estes são muito fáceis de explicar. Eram italianos, eram guidos e um deles era a cara chapada do Pauly-D que, devido à dificuldade de compreensão do seu nome por parte de um dos nossos mostrengosos amigos, virou Poliban. Ainda perguntámos a esta trupe se sabiam o que era o Jersey shore, mas aparentemente não foi um grande sucesso em Itália... 
  • Poliban já referido acima, foi o personagem principal da trupe dos bombados.

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  • CPU- homem bósnio, jovem e que achou que o melhor para levar para umas férias num cruzeiro seria o polo da sua empresa CPU informatics. CPU gostou muito do nosso grupo mostrengoso e acabou por confraternizar bastante connosco. De realçar que era também um dançarino com uns mooves muito próprios. 
  • Bicha muda -  era isto, exactamente isto, brasileira, mas era mesmo mulher (será que era?) e não era muda.
  • Fafa de Belém- viajava no grupo da bicha muda e o nome diz tudo.
  • (A) Hulk- mulher do grupo da Bixa Muda. Uma mulher cujo corpanzil parecia o da própria action figure
  • Rita ferro Rodrigues - era a fotocópia da Rita Ferro Rodrigues mas Venezuelana e gostava bastante de mostrar os seus atributos. Noite sim usava decotes, noite não brutas minissaias. Tornou-se bastante próxima da bumbum dourado, do Pipo e da trupe dos bombados. Era, portanto, uma mulher comunicativa e que acabou por criar ali um belo grupo que nos animava bastante as noites. :) 
  • Os Paquitos - outros dos nossos personagens preferidos e os responsáveis pelos nossos momentos mais cromos e que, de certeza, nos puseram no YouTube. Dois paraguaios que tocavam e cantavam todas as noites num local de passagem do navio, o que fazia com que a audiência não fosse muita, pois as pessoas não paravam para os ouvir... afinal iam de passagem... Mas as Monstras não gostam de injustiças e eles eram artistas de não cheia, por isso, todas as noites lá íamos nós e o nosso grupo assistir à última hora de atuação dos Paquitos (antes disso estávamos a jantar e já se sabe que para nós as refeições são sagradas!). Cantávamos e dançávamos (relembro: numa zona de passagem) aplaudíamos, pedíamos “una más” e deixávamos os Paquitos felizes da vida por finalmente terem audiência com a qual podiam interagir. Resultado: muita gente a filmar com os seus smartphones, muitos aplausos e a certeza de que, se um dia ficarmos desempregados, daremos uns ótimos animadores. Eu e a Monstra S. podemos sempre formar uma banda. Segundo um sr. Inglês que assistiu a algumas das nossas atuações, cantamos muito bem e em várias línguas... (nós avisámos que também tínhamos tido os nossos momentos de cromas)  
  • Sting aka Conchita aka Moby - explicação fácil. Imaginem o Sting com os óculos do Moby e a barba da Conchita. Era o vocalista de uma das bandas residentes do barco. :)
  • Filipino - era um filipino das Filipinas e o animador da Babilónia. Pelo menos nas primeiras duas noites, depois disso deixou de aparecer tanto... Provavelmente por se ter apercebido que esta Malta já era animada o suficiente...
  • Nick Carter - dispensa apresentações.  Era ele, com 16 anos, italiano e não fazia puto de ideia de quem era o Nick Carter... esta juventude.... 
  • Mamalhuda- era isso...
  • Capitão putanheiro- o capitão do barco! Fotocópia do Capitão Iglo, versão mais sensualona, e sempre acompanhado por muitas e diferentes mulheres... nas fotografias pelo menos, pois nós só lhe pusemos à vista em cima na última manhã quando estávamos a fazer o “check-out”...
  • Oto Moto - outro dos nossos personagens preferidos e que guardamos no nosso coração! Oto moto é um mix do seu nome verdadeiro com o Moto Moto do Madagáscar. Iguais. :) Oto Moto proporcionou-nos dos mais divertidos momentos, era um dos responsáveis pelo controlo de qualidade do barco e o responsável pelos passageiros portugueses e brasileiros. Teve um mega crush por um dos nossos amigos que, viemos nós a descobrir, encaixa na perfeição no estilo “bear” o que aparentemente agrada bastante à malta... Entre os piropos ao nosso amigo (intitulado pelo Oto de “cachorrão de corpitxo sexy”) e uma simpatia genuína, o Oto fez-nos passar bons momentos e deixou muitas saudades...

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  • Stevie Wonder - acho que não é preciso dizer nada..
  • Mark Anthony - este também dispensa apresentações;
  • Mulet- não é difícil de decifrar: business in the front, party in the back! Homem nos seus 50 anos que ficou preso nos anos 80 e, desde então, não deve ter mudado de penteado continuando a usar o tão conhecido mulet.
  • Rod Steward aka David Bowie- sim, era um mix do cabelo dos dois.
  • Chinesas- Duas raparigas chinesas que viajavam sozinhas. Tal como acontecia com pessoas que viajavam em grupos mais pequenos, ambas foram sentadas na mesa de desconhecidos. Neste caso, dois casais mais velhos e, todos juntos, faziam da sua mesa, provavelmente, a mais elegante do nosso restaurante “Il gato pardo” ou, como nós carinhosamente o chamávamos “o gato parvo”. Ao contrário de outros personagens, só víamos as chinesas durante a hora de jantar (com a exceção do dia que passamos em Ibiza e em que as vimos regressar ao barco pelas 1h30 da manhã. São, por isso, das personagens mais misteriosas das nossas férias pois não fazemos ideia de onde passavam o resto do seu tempo... à Babilónia é certo que nunca foram, por isso nem sequer sabemos se se enquadravam na nossa grupeta de bailarinos... uma pena.
  • Harrison Ford e 007 dos anos 50 - dois homens já na casa dos 70 e com um charme e uma presença que só vistos! Juntamente com duas senhoras, também elas muito elegantes (e que podiam bem ter sido bond girls) formavam os tais casais que se sentavam com as chinesas. Todas a noites surgiam com looks irrepreensíveis para jantar no Gato Parvo mas, na “noite do comandante” em que todos tivemos de nos vestir de forma mais formal, “arrebataram” corações e roubaram todas as atenções (pelo menos da nossa mesa). Para terem uma ideia, o 007 vestia um all white smooking e usava o cabelo, que era ligeiramente comprido, penteado para trás, não com gel, mas com uma cera discretamente aplicada. Completamente irrepreensível e a fazer-nos viajar no tempo e desejar chegar aos 70 com um homem daqueles ao lado.
  • Michael Bublé versão filipina - mais um personagem bem chegado ao nosso coração, principalmente ao da Monstra S. e do seu mais que tudo, pois foram quem descobriu o seu talento. O Michael Bublé filipino era um dos barmens do Piano Bar, situado no que podemos chamar de “lobby do barco” e todas as noites era chamado ao palco para cantar uma ou duas músicas. A voz, como já devem calcular, era super parecida com a do Bublé e uma das músicas que cantava quase todas as noites era precisamente a “Home”. Era sempre um momento maravilhoso e que na primeira noite quase fez a nossa Monstra S. derramar uma lagrimita. Já vão perceber porquê..
  • Esposa do Michael Bublé - era uma das Maîtres e nada mais nada menos que a esposa do Michael Bublé versão Filipina. Todas as noites, à mesma hora, lá aparecia ela no Piano Bar para ouvir o seu amado cantar. Sorriam e trocavam olhares cúmplices e faziam daquele um dos momentos mais esperados por quem ia todas as noites, e de forma religiosa, assistir aquele momento. :) <3
  • Shaolin – o próprio chinoca Shaolin. Careca e chinês.
  • Grupo das sapatudas - este também não é difícil, grupo de 4/5 lésbicas que se vestiam como se pertencessem em a um gang... a mim metiam-me medo, muito medo! (By the way, “sapatudas” é o nome que a mãe da Monstra S. dá ao que normalmente toda a gente refere como “sapatonas”…”)
  • Aramis – um senhor meio intelectualóide, de bigode de pontas reviradas e chapéu à Mosqueteiro.
  • Tuga hater- este foi um dos últimos personagens a juntar-se à nossa série, mas depressa assumiu um papel de relevo. Chefe de sala do “gato parvo”, português da zona da Parede e que tinha emigrado à cerca de 4/5 anos. Segundo o próprio foi a melhor coisa que fez na vida e não sente saudades de nada nem ninguém e nem tão pouco pensa em voltar. Desde que está fora do país, comprou um carro e uma casa no México, uma que em Portugal nunca poderia comprar. Falava de Portugal com uma frieza que nunca tínhamos visto num emigrante mas, dias mais tarde, percebemos que se tratava claramente de uma pessoa ‘do contra’. Atracados em Palma de Maiorca e após 3 horas de chuva torrencial voltámos ao barco e comentámos a falta de sorte com o tempo ao que este responde “quem é que precisa do sol para alguma coisa? O frio  e chuva também fazem falta!” Retorquimos que tinha razão mas que cada coisa em seu tempo e que de férias de verão em Palma a última coisa que queríamos era chuva! Mas ele continuou a reclamar e a contradizer todos os nossos argumentos, pelo que desistimos de falar com a pessoa… 

 

Como podem ver a vida no barco era uma animação! E muito temos de agradecer a todos estes personagens que tornaram 7 noites e 7 dias mais especiais! 

Espero ter conseguido transmitir-vos, pelo menos um pouco, do que foi esta viagem. E, se juntarem este ao post da Monstra S., facilmente vão perceber o quanto adorámos esta viagem e as saudades que sentimos tanto dos sítios, como das pessoas! Foi sem dúvida uma experiência maravilhosa e que, apesar de não ser o meu ideal de viagem, não trocava por nada! Afinal, a vida é feita de experiências e de nada nos vale fazermos apenas aquilo com que nos sentimos confortáveis! Às vezes é preciso arriscar e fazer coisas diferentes, mesmo que à partida pensemos que é algo que não vamos adorar. Até porque, na maioria das vezes se mantivermos a mente e espírito abertos, vamos acabar por ter boas surpresas. :)

 

Se ainda não se aventuraram num cruzeiro e gostavam de fazer umas férias diferentes em 2018, juntem um grupo de amigos e vão! Temos a certeza de que não se vão arrepender! :) 

 

Monstra P. 

 

 

We are back!

 As monstras estão de regresso! Mais magras, mais giras e mais acutilantes do que nunca.

Oh, yeah!

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Isto de voltar custa sempre: a rotina, o trabalho, os milhares de e-mails a explodir na caixa de correio, pessoas a ligarem para tratarem de coisas que nós já nem pensávamos que existiam (aliás, quem são essas pessoas que nos ligam… já nem nos lembramos como se chamam. Falei consigo há 2 meses, lembra-se? Sim, sim, perfeitamente! NOT!), o metro cheio de gente a cheirar a pónei, o trânsito infernal, pessoas de botas e de casacos quentes (parem com isso, gente, estão 30 graus) and so on.

 

Ainda assim, tirar férias em setembro é do caraças. É sambar na cara da gente que desaparece em agosto e que depois volta cheia de genica e quer tratar de tudo e mais alguma coisa. Em troca levam com um out of the office nas trombas. Ahhhh, vão lá agora para as redes sociais fazer pirraça com cocktails ao por-do-sol, trikinis sensualões e escaldões de arrasar.

 

E cá as montras foram numa viagem bem boa, por esse mar mediterrâneo fora. Embarcámos e a melhor coisa de estar em mar alto é que não podemos contactar com ninguém e vice-versa. Maravilha!

Fomos com um grupo de amigos, no total eramos oito e foi de facto muito divertido. Nunca vimos tantas personagens juntas por metro quadrado e, apesar de também estarmos a fazer conta à nossa própria figura, acreditem que aquilo é mesmo um show de variedades. A Monstra P., que é uma jóia de moça, falará de cada uma delas num próximo post.

 

A nossa rota – cidade a cidade

Saímos de Barcelona e rumámos a Savona, um dos portos principais de Itália. A cidade de Savona é pequena, mas as ruas têm aquela traça antiga das cidades italianas. Comemos uma piza na Solo Pizza e era assim uma coisa do outro mundo! 

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Continuámos até Nápoles, onde o tempo não foi tão nosso amigo. Chovia imenso e ficámos todos encharcados. A maior parte desertou para o barco para se empanturrar. Nem podia acreditar que aquilo me estava a acontecer! Nápoles, a cidade porque tanto ansiava estava mergulhada num dilúvio. Mas lá arrisquei, à custa de uma boa lavagem, e fui conhecer o centro histórico. E valeu tanto a pena! A cidade é escura e um pouco suja, como já estava à espera. Mas tem aquela mística dos filmes da máfia. Os talhos abundam com as suas mil qualidades de tripas expostas com grande pompa e circunstância. Nunca tinha visto tanta víscera junta, credo!

 

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Os mercados de rua, as lojas fashion, pseudo fashion e azeitolas. Os monumentos lindíssimos, as ruas estreitas e com ar soturno. Ah! Como eu gosto disto. E claro, ia com ela fisgada para comer uma piza na Michele (aquela Pizzeria do Comer, Orar e Amar). Foram-me logo avisando que tinha que esperar numa fila de, no mínimo, duas horas!!! E com a chuva a correr a cântaros já não estava com esperança de por o dente numa daquelas pizas.

 

 

Felizmente, o tempo melhorou bastante e aproveitei para perguntar a um par de italianos roliços, na casa dos 50 anos, como podia ir até à pizaria. Qual não foi o meu espanto quando se começaram a rir nas minhas fuças. Disseram-me para não ir lá, que aquilo era só marketing para turistas e nem por sombras eram as melhores pizas de Nápoles. Fiquei muito abalada com esta revelação, confesso, mas acreditei nos senhores e acabei por seguir o conselho deles para comer noutro sítio. E, meus caros, não me arrependi. A massa daquela piza, saboreada num gueto não sei bem onde, nunca me tinha passado pelo estreito. Agora sim, a minha visita a Nápoles estava completa! Ficou a faltar a visita a Pompeia, terei de lá voltar, portanto.

 

 

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Próxima cidade: Palermo, Sicília! Um dos pontos de passagem mais bonitos desta viagem. A cidade é absolutamente espetacular, lindíssima! A comida ótima (leia-se gelados e – surpresa – piza! Sim, sou uma tartaruga Ninja), os mercados de rua muito coloridos e cheios de gente com ar mafioso à la padrinho e monumentos e paisagens e tudo muito bonito. Quero voltar!

 

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Nova paragem: adeus Itália, olá Ibiza! Depois de um dia todo a navegar, eis que Ibiza surge no horizonte acompanhada por um calor dos diabos. Aquilo é que foi suar do bigode para conhecer a cidade! É sempre a subir entre muralhas, percorrendo calçada mourisca e subindo entre casinhas brancas muito pitorescas. Valeu bem a pena cada pinga de suor! A paisagem lá em cima é muito bonita.

 

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E por esta altura perguntávamos todos onde é que andava a vida louca de Ibiza, não estávamos a perceber onde é que ali podia enquadrar-se a vida noturna. Afinal essa vida era noutras bandas, em hotéis fancy e praias cheias de discotecas e bares. Mas não só! A animação dá-se também em plena praia, em pleno dia.

 

Ora vejamos: desfiles de mulherada de mama de fora é aos magotes, fazendo-nos quase sentir mal por não estar igualmente de mama ao léu. Homens que mudam de sunga mesmo em frente à nossa cara, mostrando o material tal como veio ao mundo (o caso concreto de um senhor já com alguma idade que tinha, segundo uma amiga do nosso grupo que ficou claramente traumatizada para o resto da vida, os maiores tim-tins que já alguma vez se viu) e o show de variedades em plena praia continua (há de tudo, acreditem).

 

Depois de muitos e bons banhos nas águas calientes de Ibiza, partimos para Palma de Maiorca. A cidade muito linda, mas novamente carga de água para nos receber. Passeámos nos principais pontos turísticos, mas acabámos por voltar para o barco depois de já estarmos bem lavadinhos.

 

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Resumindo: há destinos aos quais tenho de voltar, porque de facto este tipo de viagem não permite conhecer tudo ao pormenor. Mas é uma viagem gira e o barco tem muita coisa para ver e para fazer. É sempre uma animação!

 

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Uma experiência que voltaria a repetir não fosse a noite de enjoos que me obrigou a ficar no camarote trancada.

Uma cena à exorcista (estão a ver porque digo que estou mais magra? Esta é a viagem a fazer para quem quer um Detox completo). Tive de sair do jantar a correr e quando me enfiei no elevador para ir para o camarote fiquei feliz por ver mais umas quantas caras de enjoo a vomitar para dentro de pequenos saquinhos azuis. Eu própria fiz o mesmo num dos corredores.

Cheguei à conclusão que os saquinhos azuis são o acessório mais IN de quem quer ir para um cruzeiro e é uma enjoada como eu. Um must-have, portanto!

 

Despeço-me com uma imagem que acho que ainda não tinham visto: as Monstras mostrengando no sunset de Ibiza! Há vidas difíceis. 

 

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Monstra S.

 

Calções. shorts ou alternativas às bordas de fora

Como foi aqui prometido pela Monstra P. no seu último post (intitulado "Vamos lá então falar de bordas"), vamos lá então falar de como podemos tapá-las de forma a não parecermos as nossas avós.

 

Penso que esta história de andar de bordas de fora era capaz de dar um estudo de caso, no âmbito de uma tese de mestrado.

É que não sei se é simplesmente por querer mostrá-las ao mundo ou se é o desejo de usar um calçãozinho mais curto, trendy e tal, que dá um ar despreocupado e bohoo à coisa. Podem ser as duas, pode não ser nenhuma ou pode ser só uma destas justificações manhosas, mas a verdade é que elas continuam lá, de fora, a dar a dar, a olhar para nós com ar de deboche.

 

Mais ainda quando são celulite free, o que me dá nervos a sério. Será que estão a mostrá-las desta forma escandalosa para sambar avidamente na cara das pessoas na casa dos 30? Shame on you! Bem, e com esta, já vamos em três teorias.

 

Teorias à parte, há sempre solução para tudo nesta vida. A primeira é obviamente tapar as ditas cujas. Menos é mais e se o objetivo é ser sexy ou dar nas vistas, ou lá o que raio passa pela cabeça desta gente ser, o melhor é anotarem já que ninguém quer ver muito mais quando já viu… as bordas.

Depois, há todo um mundo de calções que podem usar (curtos incluídos, que eu cá não sou nenhuma velha do Restelo), que darão muito bem conta do serviço sem por ao léu o que não é necessário mostrar.

É que há calções que são verdadeiros boxers de ganga, valha-nos-Deus! Façam panos para engraxar os sapatos com isso, por favor.

 

Calções de ganga

Devem usá-los, no máximo, pela linha da anca. O cós pode ser mais ou menos subido e a largura da perna também pode variar (mais larga ou mais apertada). Em oposição aos boxers de ganga, não usar, por favor, calções de ganga justa até ao joelho (estilo bermuda). Não há ninguém que fique bem com este modelo e acredito que está já em vias de extinção (se bem que ainda vejo algumas resistentes a usá-lo. Porquê, senhoras, porquê?).

 

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Calções mais formais

Para um look mais formal (um jantar de verão, um passeio, uma festa, etc) existem também calções que podem funcionar. Aqui podem jogar com padrões e texturas diferentes. Lembrem-se que os padrões estampados ajudam a dar volume e os padrões verticais ajudam a alongar a silhueta. Os modelos mais estruturados ajudam também a definir a linha da cintura e a alongar o figurino. São uma boa aposta!

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Seja lá qual for a opção, o look que queremos seguir, o estilo que nos serve de inspiração, devemos lembrar-nos sempre que a melhor inspiração somos nós. Devemos respeitar o nosso corpo e trabalhá-lo da melhor forma. Há looks que podem favorecer-nos a 100% e há outros que podem arruinar-nos num minuto.

 

E, se às vezes pode ser difícil decidir o que vestir, o que nos fica melhor, o que nos favorece mais, o mesmo não se pode dizer da moda das bordas. Essa não favorece ninguém nem acrescenta nada. Bem, no limite acrescenta que somos umas monstras com o cio.

 

Monstra S.

 

Vestidos que todas as MONSTRAS podem usar sem MEDOS

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Um vestido é, provavelmente, a peça mais prática de usar. Ok, logo a seguir a uns jeans e uma t-shirt. Mas… AINDA ASSIM continuo a achar que o vestido ganha – quer dizer, é só enfiá-lo pescoço abaixo e estamos prontas!

Há pouco tempo levantou-se essa questão entre as coleguinhas de trabalho. Muitas delas não adoram usar vestido e foi mesmo por isso que decidi escrever este post. O que eu não faço em prol de um upgrade laboral! É que, honestamente, não sei o que pode correr mal quando se usa um vestido. No limite podem existir 2 problemas:

  • Não saber que tipo de vestido usar
  • Estar um dia de vento

 

Quanto ao segundo problema não há muito a fazer: ou arrisca uma bimba de fora ou vai viver na ignorância para sempre, sobre se aquele vestido poderia ter melhorado verdadeiramente o seu dia. 

 

Já as vantagens são significativas:

  • Rapidez a vestir
  • Relação positiva custo-benefício: compensa sempre, uma vez que com uma única peça a pessoa fica toda vestidinha
  • Melhor opção para dias de calor
  • Vantagem de disfarçar zonas críticas com uma única peça
  • Opção segura para ocasiões formais e informais

 

Se ainda não estão convencidas e são daquelas pessoas que só saem à cena com um vestido em dias de festa, aos fins de semana e quando o rei faz anos, espero ajudá-las com algo mais concreto. Complexos todas temos e a dificuldade está em acertar no modelo ideal para nós. Não vale a pena usar um vestido curto se tiver varizes ou usar um vestido cai-cai se tiver os ombros do incrível Hulk. Mas depois também há o bom senso e, isso sim, é mais preocupante se estiver em falta. Pessoas com muito peito devem evitar grandes decotes e vestidos com saias muito curtas não são para todas as pernas (isto se não quiserem andar por aí com ar vulgar, à striper de Marinhais).

 

Quanto a outros “probleminhas” não vejo como não podem ser resolvidos ou atenuados com a escolha certa:

 

Se é alta e espadaúda – não vai ter grande dificuldade em arranjar um modelo que lhe fique bem. Modelos linha A podem ajudar a dar volume na parte debaixo. Evite apenas os modelos império curtos, pois irão dar a sensação desproporcional (pernas muito compridas em relação ao tronco)

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ORIGEM

 

Se é baixinha – Modelos curtos favorecem sempre. Evite modelos que batam a meio da canela (a não ser que o cós seja subido na cintura). Opte pelos modelos império, que dão a sensação de pernas mais longas e modelos com elástico na cintura ou traçados, para marcar a silhueta.

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LA REDOUTE

  

Pernas grossas – modelos compridos são ótima opção, mas experimente também os modelos que terminam logo acima do joelho e combine com um salto médio. Vai alongar a silhueta e dar a sensação de que as pernas são mais longas.

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UTERQUE

 

Celulite, estrias e outras maleitas do género – por favor, esta é fácil! A não ser que a sua celulite comece nos pés ou nos joelhos, não vejo porque não há de usar um vestido. Curtos até à linha das maleitas e daí para baixo, estão à vontade.

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FLAUSINAS 

 

Barriga com pneuzinho – fácil! Disfarce com modelos subidos, folhos e padrões verticais. Os modelos cintados são sempre obrigatórios. Nada de linhas direitas ou vestidos colantes à Kardashian.

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BIMBA Y LOLA

 

Ombros largos e braços roliços – se tem algum cai-cai em casa deite-o fora ou dê para caridade. Não deve destacar essas partes críticas. Alças muito finas também não são boa opção. Opte por alças grossas, decotes em V e manga curta ou ¾.

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LA REDOUTE

 

Anca larga - evite modelos linha A e opte por linha império ou marcado na cintura e largos na anca. Os modelos compridos podem favorecer estes casos, bem como cores escuras da cintura para baixo e padrões verticais nesta zona.

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BAM

 

Bom, e basicamente é isto. Será que é assim uma coisa tão bicho-do-mato? Claro que não!

Vá lá, não me façam sofrer só de olhar para vocês num dia de 40.ºC enfiadas numas calças de ganga. Desejo-vos melhor sorte :)

 

Monstra S.

O verão faz pandã com petiscos #4: Bruschettas, as amigas das sobras de pão e das visitas que aparecem sem avisar

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Simples de fazer e saborosas de comer, assim são as bruschettas. São ideais para aproveitar sobras de pão e são uma opção quando recebe convidados em casa sem estar a contar com isso.

Apesar de poder fazer bruschettas de quase tudo (é ver o que tem em casa e dar asas à imaginação), deixo aqui 3 receitas que vão certamente ser um êxito na sua cozinha.

 

Bruschetta simples de tomate e manjericão

 Ingredientes para 4 pessoas:

- 6 fatias de pão de 3 a 4 cm de altura;

- azeite q.b.;

- 3 dentes de alho;

- tomate cherry ou tomate cacho cortado aos cubinhos (o que importa é que esteja maduro e doce);

- um molho de manjericão;

 

Como fazer?

Esfregue os dentes de alho em todas as fatias de pão, de ambos os lados. Disponha as fatias num tabuleiro de ir ao forno. O alho que sobrar pique-o finamente e distribua pelas fatias de pão. Regue o pão com um fio de azeite. De seguida corte o tomate e distribua pelo pão. Regue novamente com um fio de azeite e leve ao forno. Sirva com as folhas de manjericão.

Sugestão: para os mais gulosos pode acrescentar queijo mozzarella.

 

Bruschetta de pasta de azeitonas

Ingredientes para 4 pessoas:

- 6 fatias de pão de 3 a 4 cm de altura;

- azeite q.b.;

- 1 dente de alho;

- pasta de azeitonas (pode comprar ou triturar as azeitonas descaroçadas até formar uma pasta. Se fizer esta opção caseira, acrescente um fio de azeite à pasta);

- um molho de manjericão.

 

Como fazer?

Dê uma esfrega ao pão, como na receita anterior. A única diferença é que o alho que sobra não é para utilizar depois. Fique-se apenas pela esfrega. Disponha a pasta de azeitonas pelas fatias (e seja generoso! Carregue bem). Regue com um fio de azeite, se achar necessário. Leve ao forno e sirva com o manjericão

Sugestão: esta bruschetta é ótima, mas não continue a refeição sem verificar se ficou com pasta de azeitonas nos dentes. É deveras desagradável.

 

Bruschetta de presunto e figos assados

Ingredientes para 4 pessoas:

- 6 fatias de pão de 3 a 4 cm de altura;

- azeite q.b.;

- 1 dente de alho;

- fatias de presunto finas;

- figos maduros (2 por fatia);

- um molho de manjericão.

 

Como fazer?

Comece com o ritual de esfregar o dente de alho no pão. Regue com azeite e disponhas as fatias de presunto. Coloque os figos cortados em quartos ou em rodelas (como preferir, mas de preferência que fique com alguma textura). Regue com mais um fio de azeite e leve ao forno até os figos estarem levemente assados (não queremos que percam totalmente os sucos, só mesmo um cheirinho de forno). Sirva com manjericão finamente picado.

Sugestão: se quiser dar tudo, experimente colocar um pouco de queijo feta por cima da bruschetta na hora de servir. Lágrimas de emoção escorrerão certamente pelo rosto dos seus convidados.

 

Estas receitas acompanham bem com uma boa sangria de frutos vermelhos, um tinto ou um lambrusco. É uma boa forma de começar uma refeição ou de fazer um petisco ao final da tarde.

 

Monstra S.

Trend allert! Slide sandals OU a forma mais “in” de ser um pé de chinelo

Foi uma querida colega nossa que nos abordou com a questão: “vocês já viram aqueles chinelos com pelo que anda toda a gente a usar?”. Já vimos, já. “E porque é que as pessoas usam aquilo? É terrível!”. Porque está na moda.

 

Pois, está na moda, mas o que é verdade verdadeira é que estes modelitos já andam a rondar por aí há muitos anos. O meu avô já usava os clássicos chinelos da Adidas, os pool slides, e os turistas já andam a esfregá-los na nossa cara há décadas, sempre bem combinados com a bela da peúga branca.

 

A mim ninguém me tira da ideia que isto foi mais uma boa estratégia da Adidas para promover os seus produtos da linha originals. Claro que não o fez sozinha, senão não teria tido o mesmo impacto. Hoje em dia o street style, as it girls e as redes sociais fazem a maior parte do trabalho. De repente, coisas que estavam esquecidas e ninguém pensaria em usar ganham uma nova forma e acabam por chegar aos comuns dos mortais. Neste momento, os pool slides estão à venda em todo o lado e assumem variadíssimas formas.

 

Ora vejamos:

 

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1 – À turista: bifes e bifas devem estar a esfregar-se no chão de tanto rir. Após anos de vexame e olhares reprovadores por parte do povo tuga, eis que este look ganha adeptos de renome. É copiado nas passerelles de marcas importantes e por gente famosa. Aqui está um bom exemplo de um look que se inspira mesmo nas ruas… da amargura.

 

2 – Os clássicos: o pool slides da Adidas. Chinelos quadradões que não fazem o pé de ninguém parecer um pé de Cinderela. Mas eles aí estão, a serem combinados com looks tão improváveis como jeans, shorts, vestidos e por aí fora.

 

3 – Laçarote: alguém achou que o laçarote podia tornar este modelo um pouco mais interessante e menos masculino. E assim surgiram os laçarotes gigantes nos chinelos de piscina. Podia dar-lhes para pior.

 

4 – Tiras: as tiras grossas, geralmente com fivela, têm origem nos intemporais chinelos da Birkenstock. É um look que remonta aos anos 90 com muitas derivações de tiras grossas em plástico igualmente grosseiro, verniz reluzente ou pele. Hoje em dia até já existem opções em EVA, totalmente vegan. Like it!

 

5 – Peludão: qualquer semelhança com os tradicionais chinelos de quarto NÃO É pura coincidência. Existem chinelos com pelo de todas as texturas (de ovelha, estilo peluche, ave de rapina, veludo, etc) e por toda a superfície dos mesmos (até na sola). Isto é tudo muito bonito e trendy e super in, mas usar isto em pleno pico do verão não vai dar para mim.

 

6 – SMS: depois das t-shirts com a bela da mensagem, eis que agora até os chinelos podem falar connosco. As mensagens dos que tenho visto são quase sempre muito evasivas. Ainda não vi nenhuma a dizer bitch please, que era mesmo o que me apetecia usar.

 

E agora, se ainda estão para aí a fazer cara feia a esta tendência – e porque não gosto de matar à partida algo que é um êxito comprovado – deixo aqui alguns looks que até acho que podem funcionar relativamente bem. Como tudo na vida, se é para usar que seja com atitude!

 

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Monstra S.

O verão faz pandã com petiscos #3: camarões ao alho no forno, que é como quem diz "gambas à la guilho" versão SOS fogão

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Esta receita foi-me cedida há muitos anos, ainda era eu uma adolescente, pela madrinha da minha prima (que é pessoa que vi aí umas 3 vezes na vida, uma das quais me permitiu sacar esta bela receita).

Lembro-me que a fiz pela primeira vez na minha festa dos 18 anos e fiz logo ali um brilharete. Ainda fui a cuspir fogo para a discoteca, tal foi a carga de malaguetas que lhe pus. As cervejas esgotaram nesse dia, com tudo a arder lá em casa. Let it burn!

 

Na verdade, esta receita é uma forma de fazer uns bons camarões à la guilho sem sujar o fogão, algo que qualquer pessoa aprecia – principalmente a minha querida mãe, que na altura adorou a ideia.

 

O truque aqui é não poupar no alho nem no azeite. Sim, é chato descascar e picar uma cabeça de alho, mas tem mesmo de ser para ficar com aquele saborzinho bom e estaladiço.

Eu gosto mais de fazer esta receita com os camarões inteiros, bem vestidinhos com a sua casca. Mas sou daquelas pessoas que não se importa de os descascar depois com as mãos e de me lambuzar um pouco com isso.

Se forem mais finos, podem fazê-los logo todos pelados que sairá bem na mesma.

 

Ora cá vai:

 

- 1 Kg de camarão médio;

- ½ chávena de azeite;

- 1 cabeça de alho;

- 1 colher de sopa de alho em pó;

- 1 a 2 malaguetas;

- 1 chávena de vinho branco;

- sal q.b.;

- coentros a gosto.

 

Como fazer:

Tempere os camarões descongelados com o alho em pó e o sal e reserve. Cubra o fundo de um tabuleiro de ir ao forno com o alho picadinho e o azeite. Disponha os camarões no tabuleiro, as malaguetas e regue tudo com vinho branco. Assegure-se que os camarões ficaram bem regados (se for necessário regue com mais azeite e mais vinho branco). Leve ao forno a 100.ºC até os camarões ficarem douradinhos.

 

Sirva com coentros picados e acompanhe com pão torrado e vinho Alvarinho ou umas imperiais bem feeessssquinhas!

 

Ah, isto é que é que é vida! Bom fim de semana :)

 

Monstra S.

 

Foto: taste.com.au

O verão faz pandã com petiscos #2: mexe, mexe Mexilhão (3 receitas para babar sem pagar balúrdios)

Ah, cá vamos nós a um dos nossos ingredientes favoritos! O mexilhão é um bivalve bem saboroso e até há bem pouco tempo colocado em segundo ou terceiro plano, até chegarem os restaurantes da moda onde os “Moules” (nome muito mais chique ) se pagam com os olhos da cara.

 

Deixo pois aqui, não UMA, mas TRÊS receitas de Mexilhão para se poderem lambuzar à vontade.

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 #1 – Mexilhão suado

O mexilhão suado é o meu favorito e é logo o mais simples! Lucky me!

 

Vai precisar de:

- 1 kg de mexilhão;

- 2 colheres de sopa de azeite;

- 2 dentes de alho;

- 1 molho de coentros;

- 1 malagueta (opcional).

Como se faz:

Regue o fundo de uma caçarola com azeite, deite os alhos (inteiros ou esmagados com casca). Salteie ligeiramente o alho no azeite e de seguida deite os mexilhões. Se quiser um toque de picante, é esta a altura de colocar a malagueta. Tape os mexilhões e deixe-os suar que nem cavalos. É muito importante deixá-los suar, porque vão libertar os sucos dos Deuses. Por isso, take your time. Desligue o lume e pique os coentros. Tape novamente até servir.

 

#2 – Mexilhão à espanhola

Bem bom para quem gosta de molhar o pãozinho. Com umas batatinhas fritas a acompanhar também marcha que é uma maravilha.

 

Vai precisar de:

- 1 kg de mexilhão;

- 2 colheres de azeite;

- 2 dentes de alho;

- 3 a 4 cebolas médias;

- 5 tomates médios maduros (ou 1 lata grande de tomate inteiro);

- 1 malagueta (aqui tem mesmo de ser, desculpem lá, não sejam mariquinhas);

- 1 molho de salsa.

Como se faz:

A base é a mesma da receita anterior: caçarola, azeite, dentes de alho. Depois deite a cebola previamente cortada às rodelas (espessura média). Tape e deixe suar até a cebola estar translúcida. Deite o mexilhão e a malagueta. Deixe suá-los um pouco (que nem cavalos não, basta o nível pónei). A meio deste processo abra a tampa e deite o tomate e envolva bem. Deixe apurar tudo mais uns 10 minutos. Pique a salsa e sirva de imediato.

 

#3 – Mexilhão com caril

Este é bom como petisco, mas também como refeição, acompanhando com um arroz basmati ou o pão nan. Nhami!

 

Vai precisar de:

- 1 kg de mexilhão;

- 2 colheres de azeite (ou pode substituir por 2 colheres de óleo de coco);

- 2 dentes de alho;

- 1 cebola média;

- 1 colher de sopa de polpa de tomate;

- 1 a 2 colheres de sopa de caril em pó (consoante o gosto de cada um);

- 1 malagueta (ou 2, se for cá dos fortes!);

- ½ lata de leite de coco;

- 1 pau de canela;

- 1 molho de coentros.

Como se faz:

Deite o azeite ou o óleo de coco na caçarola, os dentes de alho (picadinhos), a cebola (picadinha também) e tape até esta ficar translúcida. Deite a malagueta, o pau de canela e os mexilhões. Polvilhe-os com o caril em pó e envolva com a polpa de tomate e depois tape. Deixe suar bem os bichinhos e regue com o leite de coco. Se tiver muito líquido deite mais um pouco de leite de coco e destape a caçarola durantes uns minutos. No final, pique os coentros e leve à mesa.

 

E cá estão elas, três receitas para mexer bem com o mexilhão e para surpreender os seus amigos sem gastar uma fortuna. Depois, se quiserem uma cena chique, à Moules, juntem umas cervejinhas artesanais ou um gin.

 

Monstra S

O verão faz pandã com petiscos #1: a bela da amêijoa à Bulhão Pato

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Na verdade, todas as épocas do ano fazem pandã com petiscos, nomeadamente nas casas das MONSTRAS. Mas é no verão que tudo é desculpa para comer um petisquinho, mais que não seja um pires de caracóis ao final da tarde. 

 

Para quem gosta de por a mão no tacho, as MONSTRAS vão sugerir, durante o querido mês de agosto, algumas receitas fáceis, fáceis para petiscar e chorar de emoção.

 

Começamos pelas maravilhosas amêijoas à Bulhão Pato, esse fidalgo português que não mexeu uma palha para as fazer, batizando-as apenas (e devorando-as logo de seguida). 

 

Então cá vai:

- 1 kg de amêijoas (usem amêijoa branca, preta, japonesa, pé-de-burrico, o que preferirem... não usem amêijoa vietnamita por-amor-de-Deus! O Bulhão Pato dá logo três piruetas na tumba!);

- 2 colheres de sopa de azeite;

- 3 dentes de alho;

- 1 colher de sopa de manteiga (esta é sugestão à la MONSTRA, mas se tiver numa de dieta, esqueça!);

- Molho de coentros;

- 1 limão.

 

Como fazer as ditas cujas?

Numa frigideira deitar o azeite, a manteiga e os alhos (podem ser picados ou esmagados com casca). Salteie um pouco alho e depois deite as amêijoas e tape-as. Deixe-as estar sossegaditas durante 5 a 10 minutos, em lume médio. Quando estiverem bem suadinhas, pique os coentros lá para dentro e tempere com o sumo do limão.

Sirva de imediato com pãozinho torrado e umas cervejinhas :) E sinta-se mais perto do céu.

 

Monstra S.

Fatos-de-banho. Acuse-se quem já não os vestia desde a década de 90.

I’m in!

Usei fato-de-banho até aos meus 14, 15 anos e tenho boas recordações. O primeiro modelito de que me lembro era um fato-de-banho em lycra amarela, cheio de folhos à volta da cintura. Era giríssimo e dei-lhe muito uso. O meu tio costumava chamar-me ovo estrelado, à conta desta fatiota. Mais tarde, usei fatos-de-banho às flores, a fazer pandã com a minha prima mais velha e, por fim, lembro-me de um fato-de-banho estilo olímpico (não sei porque raio, natação nunca foi comigo). Depois disto não me passava pela cabeça enfiar-me numa farpela destas, mas eis que este ano cedi finalmente e comprei, imagine-se, um fato-de-banho verde-esmeralda com folhos à cintura (versão sensualona).

 

Oram vejam só:

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O meu tio se me vir neste preparo vai chamar-me couve-portuguesa, ou algo do género.

 

Gosto desta tendência e espero que fique por aí mais algum tempo. Acho que favorece a silhueta a muita gente, se for escolhido o modelo certo. Modelos cavadinhos à la Pamela não ficam bem a toda a gente e a zona da barriga pode ser um problema – e eu que o diga.

Algumas dicas sobre o fato-de-banho ideal para cada corpo:

 

- ancas largas – já sabemos, modelos cavados é melhor não. Se for muito alta ainda pode tentar, mas se for baixinha guarde os modelos cavados para usar apenas como lingerie. Atenção aos estampados!

- ancas pouco acentuadas – modelos com folhos na zona da cueca ou com recortes nessa zona podem ajudar. Podem usar estampados à vontade.

- pneuzinho – folhos e cuecas mais largas nesta zona podem ajudar a disfarçar. Existem fatos-de-banho adelgaçantes, que traçam à frente e são ideais para estes casos.

- baixinhas – podem usar modelos mais reduzidos se for do vossos agrado, mas tentem optar por lisos.

- altas e espadaúdas – podem usar tudo. Saiam-me da frente, bitches!

 

E, em jeito de despedida, deixo aqui uma breve seleção de fatos-de-banho que são bem giros e que ainda estão em saldos (a maioria).

 

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Eu adorava ter este amarelinho da Baywatch. O ovo estrelado continua a bater forte cá dentro, mas… my hips don’t lie.

 

Monstra S.