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Monstras

Receitas monstruosamente simples para jantares de Natal (e não só) absolutamente fantásticos!

Pois bem, se forem como nós têm jantares de Natal com amigos e família até quase dia 24!

Como o tempo é cada vez mais escasso, mas a vontade de comer bem não desaparece, deixamos aqui a nossa sugestão de ementa para o vosso próximo jantar de Natal ou, até mesmo, para fazerem um jantar diferente na noite da consoada.

Esta foi a ementa escolhida pela monstra S. para o último jantar com os monstros dos nossos amigos e foi um verdadeiro sucesso! 

 

Entradas:

 

Folhados de queijo de cabra e doce de tomate

Esta receita é PERFEITA para além de ser maravilhosa é provavelmente a coisa mais fácil de todos os tempos. As quantidades aqui variam, claro, do número de folhados que pretendem. O que utilizámos deu para cerca de 30 folhadinhos.

 

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Ingredientes

  • 2 queijos de cabra ou camembert (escolham o que mais gostarem)
  • 2 rolos de massa folhada (daqueles que se vendem em qualquer supermercado)
  • Doce de tomate (podem substituir por mel, doce de abóbora, ou qualquer outro de que gostem)

Preparação:

Esta parte também pode ser feita de várias formas, e esta é a melhor parte destes folhados: a versatilidade. Podem fazer quadradinhos, trouxas, triângulos. No fundo é só usarem a vossa imaginação.

Nós optámos por cortar a massa em tiras com +/- 3cm de largura e 6cm de comprimento. Colocámos +/- uma colher de chá de doce no centro e uma pequena rodela de queijo por cima. Depois enrolámos a massa, colocámos num tabuleiro forrado com papel vegetal e levámos ao forno durante +/- 15 min. até a massa estar cozida.

 

Cogumelos recheados

Esta receita é uma repetição e é sempre um sucesso. Podem rever a receita neste post.

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Bacalhau com natas, SÓ QUE NÃO

Nós avisámos que era uma ementa deliciosa mas básica … mas vamos ser sinceras, o bacalhau com natas é sempre infalível!

 

 

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A Monstra S. com crazy eyes e cara de mono esfomeado

 

 

Existem mil e uma receitas. Partilhamos aqui a nossa:

 

Ingredientes:

- 4 Postas de bacalhau previamente demolhado, cozido e desfiado

- 2 cebolas médias

- 4 dentes de alho

- 1 folha de louro

- 2 pacotes batata-palha previamente demolhada em água ou leite - coloque de molho enquanto desfia o bacalhau

- azeite q.b.

- pimenta q.b.

- noz-moscada q.b.

- 1 L molho Béchamel (de compra ou da Bimby)

 

Preparação:

Fazer o refogado com a cebola, o alho, o louro e o azeite. Acrescentar o bacalhau desfiado e deixar apurar. Misturar as batatas, depois de bem escorridas, com o bacalhau e o refogado e temperar com noz-moscada e pimenta a gosto. Fazer o Béchamel e envolver com o preparado anterior. Basta colocar num pirex e levar ao forno até dourar.

 

Frango no forno com limão AKA Frango à maricas

Mais um exemplo de uma receita simples mas que nunca nos deixa ficar mal. (sorry esquecemo-nos de tirar a foto... a fome é negra!)

 

Ingredientes:

- 2 frangos médios

- 2 limões

- 3 colheres de sopa de knorr natural em pó

- alecrim q.b.

- água

 

Preparação:

Lavar os frangos e colocar um limão dentro (no cu, vá) de cada um deles. Massajá-los com o knorr em pó e polvilhar com alecrim. Adicione 3 copos de água ao fundo do pirex (para ajudar os bichos a suar).

 

Para acompanhar o arroz branco cai sempre bem.

Ambos os pratos foram acompanhados por salada de alface e rúcula.

 

Sobremesas

Para as sobremesas optámos por um clássico e por uma bomba calórica (é Natal malta!)

 

Arroz doce (na Bimby- mas podem adaptar para fazerem no fogão)

 

Ingredientes:

 

  • 1000 g leite de soja
  • 150 g arroz carolino
  • 1 casca de limão, só a parte amarela
  • 1 pau de canela
  • 1 pitada de sal
  • 160 g açúcar
  • 4 gemas de ovo
  • canela, q.b.

Preparação:

Coloque num tachinho o leite, o arroz, a casca de limão, o pau de canela e o sal e deixe ferver. Adicione o açúcar, as gemas previamente desfeitas num pouco do preparado para não cozerem.  Envolva tudo bem com a colher. Deixe ferver novamente. Coloque numa taça grande ou em várias tacinhas individuais e pulvilher com canela a gosto.

 

Bolo de chocolate e avelã

Este bolo foi um verdadeiro sucesso! Perfeito para amantes de bolos de chocolate e péssimo para quem não é assim tão fã pois é MESMO uma bomba. No fundo parece quase um bolo de Ferrero Rocher o que para mim é D-I-V-I-N-A-L.

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Ingredientes:

Para a massa:

  • 200gr de chocolate amargo ou meio amargo
  • 150gr de margarina em pedaços
  • 35gr de cacau em pó
  • 100ml de água quente
  • 150gr de açúcar mascavado
  • 150gr de farinha de avelãs (eu comprei avelãs e piquei tudo muito bem no robot de cozinha)
  • 4 gemas
  • 4 claras em castelo

Preparação:

Derreta o chocolate e a margarina em lume baixo. Reserve o preparado.

Misture bem o cacau em pó e a àgua quente e, em seguida, adicione o chocolate derretido com a margarina. Depois de bem misturado, adicione aos poucos os açúcares, a farinha de avelãs e as gemas mexendo muito bem. Por fim, junte as claras em castelo e misture cuidadosamente.

Forre uma forma redonda sem buraco com papel vegetal untado com manteiga e polvilhado com farinha e deite o preparado. Leve ao forno durante cerca de 45min a 180 graus. A ideia é deixar o bolo mal cozido (quando espetar o palito é suposto que ainda venham migalhas agarradas). Desligue o forno e deixe o bolo arrefecer um pouco antes de desenformar.

 

Para a ganache:

  • 100gr de chocolate amargo ou meio amargo
  • +/- meio pacote de natas

Esta parte é bastante simples. Derreta o chocolate com as natas em lume brando. Quando estiver tudo derretido e bem misturado (mas sem ferver) está pronto!

Coloque a ganache por cima do bolo e decore a gosto. Eu decorei com framboesas vermelhas que acabaram por combinar na perfeição com o chocolate e ajudaram a cortar um pouco o doce. Podem também servir com uma bola de gelado.

 

É certo que estas são receitas simples mas, acreditem, são absolutamente infalíveis!

Toca a cozinhar!

 

Beijos Monstra P. e Monstra S.

Comfort Food #2 Crumble de frutos vermelhos (ou a receita mais rápida para safar a malta em 5 minutos)

Continuamos no ritual das comidas de conforto e a coisa intensifica-se quando começamos a ter 1500 jantares num só mês. Só espero que o forno aguente, assim como o meu colesterol!

 

Este sábado tive mais um jantar e pensei que podia levar algo simpático para a sobremesa. Só que não tinha muito tempo e tive de pensar em algo rápido e com ingredientes que tinha já em casa. Saiu um crumble e não saiu nada mal. Como em muitas receitas da minha autoria, invento sempre um bocado e raramente saem dois resultados exatamente iguais. Sou capaz de ter um problema grave, mas gosto de viver as experiências culinárias on the edge. Oh, yeah! E pronto, resulta que muitas vezes, simplesmente... não resulta. 

 

Por isso, é aproveitarem esta receita que me saiu bem e que foi saboreada por várias pessoas e que, segundo sei, até agora estão de boa saúde e pedem mais.

 

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Ingredientes:

- 1 embalagem de 575g de frutos vermelhos congelados (deixem-os descongelar um pouco, pois largam sempre água)

- 2 maçãs raladas

- 1 colher de sopa de xarope de agave (ou mel, ou geleia de arroz, etc)

- sumo de 1/2 limão

- 150g/200g de farinha

- 100g de açúcar (usei amarelo, mas até é preferível ter mascavado)

- 150 g de manteiga (ou margarina; eu misturei margarina com manteiga de coco, porque não tinha margarina suficiente)

- canela

 

Como fazer?

Num pirex coloquem os frutos vermelhos e as maçãs raladas e reguem com o xarope de agave e o sumo de limão. Numa tigela à parte coloquem os restantes ingredientes e misturem bem com as mãos. É misturar bem, malta - não vacilem até obterem uma consistência de areia granulada. Se não sentirem essa consistência juntem mais margarina para ficar mais "areada". 

Depois é deitar essa mistura em cima da fruta e levar ao forno. E já está!

 

Dica: podem fazer crumble com toda a fruta que quiserem, até a mais madura, mas se fizerem com fruta mais doce não coloquem o xarope de agave senão é capaz de ficar puxadote.

 

Desejo-vos muitos e bons crumbles e um grande brilharete em casa dos amigos :)

 

Monstra S.

 

Comfort food #1 Lasanha de atum à la Monstra

Quanto a vocês não sei, mas nesta altura do ano gosto sempre de fazer comidinhas bem quentinhas e que aromatizem a casa com aquele cheirinho a comida caseira. Hummm... Tão bom!

Lá em casa o forno é rei e está quase sempre a bombar nestes dias: quiches, empadas, legumes assados, gratinados em grandes travessas e assados de peixe e de carne. Já para não falar dos bolos, que não sou tão fã e não tenho tanto jeito para os fazer, mas que são sempre bem-vindos mesmo que saiam mais mirrados (não há nada como o charme de um bolo desfeito, é meio a atirar para uma cena gourmet).

 

Em homenagem à boa comida, vamos iniciar a rúbrica de outono/inverno “Comfort Food” começando já pela estrela dos jantares de amigos – a lasanha de atum. Um sucesso comprovado e aprovado por várias pessoas e replicado por outras tantas.

 

Então cá vai ela:

 

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Ingredientes:

- 2 a 3 dentes de alho;

- 2 cebolas pequenas cebola;

- 1 colher de sopa de azeite;

- 4 a 5 tomates maduros ou 1 lata de tomate pelado;

- 2 latas por pessoa (das pequenas) OU 1 lata por pessoa (das grandes) de atum em água;

- 1 curgete;

- 200g de cogumelos frescos;

- vinho branco q.b.;

- alho em pó q.b.;

- pimenta q.b.;

- orégãos q.b.;

- sal (só no fim se for necessário);

- placas de lasanha frescas;

- molho bechamel (faço sempre o da bimby);

- queijo ralado (parmesão de preferência).

 

Como fazer?

  1. Faz-se o refogado normalmente e acrescenta-se o tomate com os orégãos, o alho em pó e a pimenta.
  2. Deixa-se apurar bem e depois deita-se a curgete picadinha e rega-se com o vinho. Apurar mais um pouco e depois deita-se o atum e os cogumelos.
  3. Mexer bem e verificar se é necessário mais vinho (convém ficar com um pouco de molho, mas não esquecer que os cogumelos também deitam água). É importante que o preparado fique tipo uma “papa” para o atum ficar completamente desfeito e cozinhado, juntamente com a curgete.
  4. Retificar os temperos e começar a fazer o bechamel.
  5. Num pirex colocar as camadas de bechamel, placa, atum, placa, bechamel, e por aí fora.
  6. Terminar com bechamel e queijo ralado e levar a gratinar.

 

Dicas:

- azeitonas (opcional) – às vezes misturo no preparado do atum e fica muito bom (têm de ser sem caroço)

- espinafres (opcional) – pode ser 1 pacote daqueles já lavados, e põem-se crus quando se está a fazer as camadas (em cima do atum) – mas atenção que vão libertar água, por isso pode ficar mais aguado e demorar mais tempo a gratinar. Em alternativa também se pode colocar no preparado do atum.

- manjericão (opcional) – fica ótimo juntamente com a última camada de queijo. Quando tenho, ponho sempre.

 

Bom apetite!

 

Monstra S.

O verão faz pandã com petiscos #4: Bruschettas, as amigas das sobras de pão e das visitas que aparecem sem avisar

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Simples de fazer e saborosas de comer, assim são as bruschettas. São ideais para aproveitar sobras de pão e são uma opção quando recebe convidados em casa sem estar a contar com isso.

Apesar de poder fazer bruschettas de quase tudo (é ver o que tem em casa e dar asas à imaginação), deixo aqui 3 receitas que vão certamente ser um êxito na sua cozinha.

 

Bruschetta simples de tomate e manjericão

 Ingredientes para 4 pessoas:

- 6 fatias de pão de 3 a 4 cm de altura;

- azeite q.b.;

- 3 dentes de alho;

- tomate cherry ou tomate cacho cortado aos cubinhos (o que importa é que esteja maduro e doce);

- um molho de manjericão;

 

Como fazer?

Esfregue os dentes de alho em todas as fatias de pão, de ambos os lados. Disponha as fatias num tabuleiro de ir ao forno. O alho que sobrar pique-o finamente e distribua pelas fatias de pão. Regue o pão com um fio de azeite. De seguida corte o tomate e distribua pelo pão. Regue novamente com um fio de azeite e leve ao forno. Sirva com as folhas de manjericão.

Sugestão: para os mais gulosos pode acrescentar queijo mozzarella.

 

Bruschetta de pasta de azeitonas

Ingredientes para 4 pessoas:

- 6 fatias de pão de 3 a 4 cm de altura;

- azeite q.b.;

- 1 dente de alho;

- pasta de azeitonas (pode comprar ou triturar as azeitonas descaroçadas até formar uma pasta. Se fizer esta opção caseira, acrescente um fio de azeite à pasta);

- um molho de manjericão.

 

Como fazer?

Dê uma esfrega ao pão, como na receita anterior. A única diferença é que o alho que sobra não é para utilizar depois. Fique-se apenas pela esfrega. Disponha a pasta de azeitonas pelas fatias (e seja generoso! Carregue bem). Regue com um fio de azeite, se achar necessário. Leve ao forno e sirva com o manjericão

Sugestão: esta bruschetta é ótima, mas não continue a refeição sem verificar se ficou com pasta de azeitonas nos dentes. É deveras desagradável.

 

Bruschetta de presunto e figos assados

Ingredientes para 4 pessoas:

- 6 fatias de pão de 3 a 4 cm de altura;

- azeite q.b.;

- 1 dente de alho;

- fatias de presunto finas;

- figos maduros (2 por fatia);

- um molho de manjericão.

 

Como fazer?

Comece com o ritual de esfregar o dente de alho no pão. Regue com azeite e disponhas as fatias de presunto. Coloque os figos cortados em quartos ou em rodelas (como preferir, mas de preferência que fique com alguma textura). Regue com mais um fio de azeite e leve ao forno até os figos estarem levemente assados (não queremos que percam totalmente os sucos, só mesmo um cheirinho de forno). Sirva com manjericão finamente picado.

Sugestão: se quiser dar tudo, experimente colocar um pouco de queijo feta por cima da bruschetta na hora de servir. Lágrimas de emoção escorrerão certamente pelo rosto dos seus convidados.

 

Estas receitas acompanham bem com uma boa sangria de frutos vermelhos, um tinto ou um lambrusco. É uma boa forma de começar uma refeição ou de fazer um petisco ao final da tarde.

 

Monstra S.

O verão faz pandã com petiscos #3: camarões ao alho no forno, que é como quem diz "gambas à la guilho" versão SOS fogão

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Esta receita foi-me cedida há muitos anos, ainda era eu uma adolescente, pela madrinha da minha prima (que é pessoa que vi aí umas 3 vezes na vida, uma das quais me permitiu sacar esta bela receita).

Lembro-me que a fiz pela primeira vez na minha festa dos 18 anos e fiz logo ali um brilharete. Ainda fui a cuspir fogo para a discoteca, tal foi a carga de malaguetas que lhe pus. As cervejas esgotaram nesse dia, com tudo a arder lá em casa. Let it burn!

 

Na verdade, esta receita é uma forma de fazer uns bons camarões à la guilho sem sujar o fogão, algo que qualquer pessoa aprecia – principalmente a minha querida mãe, que na altura adorou a ideia.

 

O truque aqui é não poupar no alho nem no azeite. Sim, é chato descascar e picar uma cabeça de alho, mas tem mesmo de ser para ficar com aquele saborzinho bom e estaladiço.

Eu gosto mais de fazer esta receita com os camarões inteiros, bem vestidinhos com a sua casca. Mas sou daquelas pessoas que não se importa de os descascar depois com as mãos e de me lambuzar um pouco com isso.

Se forem mais finos, podem fazê-los logo todos pelados que sairá bem na mesma.

 

Ora cá vai:

 

- 1 Kg de camarão médio;

- ½ chávena de azeite;

- 1 cabeça de alho;

- 1 colher de sopa de alho em pó;

- 1 a 2 malaguetas;

- 1 chávena de vinho branco;

- sal q.b.;

- coentros a gosto.

 

Como fazer:

Tempere os camarões descongelados com o alho em pó e o sal e reserve. Cubra o fundo de um tabuleiro de ir ao forno com o alho picadinho e o azeite. Disponha os camarões no tabuleiro, as malaguetas e regue tudo com vinho branco. Assegure-se que os camarões ficaram bem regados (se for necessário regue com mais azeite e mais vinho branco). Leve ao forno a 100.ºC até os camarões ficarem douradinhos.

 

Sirva com coentros picados e acompanhe com pão torrado e vinho Alvarinho ou umas imperiais bem feeessssquinhas!

 

Ah, isto é que é que é vida! Bom fim de semana :)

 

Monstra S.

 

Foto: taste.com.au

As 7 maravilhas das tascas, tabernas e restaurantes com ar aparentemente duvidoso que eu adoro

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A pedido de várias famílias, vamos hoje desvendar alguns sítios onde pode comer e chorar por mais (chorar mesmo por mais e não porque ficou com a carteira depenada). São daqueles sítios típicos, sem grandes formalismos e onde se come muito bem e sem ter de pagar balúrdios. Alguns são mais conhecidos, outros são verdadeiras pérolas.

 

Aqui pode ser feio, porco e mau, que ninguém vai querer saber. Estes sítios são para os amantes da boa comida e ponto final.

Se devia aqui dá-los a conhecer ao mundo? Claro que sim, uma vez que não são meia centena de seguidores que vão fazer das filas à porta maiores do que elas já são.

 

  1. O Isaías, Sesimbra

Para quem quer comer bom peixe, esta é a verdadeira tasca. Peixe fresco e salas apertadas decoradas com azulejos antigos e pratos de loiça na parede até ao teto. A clientela fica toda junta e partilha mesa e ninguém reclama, pois já bem basta o tempo de espera e o pessoal quer é dar ao dente. Há sítios mais chiques onde agora é moda comer ao lado de quem não se conhece e o pessoal também não reclama e paga bem mais. Verdade?

Conselho: cheguem cedo e não tenham vergonha de partilhar experiências com as pessoas que estão ao vosso lado.

 

  1. O Panças, Buraca

Bem, o Panças é “O” Panças. Nunca vi nada assim. Um sítio que não abona nada mesmo a favor da beleza, ambiente barulhento e muitos empregados a rodopiar por todo o lado a tentar dar conta do serviço. A comida vale bem a pena: doses generosas e sempre bem confecionadas. A verdadeira comidinha tradicional, onde a dieta tem de ser posta de lado. Recomendo o polvo à lagareiro, o arroz de marisco, as sardinhas, a carne de porco à alentejana, o pernil, o cozido à portuguesa, os choquinhos à lagareiro, o entrecosto com arroz de feijão malandrinho… Enfim, para babar mesmo! E para terminar, uma fatia de molotof com doce de ovos (asseguro-vos que é mesmo bom e eu nem sou fã de molotof, por isso já podem ver).

Conselho: cheguem cedo e peçam meia dose de cada vez.

 

  1. O Fialho, Ria Formosa

Esta é “A” pérola. Como é possível este sítio existir? Foi-me aconselhado por uma amiga da minha mãe e surpreendeu as minhas expetativas. A vista para a Ria Formosa é linda e pode desfrutá-la melhor no final da refeição, bebendo o café nas cadeirinhas que estão da parte de fora do restaurante. Lá dentro o espaço é amplo e dá ideia que estamos na casa de alguém. O melhor é mesmo o peixe e o marisco, tudo fresquíssimo! Sugiro a travessa de peixe-rei frito com limão e o arroz de marisco (o de lingueirão também é top, mas o de marisco leva lingueirão e ainda mais mariscos – top, top!).

Conselho: o sítio é um pouco difícil de encontrar, por isso o melhor é irem perguntando aos locais que vão vendo por ali, que foi o que eu fiz. O GPS não dá conta do recado. Não há multibanco nem multibanco perto, por isso não vão à pelintras e levem dinheiro vivo. CASH! 

 

  1. Barnabé Place, Alverca

Ah, o Barnabé, mais uma pérola. Este sítio é muito giro e vale a pena também pela experiência. O Barnabé é peixeiro de profissão e vá que se lembrou de um dia começar a assar o peixe que não vendia a amigos e conhecidos. Hoje é isto: abre a sua vivenda para servir peixe fresquinho a quem por ali passar. A sua banca de peixe lá está, sempre bem recheada: chocos com e sem tinta, cabeça de garoupa, sardinhas, salmão à posta, caras de bacalhau frescas, pampo, douradas de mar e por aí fora. É como se fosse à praça, escolhe o que está na banca de peixe e eles assam. Maravilhoso! E tudo só por 10€!

Conselho: cheguem cedo e aproveitem a envolvente. Pessoas a gritar como estivesse no mercado é comum. Podem também levar o vinho de casa, se preferirem. O peixe é bom, mas o vinho nem tanto.

 

  1. Cantinho do Morgado, Vialonga

Este sítio é visitado por gente de trabalho que gosta de comer bem e pagar pouco. Ora, eu também, e foi um amigo meu quem me indicou este local, logo fazendo grandes ressalvas de que podia temer o pior. De facto, bonito não é nada, gente bonita também nem vê-la e o próprio local parece um cenário do Maze Runner, de tão labirínticas que são as salas. Às tantas estamos a entrar na cozinha sem nos apercebermos. Mas a comida é boa e bem servida e cada pessoa só paga perto de 10€. Aconselho o pianinho e as sardinhas assadas.

Conselho: ir com espírito “mente aberta” e não ter medo de comer com as mãos e grunhir.

 

  1. Nova Taberna O Pescador, Setúbal

Sítio ma-ra-vi-lho-so! Um dos melhores sítios para comer sardinhas (já perceberam que sou mega fã, certo?). Aqui, por apenas 10€ pode comer um mini-rodízio dos peixes do dia. O peixe é super fresco e as sobremesas são todas ótimas também. O cenário é básico e deixo um desafio: a quem encontrar um milímetro de parede sem um cachecol desportivo ou um quadro alusivo à mesma temática, pode pedir um extra de choco frito por mais 5€ que eu pago.

Conselho: ir muuuuiiitooo cedo. Já esperei perto de 2 horas, mas a verdade é que em Setúbal está sempre tudo cheio, por isso chegar cedo é mesmo obrigatório.

 

  1. Casa Guedes, Porto

O Guedes!!! Sou sincera, quando vi aquele pernil de porco a nadar em molho e os azulejos na parede com ar duvidoso, apeteceu-me fugir dali. Mas, a fila era enorme e agora que era a minha vez era para despachar – “Oh menina, quer a sande com queijo da serra ou sem? E copinho de binho da casa, vai querer?” – quis tudo isso e ainda um pratinho de moelas. Tudo tão bom, que tive de lá voltar na mesma semana.

Conselho: se forem ao Porto têm MESMO de ir ao Guedes. Aproveitem para levar o palito das moelas sempre convosco no bolso. Deu-me imenso jeito à noite, quando uma velhaca estrangeira se estava a fazer ao meu homem mesmo nas minhas fuças.

 

Monstra S.

O verão faz pandã com petiscos #2: mexe, mexe Mexilhão (3 receitas para babar sem pagar balúrdios)

Ah, cá vamos nós a um dos nossos ingredientes favoritos! O mexilhão é um bivalve bem saboroso e até há bem pouco tempo colocado em segundo ou terceiro plano, até chegarem os restaurantes da moda onde os “Moules” (nome muito mais chique ) se pagam com os olhos da cara.

 

Deixo pois aqui, não UMA, mas TRÊS receitas de Mexilhão para se poderem lambuzar à vontade.

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 #1 – Mexilhão suado

O mexilhão suado é o meu favorito e é logo o mais simples! Lucky me!

 

Vai precisar de:

- 1 kg de mexilhão;

- 2 colheres de sopa de azeite;

- 2 dentes de alho;

- 1 molho de coentros;

- 1 malagueta (opcional).

Como se faz:

Regue o fundo de uma caçarola com azeite, deite os alhos (inteiros ou esmagados com casca). Salteie ligeiramente o alho no azeite e de seguida deite os mexilhões. Se quiser um toque de picante, é esta a altura de colocar a malagueta. Tape os mexilhões e deixe-os suar que nem cavalos. É muito importante deixá-los suar, porque vão libertar os sucos dos Deuses. Por isso, take your time. Desligue o lume e pique os coentros. Tape novamente até servir.

 

#2 – Mexilhão à espanhola

Bem bom para quem gosta de molhar o pãozinho. Com umas batatinhas fritas a acompanhar também marcha que é uma maravilha.

 

Vai precisar de:

- 1 kg de mexilhão;

- 2 colheres de azeite;

- 2 dentes de alho;

- 3 a 4 cebolas médias;

- 5 tomates médios maduros (ou 1 lata grande de tomate inteiro);

- 1 malagueta (aqui tem mesmo de ser, desculpem lá, não sejam mariquinhas);

- 1 molho de salsa.

Como se faz:

A base é a mesma da receita anterior: caçarola, azeite, dentes de alho. Depois deite a cebola previamente cortada às rodelas (espessura média). Tape e deixe suar até a cebola estar translúcida. Deite o mexilhão e a malagueta. Deixe suá-los um pouco (que nem cavalos não, basta o nível pónei). A meio deste processo abra a tampa e deite o tomate e envolva bem. Deixe apurar tudo mais uns 10 minutos. Pique a salsa e sirva de imediato.

 

#3 – Mexilhão com caril

Este é bom como petisco, mas também como refeição, acompanhando com um arroz basmati ou o pão nan. Nhami!

 

Vai precisar de:

- 1 kg de mexilhão;

- 2 colheres de azeite (ou pode substituir por 2 colheres de óleo de coco);

- 2 dentes de alho;

- 1 cebola média;

- 1 colher de sopa de polpa de tomate;

- 1 a 2 colheres de sopa de caril em pó (consoante o gosto de cada um);

- 1 malagueta (ou 2, se for cá dos fortes!);

- ½ lata de leite de coco;

- 1 pau de canela;

- 1 molho de coentros.

Como se faz:

Deite o azeite ou o óleo de coco na caçarola, os dentes de alho (picadinhos), a cebola (picadinha também) e tape até esta ficar translúcida. Deite a malagueta, o pau de canela e os mexilhões. Polvilhe-os com o caril em pó e envolva com a polpa de tomate e depois tape. Deixe suar bem os bichinhos e regue com o leite de coco. Se tiver muito líquido deite mais um pouco de leite de coco e destape a caçarola durantes uns minutos. No final, pique os coentros e leve à mesa.

 

E cá estão elas, três receitas para mexer bem com o mexilhão e para surpreender os seus amigos sem gastar uma fortuna. Depois, se quiserem uma cena chique, à Moules, juntem umas cervejinhas artesanais ou um gin.

 

Monstra S

O verão faz pandã com petiscos #1: a bela da amêijoa à Bulhão Pato

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Na verdade, todas as épocas do ano fazem pandã com petiscos, nomeadamente nas casas das MONSTRAS. Mas é no verão que tudo é desculpa para comer um petisquinho, mais que não seja um pires de caracóis ao final da tarde. 

 

Para quem gosta de por a mão no tacho, as MONSTRAS vão sugerir, durante o querido mês de agosto, algumas receitas fáceis, fáceis para petiscar e chorar de emoção.

 

Começamos pelas maravilhosas amêijoas à Bulhão Pato, esse fidalgo português que não mexeu uma palha para as fazer, batizando-as apenas (e devorando-as logo de seguida). 

 

Então cá vai:

- 1 kg de amêijoas (usem amêijoa branca, preta, japonesa, pé-de-burrico, o que preferirem... não usem amêijoa vietnamita por-amor-de-Deus! O Bulhão Pato dá logo três piruetas na tumba!);

- 2 colheres de sopa de azeite;

- 3 dentes de alho;

- 1 colher de sopa de manteiga (esta é sugestão à la MONSTRA, mas se tiver numa de dieta, esqueça!);

- Molho de coentros;

- 1 limão.

 

Como fazer as ditas cujas?

Numa frigideira deitar o azeite, a manteiga e os alhos (podem ser picados ou esmagados com casca). Salteie um pouco alho e depois deite as amêijoas e tape-as. Deixe-as estar sossegaditas durante 5 a 10 minutos, em lume médio. Quando estiverem bem suadinhas, pique os coentros lá para dentro e tempere com o sumo do limão.

Sirva de imediato com pãozinho torrado e umas cervejinhas :) E sinta-se mais perto do céu.

 

Monstra S.

Cogumelos recheados

O verão é, sem dúvida, a época oficial dos petiscos!

Ontem, para não fugir à regra, foi dia de forrar bem a barriguinha com alguns manjares dos Deuses (sim... daqueles que são o sonho do estômago e o pesadelo das ancas). 

Como não sou nada invejosa, partilho convosco a receita de cogumelos recheados que fizeram as delícias da família, um verdadeiro sucesso culinário fácil, fácil de fazer!

 

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Ingredientes:

  • 16 cogumelos (eu usei marrons mas podem optar por outros)
  • 5 colheres de sobremesa de azeite
  • 3 dentes de alho
  • 1 pedaço de tomate seco 
  • majericão (se usarem fresco: cerca de 6 folhas, se usarem seco e já moído, cerca de 2 colheres de sopa)
  • 6 azeitonas pretas
  • oregãos a gosto
  • sal a gosto
  • queijo ralado (também a gosto, há quem prefira usar menos quantidade para não anular o sabor dos restantes ingredientes)

Preparação:

Lave os cogumelos e retire-lhes o pé.

Pique o alho, as azeitonas, o tomate seco (e o magericão se for fresco). Coloque tudo numa taça e adicione os restantes ingredientes.

Recheie os cogumelos com este preparado e disponha-os num tabulerio para ir ao forno. 

No final pode colocar mais um pouco de queijo ralado por cima.

 

Leve ao forno durante 15 a 20 minutos a 200º e ... voilá!

 

Podem ser servidos tanto quentes como frios e como entrada ou a acompanhar outros petiscos como camarão, caracois, etc..

 

Espero que experimentem e gostem!!

 

Monstra P.

 

P.S: Tive de "roubar" uma imagem ao Pinterest pois ontem nem deu tempo de tirar fotografia aos originais.. é bom sinal! ;) 

Receita de salmão com molho teriaki, que é coisa que parece que estivemos horas a suar na cozinha, mas afinal não

Sou fã do Jamie Oliver e isto remonta ao tempo em que eu ainda não tinha de mexer uma palha na cozinha. Aquele jeito descontraído, ensaiado ou não, sempre me cativou. Os panos usados e sujos, as mãos gordurosas sempre prontas para juntar mais uma nódoa ao avental impecavelmente passado. Sou tão eu. É que a cozinha é isto, pelo menos para mim. Sujar, provar e deixar tudo num virote. Tudo em prol de uma gastronomia autêntica, com sabor e, sempre “a gosto” e a “olhómetro”. É, eu e as quantidades não somos muito amigas. Eu leio uma receita e depois fecho-a e, com base naquilo que ficou nesta mente peregrina, lá vou fazendo. E depois seja o que Deus quiser. Há bolos que não crescem, tartes partidas, frangos picantes e por aí fora… mas também há coisas realmente boas que me fazem pensar que, se calhar, um dia podia estar ali ao lado do Goucha no Master Chef.

 

Bem, e esta receita, com base em várias receitas do querido Jamie Oliver (achei-as um pouco complicadas e decidi fazer assim uma nova versão, e vá que até ficou bem), é ideal para muitas ocasiões. A primeira vez que a usei foi em casa, ao jantar, num dia de semana. O meu homem ficou logo a pensar que tinha juntado os trapos com a Filipa Vacondeus, de tão bonito e supimpa que este prato ficou.

 

Então cá vai:

 

- salmão (podem ser 2 lombos ou 2 postas);

- 1 chávena molho de soja;

- 2 colheres de sopa de mel;

- 1 lima ou ½ limão;

- 1 malagueta ou 1 colher de chá de molho tabasco;

- 1 colher de sopa de sementes de sésamo;

- 1 colher de sopa de cebolinho desidratado.

 

Fazer uma marinada com o molho de soja, o mel, a lima/limão, e a malagueta/tabasco. Misturar tudo com uma vara de arames ou uma colher grande até os ingredientes estarem bem incorporados. Prove e retifique os temperos a gosto (aqui é mesmo uma questão de gosto: se prefere mais picante, mais espesso e doce ou mais ácido). Depois junte as sementes de sésamo e o cebolinho à marinada. Coloque o salmão num tabuleiro de ir ao forno e regue com o preparado anterior. Leve ao forno até ficar ligeiramente tostado (eu pelo menos gosto dele assim) e já está. Acompanhe com arroz basmati e brócolos cozidos a vapor.

 

food-salmon-teriyaki-cooking.jpg

 

Dica: a receita também funciona bem se substituir o salmão por espetadas de lulas ou camarão (ou lulas com camarão, melhor ainda!), frango ou, para vegetarianos e simpatizantes, um tofuzinho também não vai nada mal.

 

Monstra S.