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Monstras

O porquê de não gostar do «revelhão» e como acabar o ano numa Sociedade Filarmónica com amigos para a vida toda

As Monstras têm andado desaparecidas. É um facto. Mas é que isto de mudar de ano afeta-nos um pouco a sensibilidade. É muita festarola para organizar, muito jantar para comparecer, muito bater perna no shopping para fazer e por aí fora.

Neste momento estamos pouco a pouco a regressar ao ritmo do dia-a-dia. E é difícil. Mudar de ano, pelo menos para mim, é pior que mudar de fuso horário ou do que ir ao dentista. Esta coisa de mudar de ano dá cabo de mim, confesso. É um pouco melancólico, deixa-me sempre um pouco ansiosa. Já padeço desta problemática há já algum tempo e, analisando bem as coisas, penso que é por aí que as minhas passagens de ano são sempre um pouco decadentes e bem regadas em álcool.

 

Não gosto de grandes confusões, por isso concertos, discotecas e grandes maranhais de gente, não é para mim. Sim, é a velhice a atacar-me, provavelmente. Mas já está a atacar há uns bons anos, de maneira que acho que é crónico.

Por esse motivo, sou mais daquelas pessoas que nos últimos anos tem passado com grupos de amigos em casa de alguém, a enfardar-me de sapateiras e de gambas tamanho XL. Mas isso também dá uma trabalheira dos diabos e, em 2017, tinha mais vontade para uma coisa ao estilo “não vou mexer uma palha” e vou para um sítio onde me sirvam o champanhe à boca em cascata. Eu bem tentei, é certo, mas quando comecei a ver as coisas boas e com preços mais ou menos decentes estavam já todas sem disponibilidade.

 

Portanto que tudo ficou decidido apenas no dia 30. Isto é que é viver no limite, meus caros! Como éramos apenas 6 gatos pingados acabámos por comer um belo repasto, AKA, mariscada e vinhaça como manda a lei, e depois… fomos passar a meia-noite a uma Sociedade Filarmónica. Foi o fundo do poço em termos de glamour, apetite appeal, fancy people e por aí fora. Havia de tudo: crianças, adultos e maioritariamente séniores, que dominavam a pista de dança com passos exímios, que fariam corar de inveja o Joaquín Cortez. Tudo muito bem aperaltado, dentro do género pseudo-bimbo – o que me deixou muito mais confortável com as minhas collants aparentemente transparentes, mas que à luz desarmada daquela pista de baile me faziam parecer ter duas próteses em vez de duas pernas de carne e osso. Tive ganas de ir a Itália só para estrangular o CEO da Calzedónia, mas acabei por aceitar o meu destino e fiz questão de rompê-las de tanto dançar.

 

Mas adiante, que isto ainda pode melhorar. Cada grupo tinha uma mesa, sendo que a nossa era a mais vazia. É que todas as pessoas tinham levado a marmita de marisco, bebidas, doces e por aí fora - claramente não nos tinham passado o mesmo briefing. Em menos de uma hora tínhamos vários donativos das mesas vizinhas. Claramente acharam que nós éramos uns pobres coitados, sem o que comer, nem o que beber. Resultado: ficámos todos amigos para a vida. E consolidámos tamanha amizade a fazer rodas de braço dado, uma marcha popular improvisada, um apita ao comboio bem afinado, uma homenagem aos Xutos em uníssono e lá para as 6 da manhã até passou BackstreetBoys, a pedido das maiores fãs do pedaço, Las Monstras. Tive também de ceder o meu homem para caridade, que claramente fez furor a dançar com uma ou outra velha. Já sei onde isto vai acabar quando o tiver de por num lar.

 

E foi isto. A bem dizer, pouco faltou para o champanhe em cascata.

Tenho para mim que daqui a uns anos, se publicitarmos muito este evento recreativo, vai ser coisa para custar um balúrdio nas grandes metrópoles. Não é o que todos andamos a pagar, a pseudo-autenticidade das tascas típicas, dos mercados, das mercearias reinventadas, dos espaços retro? Porque não um Revenge of the Sociedades Filarmónicas? Nós vamos! 😉

 

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Monstra S. 

Como fazer furor numa festa de Natal da empresa sem parecer uma jávarder

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Esta questão põe-se desde os primórdios dos jantares de Natal que, segundo as minhas investigações, tiveram início no final do século passado.

Tenho uma amiga que trabalha numa grande empresa (uma das maiores deste país) e diz ela que as festas de Natal são míticas ao nível da ramboiada e dos looks duvidosos. Eu digo que os looks duvidosos são meio caminho para uma noite de ramboia, massssss… nem sempre! Há também os looks dissimulados que acabam a noite na ramboiada, as well. E o facto é que tanto em empresas grandes, como em empresas micro-nano o fenómeno “hoje vesti-me para ser uma jávarder, gosto e não me importo” é muito popular nesta época.

O equilíbrio é a palavra-chave, como em tudo na vida, mas é sempre um ponto difícil de atingir. É mesmo. Quem já não se sentiu linda de morrer numa ocasião especial, mas a penar com dores nos pés, com comichão em sítios dos infernos e com a maquilhagem a derreter a toda a hora. Já para não falar do cabelo, que é quase sempre um issue.

Então vamos lá a alguma dicas que ajudarão certamente.

 

1 – Apostar num look fiel a nós próprias, mas com um twist.

É uma festa, boa?! Arrisquem um bocadinho e experimentem conjugar padrões diferentes ou misturar mais do que uma cor sólida. Não precisam de roupa nova, provavelmente poderão dar um ar da sua graça com um ou dois acessórios diferentes ou com uma maquilhagem mais especial. Não vão é com ar de monos.

 

2 – Não apostar em mamas de fora.

Nem mamas, nem outras partes. Para começar, está um frio dos diabos e depois não há necessidade de provocar o pessoal com quem, poucos dias depois iremos ter uma reunião ou beber um café na copa da empresa.  Quem é que disse que mamas de fora is the new black?

 

3 – Apostar num look casual chic.

Ou o chamado “não quero saber, mas quero tanto” - que pessoalmente adoro. É aquele look despretensioso, que dá a ideia que a pessoa não passou muito tempo a pensar no assunto, mas depois é vê-la sambar na cara das inimigas - enquanto as outras estão a dar tudo com rendas de igreja, decotes do tamanho do vale do Jurássico Parque, minissaias semelhantes aos cintos da WWE e sapatos vertiginosos que fazem inveja à Mónica do Viking,

 

4 – Cuidar dos básicos.

A saber: unhas, cabelo e pele. De que vale estarmos no nosso melhor modelito se estas áreas estão no seu pior?

Unhas: cuidadinho com elas, gente, ninguém gosta de garras a não ser um Elfo da saga Tolkien.

Cabelo: evitem parecer um Chewbacca nestas ocasiões.

Pele: especial atenção às sobrancelhas e à bigodaça.

 

5 – Não se comportarem como se fossem umas hienas.

on set, não vale a pena dar muito nas vistas pelas piores razões. Ok, é uma festa, é Natal, o pessoal está feliz e contente, mas ninguém quer dar aquele ar de que já não saía de casa há 20 anos e que agora é que é para dar tudo. Contenham-se um bocadinho, vá.

 

6 – Não parecer que estão num ciclo de cio.

Questão complexa para ambos os sexos.

Se a pessoa é solteira – ok, está tudo muito bem, mas também não vale a pena levar um letreiro na testa e passar o resto da noite a fazer-se ao bife.

Se a pessoa não é solteira – atenção, não faz mal nenhum conviver, conversar, dar um pezinho de dança. Também não é preciso encarnar o tédio em pessoa (sim, também há aquela malta com ar de santa que se senta numa cadeira a noite toda e não arreda pé dali a cortar na casaca dos outros). Mas quem já não viu nestas festas pessoal com comportamento duvidoso, AKA, cio? É quase comovente assistir a este espetáculo, a pessoa não paga para ver a malta a soltar a franga, mas vem quase sempre como bónus.

 

E é basicamente isto. Não deixem de ser fiéis àquilo que são só porque vão a qualquer lado, mas muito menos se vão a uma festa da vossa empresa. Já vi pessoas a irem para o olho da rua na sequência de convívios empresariais. No final da festarola é dar de caras nos dias vindouros com a maior parte das pessoas que acabaram a noite a babar-se. Ou com uma mama de fora.

 

Monstra S.

Os 8 looks mais terríveis que um homem pode envergar (baseado em factos reais)

Há uma teoria que corre por aí e que diz que as mulheres não se vestem para agradar aos homens, mas sim para agradar/surpreender/fazer pirraça/causar inveja/sambar na cara das outras mulheres.

Na minha humilde opinião esta teoria tem algum fundo de verdade, mas tem pano para mangas também. Há mulheres que se vestem para agradar a si próprias (quero acreditar que seja a maioria), há mulheres que simplesmente não querem saber e saem de casa com a primeira coisa que aparece à frente.

 

Mas a grande questão é: para quem se vestem os homens? Pois é, a resposta é a mesma – digo eu. Há quem dê pontapés na indumentária, como quem dá pontapés na gramática, tal como o mulherio.

 

Seguem os looks mais terríveis que um homem pode envergar, baseado em factos reais do quotidiano mostrenguiano:

 

  1. Jeans com sapatos pretos em pele

Só conheço uma pessoa que pode usar este look de forma um quanto ao tanto sensual (tendo em conta o sucesso entre a mulherada), o nosso querido Tony Carreira.

 

  1. Meia branca com sapatos

Michael Jackson, estás aí?

 

  1. Camisa de manga curta

Ah, que lindo que fica. E se for aos quadrados, melhor ainda. Tenham dó, senhores.

 

  1. Camisa/t-shirt/camisola para dentro dos jeans

Eu achava que este look só predominava na série Narcos, mas afinal ainda há francos adeptos deste look a passarinhar por aí.

 

  1. Long sleeve por baixo de uma t-shirt

Um look que só pode ser usado pelo Sheldon Cooper - já tinha mencionado isso num post especialmente dedicado a tal modelito. A sério, what’s the point? É que aqui nem se aplica a máxima das camadas de cebola, ah, se ficar com calor depois tiro a parte de cima e fico só com a t-shirt. É muito parvo. Fico a pensar que talvez a camisola de manga comprida que está por baixo tenha uma grande nódoa na zona do peito e que, por esse motivo, só pode ser usada nestes preparos.

 

  1. T-shirt por baixo de uma camisa

Foi o Vasco Palmeirim que veio uma vez assumir que era adepto deste look, nos seus tempos de juventude. Se não me engano, usava a camisa aberta com a t-shirt por baixo. É mau, sim senhor. Mas a camisa fechada com a t-shirt a aparecer, aquela gola… grr… dá-me nervos. Usem uma coisa mais decotada, valha-me-Deus! E piora gente, o pior é que piora, quando durante o inverno a t-shirt inocente sobre para uma gola alta branca por baixo da CAMISA. É caso para dizer “Ele parte-me o pescoço”.

 

    7. Colete

Eu acho que este é um ódio de estimação. Odeio coletes. Um homem com colete fica mesmo muito parolo, desculpem lá. Além disso é daquelas peças completamente acessórias, qual o objetivo de usar um colete, digam-me lá? O meu homem, por exemplo, tem um fato completo com colete e a coisa até escapa quando está tudo vestido, sim senhor. Mas depois quando o blazer vai à vida e eu já não gosto assim tanto. Mas pronto, num contexto de cerimónia tudo bem. Agora, no quotidiano? Se não for fazer de forcado numa tourada, por favor não.

 

     8. Cinto à Rei do Gado

Estão a ver aqueles cintos com 10cm de altura e fivela em salva de prata? É mais ou menos isto:

 

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E é isto. Não deixem os Monstros à solta. Vocês tmabém podem ser responsabilizadas. Por alguma razão a minha mãe ainda escolhe a roupa ao meu pai.

 

Monstra S.

Vida de MONSTRA não é fácil e piora consideravelmente em dias de chuva

Uma pessoa sofre com estas mudanças de tempo. Sofre por si e pelos outros. É um sofrimento coletivo.

Já não bastava o drama do cabelo com frizz intenso, o dilema da indumentária a escolher toda a santa manhã e o trânsito caótico, ainda temos de levar com o mesmo mau aspeto e má disposição dos outros. 

 

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Mas a propósito de dias de chuva, eis que ontem me aconteceu um verdadeiro drama que põe todos os outros num bolso. Já andava há uns tempos a sentir que os pneus do carro estavam um pouco vazios, mas depois olhava para eles e pensava, ah, até estão com bom ar! De vez em quando lá dizia ao meu homem, tens de me ver os pneus do carro porque acho que estão um pouco vazios. A questão é que tanto eu como ele somos pessoas muito descontraídas ao nível da manutenção dos veículos. É o deixa andar. Eu mais, claro. Mas no caso dos homens, há muitos exemplares do sexo masculino que só lhes falta levar o carro para casa, dormir com ele e rezar para que no dia seguinte tenha nascido um Mini daquela linda união. Bem, isso não acontece lá por casa, e ainda bem que não tenho cá pachorra, mas de facto um pouco mais de zelo também não fazia mal.

Pois bem, agora que começaram as chuvas senti ainda mais o carro a pedir para lhe ver os pneus... ou então era só a minha consciência a pesar-me.

 

Como moça emancipada do século XXI decidi eu própria encarnar o mecânico que há em mim e lá fui eu encher os ditos cujos. Saí do trabalho e parei na bomba mais próxima - e posso mesmo afirmar que ia convencida de que era fácil e de que seria num instante. E foi, de facto. Enchi-os todos e, embora estivesse com as mãos todas mascarradas e a sentir todos aqueles micróbios a percorrerem-me o corpo (sim, tenho a tara dos germes), pensei que seria bem bom chegar a casa, encher o peito de orgulho e declarar, sim, fui eu que os enchi e ficaram bem bons!

Estava eu nestes pensamentos, quando me deparo com a situação do pneu dianteiro direito. Estava no chão, parecia que tinha derretido. ESTAVA TODO VAZIO! Céus, mas como? Eu tinha feito o mesmo que nos outros e agora ainda estava mais vazio do que quando ali tinha chegado? Não podia ser. Então, arregacei mangas e toca de encher novamente. NADA. Não levantava nem um milímetro do chão. Entretanto começou a chover, primeiro uma chuva miudinha e depois aumentou de intensidade. Comecei a sentir o meu cabelo tipo caniche hair, um must! Decidi que precisava de ajuda, já ali estava há 20 minutos naquela situação e já tinha um carro atrás de mim, a aguardar para se servir dos aparelhómetros todos.

 

Entrei na bomba e de facto o meu aspeto devia ser muito mau. As pessoas olhavam para mim com ar estranho. Perguntei se me podiam ajudar, porque já estava ali há algum tempo e  não conseguia encher o raio do pneu. Agora não podemos, está aqui muita gente, mas o meu colega já lá vai. Ok, eu então espero lá fora. Mal me fui aproximando da zona onde estava o carro, sempre tentando não me molhar ainda mais, vi logo o carro que estava atrás do meu arrancar em fúria. Logo outro avançou, e lá dentro um homem esbracejava na minha direção.

E é aqui, minhas caras Monstras, que as mulheres ganham aos pontos aos homens. Enverguei a minha cara de pum e misturei com cara de pobre e abandonada. Bom, não era muito difícil, dado o meu aspeto de cão molhado. Se calhar exagerei mesmo, pois o homem que outrora estava fulo da vida saiu do carro e enfrentou a chuva para me ajudar. Ah, pois, já sei o que aconteceu. Esvaziou o pneu completamente, mas é fácil de resolver. E pôs-se a encher. Logo de seguida veio finalmente o senhor da bomba e era eu a sentir-me cada vez pior por estar ali a dar que fazer àquela gente, debaixo daquela chuva. E, como todos os bons homens que gostam de se sentir prestáveis, pareciam até estar contentes por ajudar este mono que sou eu.

 

Estou certa que arranjei ali dois amigos para a vida. O senhor do carro (muito parecido ao Dr. Stu do filme A Ressaca) estava completamente encharcado, mas sempre muito sorridente e muito prestável. Um dó. Se calhar é melhor entrar no carro, já que já cá está este senhor para ajudar, não precisa de se estar a molhar mais. E lá foi ele para o carro sempre a sorrir. 

 

Foi aí que o senhor da bomba me perguntou se os outros pneus também precisavam de ar. Acho que não, parecem estar cheios, mas se já agora quiser confirmar, fico mais descansada. Ora bem, foi a melhor coisa que eu fiz. A senhora não pode andar com os pneus assim à chuva… isto é um perigo! Estava tudo vazio, aparentemente. Como assim, depois de estar ali há séculos a dar ar nos pneus, à chuva, ao frio, com o jantar em casa por fazer?!

Cheguei a casa péssima da vida, mas a rir-me da situação, claro, este sentido de humor negro nunca me abandona. Contei tudo ao meu homem e concluí que da próxima vez tinha mesmo de ser ele a fazer o check up aos pneus, porque, claramente, eu não era capaz. Ah, mas agora já viste como se faz, vais ver que vai ser fácil.

 

É caso para ter ficado com o número do Dr. Stu para emergências. Podia até haver um claim para os serviços do Stu:

 

Se não tens ar nos pneus

E não sabes encher tu

O melhor então

É chamares o Stu

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Monstra S.

Pequeno status sobre a vida de MONSTRA e breve pensamento do dia

Desde já lamentamos a nossa ausência. Contudo, é por uma excelente causa chamada FÉRIAS!

 

Sim, é verdade, está a chegar a nossa hora, depois de vermos metade do mundo a lorear a pevide.

Estamos quase, quase a embarcar nas férias (literalmente!) e a loucura pré-férias está a tomar conta de nós. Ainda assim, gostaria apenas de fazer um breve post para dizer isto:

 

Homens, homens de Portugal (como diria a querida Cláudia Cardinal, AKA Tucha, no programa do Bondage: https://www.youtube.com/watch?v=FlPBygW1kQo), NÃO USEM camisola de manga comprida por debaixo de uma t-shirt, A NÃO SER que sejam o Sheldon Cooper.

 

Que certamente não serão.

 

 

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Bom dia e obrigada.

Monstra S.

Calções. shorts ou alternativas às bordas de fora

Como foi aqui prometido pela Monstra P. no seu último post (intitulado "Vamos lá então falar de bordas"), vamos lá então falar de como podemos tapá-las de forma a não parecermos as nossas avós.

 

Penso que esta história de andar de bordas de fora era capaz de dar um estudo de caso, no âmbito de uma tese de mestrado.

É que não sei se é simplesmente por querer mostrá-las ao mundo ou se é o desejo de usar um calçãozinho mais curto, trendy e tal, que dá um ar despreocupado e bohoo à coisa. Podem ser as duas, pode não ser nenhuma ou pode ser só uma destas justificações manhosas, mas a verdade é que elas continuam lá, de fora, a dar a dar, a olhar para nós com ar de deboche.

 

Mais ainda quando são celulite free, o que me dá nervos a sério. Será que estão a mostrá-las desta forma escandalosa para sambar avidamente na cara das pessoas na casa dos 30? Shame on you! Bem, e com esta, já vamos em três teorias.

 

Teorias à parte, há sempre solução para tudo nesta vida. A primeira é obviamente tapar as ditas cujas. Menos é mais e se o objetivo é ser sexy ou dar nas vistas, ou lá o que raio passa pela cabeça desta gente ser, o melhor é anotarem já que ninguém quer ver muito mais quando já viu… as bordas.

Depois, há todo um mundo de calções que podem usar (curtos incluídos, que eu cá não sou nenhuma velha do Restelo), que darão muito bem conta do serviço sem por ao léu o que não é necessário mostrar.

É que há calções que são verdadeiros boxers de ganga, valha-nos-Deus! Façam panos para engraxar os sapatos com isso, por favor.

 

Calções de ganga

Devem usá-los, no máximo, pela linha da anca. O cós pode ser mais ou menos subido e a largura da perna também pode variar (mais larga ou mais apertada). Em oposição aos boxers de ganga, não usar, por favor, calções de ganga justa até ao joelho (estilo bermuda). Não há ninguém que fique bem com este modelo e acredito que está já em vias de extinção (se bem que ainda vejo algumas resistentes a usá-lo. Porquê, senhoras, porquê?).

 

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Calções mais formais

Para um look mais formal (um jantar de verão, um passeio, uma festa, etc) existem também calções que podem funcionar. Aqui podem jogar com padrões e texturas diferentes. Lembrem-se que os padrões estampados ajudam a dar volume e os padrões verticais ajudam a alongar a silhueta. Os modelos mais estruturados ajudam também a definir a linha da cintura e a alongar o figurino. São uma boa aposta!

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Seja lá qual for a opção, o look que queremos seguir, o estilo que nos serve de inspiração, devemos lembrar-nos sempre que a melhor inspiração somos nós. Devemos respeitar o nosso corpo e trabalhá-lo da melhor forma. Há looks que podem favorecer-nos a 100% e há outros que podem arruinar-nos num minuto.

 

E, se às vezes pode ser difícil decidir o que vestir, o que nos fica melhor, o que nos favorece mais, o mesmo não se pode dizer da moda das bordas. Essa não favorece ninguém nem acrescenta nada. Bem, no limite acrescenta que somos umas monstras com o cio.

 

Monstra S.

 

Vestidos que todas as MONSTRAS podem usar sem MEDOS

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Um vestido é, provavelmente, a peça mais prática de usar. Ok, logo a seguir a uns jeans e uma t-shirt. Mas… AINDA ASSIM continuo a achar que o vestido ganha – quer dizer, é só enfiá-lo pescoço abaixo e estamos prontas!

Há pouco tempo levantou-se essa questão entre as coleguinhas de trabalho. Muitas delas não adoram usar vestido e foi mesmo por isso que decidi escrever este post. O que eu não faço em prol de um upgrade laboral! É que, honestamente, não sei o que pode correr mal quando se usa um vestido. No limite podem existir 2 problemas:

  • Não saber que tipo de vestido usar
  • Estar um dia de vento

 

Quanto ao segundo problema não há muito a fazer: ou arrisca uma bimba de fora ou vai viver na ignorância para sempre, sobre se aquele vestido poderia ter melhorado verdadeiramente o seu dia. 

 

Já as vantagens são significativas:

  • Rapidez a vestir
  • Relação positiva custo-benefício: compensa sempre, uma vez que com uma única peça a pessoa fica toda vestidinha
  • Melhor opção para dias de calor
  • Vantagem de disfarçar zonas críticas com uma única peça
  • Opção segura para ocasiões formais e informais

 

Se ainda não estão convencidas e são daquelas pessoas que só saem à cena com um vestido em dias de festa, aos fins de semana e quando o rei faz anos, espero ajudá-las com algo mais concreto. Complexos todas temos e a dificuldade está em acertar no modelo ideal para nós. Não vale a pena usar um vestido curto se tiver varizes ou usar um vestido cai-cai se tiver os ombros do incrível Hulk. Mas depois também há o bom senso e, isso sim, é mais preocupante se estiver em falta. Pessoas com muito peito devem evitar grandes decotes e vestidos com saias muito curtas não são para todas as pernas (isto se não quiserem andar por aí com ar vulgar, à striper de Marinhais).

 

Quanto a outros “probleminhas” não vejo como não podem ser resolvidos ou atenuados com a escolha certa:

 

Se é alta e espadaúda – não vai ter grande dificuldade em arranjar um modelo que lhe fique bem. Modelos linha A podem ajudar a dar volume na parte debaixo. Evite apenas os modelos império curtos, pois irão dar a sensação desproporcional (pernas muito compridas em relação ao tronco)

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ORIGEM

 

Se é baixinha – Modelos curtos favorecem sempre. Evite modelos que batam a meio da canela (a não ser que o cós seja subido na cintura). Opte pelos modelos império, que dão a sensação de pernas mais longas e modelos com elástico na cintura ou traçados, para marcar a silhueta.

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LA REDOUTE

  

Pernas grossas – modelos compridos são ótima opção, mas experimente também os modelos que terminam logo acima do joelho e combine com um salto médio. Vai alongar a silhueta e dar a sensação de que as pernas são mais longas.

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UTERQUE

 

Celulite, estrias e outras maleitas do género – por favor, esta é fácil! A não ser que a sua celulite comece nos pés ou nos joelhos, não vejo porque não há de usar um vestido. Curtos até à linha das maleitas e daí para baixo, estão à vontade.

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FLAUSINAS 

 

Barriga com pneuzinho – fácil! Disfarce com modelos subidos, folhos e padrões verticais. Os modelos cintados são sempre obrigatórios. Nada de linhas direitas ou vestidos colantes à Kardashian.

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BIMBA Y LOLA

 

Ombros largos e braços roliços – se tem algum cai-cai em casa deite-o fora ou dê para caridade. Não deve destacar essas partes críticas. Alças muito finas também não são boa opção. Opte por alças grossas, decotes em V e manga curta ou ¾.

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LA REDOUTE

 

Anca larga - evite modelos linha A e opte por linha império ou marcado na cintura e largos na anca. Os modelos compridos podem favorecer estes casos, bem como cores escuras da cintura para baixo e padrões verticais nesta zona.

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BAM

 

Bom, e basicamente é isto. Será que é assim uma coisa tão bicho-do-mato? Claro que não!

Vá lá, não me façam sofrer só de olhar para vocês num dia de 40.ºC enfiadas numas calças de ganga. Desejo-vos melhor sorte :)

 

Monstra S.

Monstra way of life #1 O drama dos cabelos brancos ou porque é que todas as senhoras mais velhas são loiras

WARNING 1: se têm menos de 25 anos escusam de ler sobre a desgraça dos outros e ponham-se a andar para um blog que fale sobre cabelos azuis em modo ti-dye.

WARNING 2: se têm mais de 50, e ainda não vos apareceu um único cabelo branco, escusam de vir esfregar isso na cara e vão ver se o Roberto Carlos ainda vai dar concertos este ano ou se o Tony Carreira ainda tem bilhetes à venda.

 

Pois é esta revolta que me assola. Mal tinha erradicado a maldita acne, eis que aparece o infame primeiro cabelo branco. Não há direito. É por este motivo que pintar o cabelo passou a ser uma opção há já algum tempo. Foi um processo gradual, primeiro comecei com um tom sobre tom e quando dei por mim estava com dois ou três tons mais claros do que a minha cor original. Olhando para a minha mãe a para a minha avó, é fácil perceber que dentro de 20 anos poderei virar uma hot blonde.

Agora a sério, reparem bem nas pessoas à vossa volta e constatem se não é a mais pura das verdades: a maioria das mulheres à medida que envelhecem e que vão ganhando cabelos brancos, vão aloirando. É um fenómeno sociológico a que pouca mulher escapa e devia ser estudado com rigor.

 

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Voltando a mim: eu já era fã do bronde, gosto muito da tendência, confesso. Começou nas californianas e foi-se democratizando por toda a superfície capilar. Se por um lado agora tenho desculpa para usar estes tons à vontade, por outro a manutenção da coisa é chata e dispendiosa (pfff… espera até chegares à minha idade – diz a minha mãe, para quem uma ida ao cabeleireiro é tão ou mais frequente que uma ida ao Continente).

As raízes não perdoam e é um horror quando os empinados cabelos brancos começam a espetar-se no alto da nuca. E como nem sempre dá para ir logo, logo ao cabeleireiro, a pessoa lá vai tentando disfarçar com o que pode. E agora até parece que há uns sprays inovadores que vão disfarçando temporariamente os malditos. Confesso que ainda não os experimentei, mas se calhar até devia. É que isto há alturas dos demónios, em que a pessoa se sente de facto uma MONSTRA cabeluda e velha.

 

Aqui deixo também uma dica bem preciosa para algumas pessoas levarem para a cova, nomeadamente algumas pessoas que conheço bem e maioritariamente do sexo masculino: não digam a uma mulher que tem “ali um cabelo branco” e – muito pior ainda – não o digam com aquele ar de quem viu pelos de 5cm num sovaco. Não é a mesma coisa, meus caros! Já para não falar que, em ambas as situações, no caso do sexo masculino, o caso muda totalmente de figura. Cabelo branco? É um galã. Sovacos peludos? Ah, é um homem.

Bem, e com esta constatação final, me vou, com mais alguns cabelos brancos por pintar.

 

Monstra S.

 

 

Mulheres, não usem espuma no cabelo, a não ser que sejam a Cher

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Ou o Iran Costa nos seus tempos áureos.

 

Este post vem obviamente na sequência do post sobre homens que usam gel no cabelo. Há que ver sempre o outro lado da barricada e, neste caso, do outro lado da barricada está o mulherio que gosta de usar o cabelo empastado em espuma.

 

Na minha opinião de humilde stylist dos tempos modernos e de mulher de bom senso, a espuma pode ser utilizada para alguns fins (reparem bem como não estou a ser logo à partida uma jararaca e estou a dar uma oportunidade à dita cuja).

 

Por exemplo, se depois de a usar fizer um stylling com o secador ou com o babyliss – vai ficar muito bem certamente. Ou até se usar as novas espumas que fazem a vez do velhinho condicionador (https://pantene.pt/pt-pt/cuidado-classico-condicionador-em-espuma). Isto deve dar um jeitão!

 

O meu problema é mesmo quando se usa a espuma para dar aquele look molhado e micro-nano-encaracolado ao cabelo. Quem tem o cabelo encaracolado não precisa disso, mas sim de bons cuidados para manter os caracóis definidos e, em última instância, finalizar o processo com um óleo hidratante ou com um produto que não lhe dê um ar de quem saiu todos os dias de uma máquina de lavar.

Estou convencida que a mulherada que o faz não quer ter muito trabalho com o cabelo, mas então mais vale cortá-lo um pouco ou apanhá-lo ou alisá-lo para todo o sempre.

 

Espuma só em bom, minhas caras, numa banheira, por exemplo! Como diria a querida Rita Lee.

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Monstra S.

Homens, a não ser que sejam a reencarnação do Leonardo Dicaprio no Titanic, não usem gel no cabelo

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Pois é, contam-se pelos dedos de uma mão as ocasiões em que um homem fica bem com gel no cabelo. Uma delas é em ocasiões de festa, tal Leonardo em seu jantar de gala, mas ainda assim arrisco-me a dizer que este look está a atirar mais para a brilhantina do que para o gel.

E está muito bem dado o contexto.

 

Digam-me uma pessoa a quem o gel, esse grande ícone dos anos 90, fique bem. Para mim, o gel está para o cabelo dos homens como a espuma está para o cabelo das mulheres. E ainda assim o gel consegue ser um bocadinho pior. Vocês que me estão a ler podem perguntar: mas onde raio é que ainda vês pessoas que andam para aí a usar gel? Vejo, e bem! E não é preciso passear muito, todos os dias tenho essa sorte no meu local de trabalho. E, believe me, nenhunzinho com look à Leonardo. 

 

O look do cabelo com gel é persistente e anda por aí à solta, nomeadamente nas cabeças que ainda resistem a ter algum cabelo. Sim, porque o gel é coisa que para além de fazer um homem mais feio do que ele pode aparentemente ser, ainda os deixa carecas a longo/médio prazo. Meus caros, não vale a pena correr o risco. Vejam como estão bem postos com essa trunfa ao natural. E se gostam de algum estilo (sim, porque se as Barber shops proliferam é porque os homens andam mais preocupadinhos com o cabelo e a barba - no fundo, todos os pelos do corpo em geral), experimentem usar outros produtos de styling menos azeitola.

 

Mulheres dos homens que usam gel no cabelo: a não ser que sejam a Kate Winslet, também têm culpa no cartório. E se usarem espuma no cabelo, digo-vos já que estão bem um para o outro. A sério, double wet look at home?

Bem, gostos não se discutem, eu sei. Cada um anda como quer, mas eu tenho quase 100% certeza que quem usa gel no cabelo o faz por alguma destas razões:

a) não gosta particularmente dos jeitos do seu cabelo (sei bem o que isso é, mas usem lá um babyliss em vez disso);

b) acha que fica com um ar mais sensualão e jovem (não ficam, senhores!);

c) acha que as mulheres gostam de gel, porque dá um ar mais arrumadinho (não gostamos, imaginem lá o que é por as mãos nisso. E depois para as tirar de lá? Lá se vai a manicure. Ok, a não ser que seja também de gel, eheh);

d) acha que assim vão disfarçar as entradas (não vão, estão a acentuar mais o problema. O gel vai separar mais os cabelos e o casco vai ficar mais visível)

e) todas as razões anteriores.

 

Por isso, perdoem-nos, pois não sabem o que fazem. 

 

Ainda sou do tempo em que era cool ter o cabelinho bem espetadinho com gel, que giro que ficava. Mas nessa altura os Aqua e os Vengaboys lideravam os tops internacionais e a Buffy era a série mais fixe de sempre.

Agora, dar de caras com o Angel na pausa para ir beber um café, não é fixe.

 

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Monstra S.