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Monstras

Querida Monstra P.

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Como bem sabes aqui a Monstra S. vai dar o nó. Como tal, solicito a tua brilhante mente para engendrar a minha despedida de solteira.

 

A menina já sabe que eu sou uma pessoa simples (mas não simplória), um pouco forreta (mas chique), muito divertida (mas não bardajona) e que, por todos estes motivos, conto ter uma festa bonita e sem presença de formas fálicas.

 

Coisas proibidas:

- falos;

- strippers (gigantones, de estatura normal ou anões);

- presentes ordinários;

- desportos radicais;

- locais de índole duvidosa.

 

Coisas permitidas:

- boa comida;

- boa bebida;

- espaços trendy, tipo supé – táver?;

- festa de pijama (desde que não seja em minha casa);

- spas com fartura;

- massive shopping.

 

Obrigada desde já e espero não me arrepender de a ter como anfitriã.

 

Monstra S.

Balanço de início do ano – Parte II (amigas que puxam pela malta e nos fazem sair da zona de conforto - mesmo que às vezes doa um bocadito)

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Neste início do ano serviram alguns desafios bem interessantes e, curiosamente, todos eles impulsionados por amigas de longa data. É quase como se me tivessem "puxado" pela mão para fazer algumas coisas fora da minha zona de conforto. Ora vejamos:

 

Workshops Brand Yourself e Marketing Pessoal com Anita Silvestre (look-a-day) – Já conhecia a Anita há algum tempo, desde os tempos da escola e da faculdade. Os anos passaram e seguimos caminhos distintos. Fui sabendo dela através das redes sociais e sempre achei notável o seu percurso. No entanto, sempre pensei que tudo não passasse de um hobby ou de uma atividade complementar a outra profissão. E pensei isto até há bem pouco tempo, quando decidi contactá-la com o intuito de perceber se estaria interessada num evento que estava a pensar organizar.

Durante o nosso cafezinho falámos de várias coisas, do meu percurso e do percurso dela e tive mesmo de perguntar: “mas consegues viver exclusivamente disto?”, ao que ela me respondeu que sim, completamente, a 100%. Acho que foi essa verdade que me tocou quase como um toque de varinha de condão – afinal é possível viver dos nossos sonhos! Fiquei a pensar nisso e fui investigando mais sobre pessoas que queriam mudar de vida a partir de dada altura, seguir os seus sonhos ou arriscar novas oportunidades. Descobri que havia muitas pessoas nesta situação – não estava sozinha! Pouco depois, dei por mim a considerar fazer o curso de Brand Yourself e acabei por ligar à Anita, porque se não o tivesse feito provavelmente teria adiado aquilo na minha cabeça.

E foi assim que fui fazer os dois primeiros módulos do curso, o que foi mesmo importante para mim, não só pelo que aprendi, mas também pelas pessoas que conheci. É uma experiência maravilhosa, porque uma vez mais percebemos que há mais pessoas por aí como nós, o que é realmente motivador e só tenho a agradecer à Anita pela inspiração que me deu e por acreditar no potencial de cada pessoa!

Se também querem dar uma oportunidade à vossa intuição, visitem o blog da Anita e inscrevam-se MESMO num dos seus cursos espetaculares: www.look-a-day.com/

 

Editoriais Healthy Style em parceria com a Mafalda Rodrigues de Almeida (loveat) – A querida Mafalda – uma “idiota” como eu, mas com mais coragem para levar as coisas para a frente – desafiou-me a fazer esta parceria e de repente nasceu o conceito de “Healthy Style”, que define bem o que ambas gostamos de fazer. Todos os meses vou criar 2 looks trendy, para quem gosta de estar bem e de cuidar de si, por dentro e por fora. Podem ver os editoriais que seguem todos os meses aqui: www.loveat.pt

 

Entrevista com a Marta Rodrigues do Blogue Birras em Directo – A Marta, uma amiga de muito longa data, criou o blogue do “Birras” para homenagear a maternidade, o ser mãe, o ser filho e, sobretudo, as mulheres. Foi por isso com grande orgulho que fiz parte de uma entrevista (brevemente disponível num blogue perto de si), se bem que com alguma hesitação – tenho problemas graves em expor-me, mas estou a tentar lutar contra isso (normalmente sou eu que organizo tudo e que exponho as pessoas, o contrário é um pouco estranho). Para conhecerem o trabalho da Marta visitem o blog super fofinho: birras-em-direto.com/

 

Por isso, estes foram grandes passos para a minha pessoa cheia de ideias na cabeça a fumegar.

Em última análise, penso que a massagem-tareia-tailandesa e a leitura da aura prepararam-me para estes últimos desafios. E estes, onde será que me vão levar? Vamos ver se consigo ser eu agora a surpreender as amigas com desafios futuros 😊

 

Monstra S.

Balanço de início do ano – Parte I (ou a forma de arranjar maneira de pagar para dar uma carga de porrada a uma amiga e fazer-lhe terapia depois do trauma)

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Este ano, apesar de não ter comido as passas no alto de uma cadeira, decidi assumir um compromisso para comigo – o de este ano arriscar mais e fazer mais por atingir alguns dos meus objetivos pessoais e profissionais.

Graças a um leque de amigas escolhido a dedo, que deriva de um conjunto de grupetas distintas e que praticamente não se conhecem, acabou por acontecer já uma data de iniciativas que de outra forma não tinha feito ou teria adiado. Foram-me fazendo a folha, basicamente, mesmo sem se conhecerem. Ora vejamos:

 

Massagem Tailandesa – comecei logo com grande coragem e fui fazer uma massagem tailandesa. Na verdade tinha sido uma oferta por parte das minhas “lindinhas cridinhas” amigas, aquando do meu aniversário. Deixei o voucher mesmo para o fim, mas quis o destino que ainda houvesse uma vaga para a minha pessoa. Liguei e marquei uma massagem “mista” (AKA, mistura de massagem de óleos com massagem tailandesa).

 

 

Digo-vos que levei uma grande tareia. Começou logo com grande atitude por parte da massagista (que não falava português, apenas inglês) a deitar-se em cima de mim e a estalar-me todos os ossinhos do corpo. Confesso que fiquei com medo dela o tempo todo, sempre a tentar antever os “mooves” seguintes. Se isto foi uma massagem “mista” não sei o que será uma verdadeira massagem tailandesa, mas também não vou procurar saber – isso é certo.

 

No final, apesar de tudo, senti-me bem e acabei a beber um cházinho ao som de música tailandesa num habitat povoado por budas. O pack todo funciona, acabamos por nos sentir mais leves e mais conscientes do nosso corpo – mais que não seja porque nos dói.

 

Leitura da Aura – vejam bem isto! Eu a fazer leitura da Aura… (emoji a revirar os olhos). Nunca teria pensado nisso, mas fiz uma promessa (mais uma vez as amigas a porem-me nestes preparos) e as promessas são para cumprir.Depois de três meses a aguardar por uma vaga, lá consegui agenda com a Joana Madruga. Posso dizer que gostei muito: não ficamos a saber nada que já não saibamos sobre nós, mas, como dizia o outro “é um abre olhos”. Faz-nos ter mais consciência da nossa personalidade e do impacto dela na nossa vida, nas nossas atitudes e por aí fora. A Joana é uma querida. Disse-me logo que se via claramente que eu não era uma dessas pessoas crentes neste estilo de coisas, mas que não devia fechar as portas completamente a estes assuntos.

 

Para além disso, confirma-se: sou uma sentimentaloide dos infernos e ao mesmo tempo uma jararaca – síndrome conhecido como “cão que ladra, mas não morde”, estão a ver?

 

 

Não percam a parte II, bem mais calma física e emocionalmente.

 

Monstra S.

O porquê de não gostar do «revelhão» e como acabar o ano numa Sociedade Filarmónica com amigos para a vida toda

As Monstras têm andado desaparecidas. É um facto. Mas é que isto de mudar de ano afeta-nos um pouco a sensibilidade. É muita festarola para organizar, muito jantar para comparecer, muito bater perna no shopping para fazer e por aí fora.

Neste momento estamos pouco a pouco a regressar ao ritmo do dia-a-dia. E é difícil. Mudar de ano, pelo menos para mim, é pior que mudar de fuso horário ou do que ir ao dentista. Esta coisa de mudar de ano dá cabo de mim, confesso. É um pouco melancólico, deixa-me sempre um pouco ansiosa. Já padeço desta problemática há já algum tempo e, analisando bem as coisas, penso que é por aí que as minhas passagens de ano são sempre um pouco decadentes e bem regadas em álcool.

 

Não gosto de grandes confusões, por isso concertos, discotecas e grandes maranhais de gente, não é para mim. Sim, é a velhice a atacar-me, provavelmente. Mas já está a atacar há uns bons anos, de maneira que acho que é crónico.

Por esse motivo, sou mais daquelas pessoas que nos últimos anos tem passado com grupos de amigos em casa de alguém, a enfardar-me de sapateiras e de gambas tamanho XL. Mas isso também dá uma trabalheira dos diabos e, em 2017, tinha mais vontade para uma coisa ao estilo “não vou mexer uma palha” e vou para um sítio onde me sirvam o champanhe à boca em cascata. Eu bem tentei, é certo, mas quando comecei a ver as coisas boas e com preços mais ou menos decentes estavam já todas sem disponibilidade.

 

Portanto que tudo ficou decidido apenas no dia 30. Isto é que é viver no limite, meus caros! Como éramos apenas 6 gatos pingados acabámos por comer um belo repasto, AKA, mariscada e vinhaça como manda a lei, e depois… fomos passar a meia-noite a uma Sociedade Filarmónica. Foi o fundo do poço em termos de glamour, apetite appeal, fancy people e por aí fora. Havia de tudo: crianças, adultos e maioritariamente séniores, que dominavam a pista de dança com passos exímios, que fariam corar de inveja o Joaquín Cortez. Tudo muito bem aperaltado, dentro do género pseudo-bimbo – o que me deixou muito mais confortável com as minhas collants aparentemente transparentes, mas que à luz desarmada daquela pista de baile me faziam parecer ter duas próteses em vez de duas pernas de carne e osso. Tive ganas de ir a Itália só para estrangular o CEO da Calzedónia, mas acabei por aceitar o meu destino e fiz questão de rompê-las de tanto dançar.

 

Mas adiante, que isto ainda pode melhorar. Cada grupo tinha uma mesa, sendo que a nossa era a mais vazia. É que todas as pessoas tinham levado a marmita de marisco, bebidas, doces e por aí fora - claramente não nos tinham passado o mesmo briefing. Em menos de uma hora tínhamos vários donativos das mesas vizinhas. Claramente acharam que nós éramos uns pobres coitados, sem o que comer, nem o que beber. Resultado: ficámos todos amigos para a vida. E consolidámos tamanha amizade a fazer rodas de braço dado, uma marcha popular improvisada, um apita ao comboio bem afinado, uma homenagem aos Xutos em uníssono e lá para as 6 da manhã até passou BackstreetBoys, a pedido das maiores fãs do pedaço, Las Monstras. Tive também de ceder o meu homem para caridade, que claramente fez furor a dançar com uma ou outra velha. Já sei onde isto vai acabar quando o tiver de por num lar.

 

E foi isto. A bem dizer, pouco faltou para o champanhe em cascata.

Tenho para mim que daqui a uns anos, se publicitarmos muito este evento recreativo, vai ser coisa para custar um balúrdio nas grandes metrópoles. Não é o que todos andamos a pagar, a pseudo-autenticidade das tascas típicas, dos mercados, das mercearias reinventadas, dos espaços retro? Porque não um Revenge of the Sociedades Filarmónicas? Nós vamos! 😉

 

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Monstra S. 

Vida de MONSTRA não é fácil e piora consideravelmente em dias de chuva

Uma pessoa sofre com estas mudanças de tempo. Sofre por si e pelos outros. É um sofrimento coletivo.

Já não bastava o drama do cabelo com frizz intenso, o dilema da indumentária a escolher toda a santa manhã e o trânsito caótico, ainda temos de levar com o mesmo mau aspeto e má disposição dos outros. 

 

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Mas a propósito de dias de chuva, eis que ontem me aconteceu um verdadeiro drama que põe todos os outros num bolso. Já andava há uns tempos a sentir que os pneus do carro estavam um pouco vazios, mas depois olhava para eles e pensava, ah, até estão com bom ar! De vez em quando lá dizia ao meu homem, tens de me ver os pneus do carro porque acho que estão um pouco vazios. A questão é que tanto eu como ele somos pessoas muito descontraídas ao nível da manutenção dos veículos. É o deixa andar. Eu mais, claro. Mas no caso dos homens, há muitos exemplares do sexo masculino que só lhes falta levar o carro para casa, dormir com ele e rezar para que no dia seguinte tenha nascido um Mini daquela linda união. Bem, isso não acontece lá por casa, e ainda bem que não tenho cá pachorra, mas de facto um pouco mais de zelo também não fazia mal.

Pois bem, agora que começaram as chuvas senti ainda mais o carro a pedir para lhe ver os pneus... ou então era só a minha consciência a pesar-me.

 

Como moça emancipada do século XXI decidi eu própria encarnar o mecânico que há em mim e lá fui eu encher os ditos cujos. Saí do trabalho e parei na bomba mais próxima - e posso mesmo afirmar que ia convencida de que era fácil e de que seria num instante. E foi, de facto. Enchi-os todos e, embora estivesse com as mãos todas mascarradas e a sentir todos aqueles micróbios a percorrerem-me o corpo (sim, tenho a tara dos germes), pensei que seria bem bom chegar a casa, encher o peito de orgulho e declarar, sim, fui eu que os enchi e ficaram bem bons!

Estava eu nestes pensamentos, quando me deparo com a situação do pneu dianteiro direito. Estava no chão, parecia que tinha derretido. ESTAVA TODO VAZIO! Céus, mas como? Eu tinha feito o mesmo que nos outros e agora ainda estava mais vazio do que quando ali tinha chegado? Não podia ser. Então, arregacei mangas e toca de encher novamente. NADA. Não levantava nem um milímetro do chão. Entretanto começou a chover, primeiro uma chuva miudinha e depois aumentou de intensidade. Comecei a sentir o meu cabelo tipo caniche hair, um must! Decidi que precisava de ajuda, já ali estava há 20 minutos naquela situação e já tinha um carro atrás de mim, a aguardar para se servir dos aparelhómetros todos.

 

Entrei na bomba e de facto o meu aspeto devia ser muito mau. As pessoas olhavam para mim com ar estranho. Perguntei se me podiam ajudar, porque já estava ali há algum tempo e  não conseguia encher o raio do pneu. Agora não podemos, está aqui muita gente, mas o meu colega já lá vai. Ok, eu então espero lá fora. Mal me fui aproximando da zona onde estava o carro, sempre tentando não me molhar ainda mais, vi logo o carro que estava atrás do meu arrancar em fúria. Logo outro avançou, e lá dentro um homem esbracejava na minha direção.

E é aqui, minhas caras Monstras, que as mulheres ganham aos pontos aos homens. Enverguei a minha cara de pum e misturei com cara de pobre e abandonada. Bom, não era muito difícil, dado o meu aspeto de cão molhado. Se calhar exagerei mesmo, pois o homem que outrora estava fulo da vida saiu do carro e enfrentou a chuva para me ajudar. Ah, pois, já sei o que aconteceu. Esvaziou o pneu completamente, mas é fácil de resolver. E pôs-se a encher. Logo de seguida veio finalmente o senhor da bomba e era eu a sentir-me cada vez pior por estar ali a dar que fazer àquela gente, debaixo daquela chuva. E, como todos os bons homens que gostam de se sentir prestáveis, pareciam até estar contentes por ajudar este mono que sou eu.

 

Estou certa que arranjei ali dois amigos para a vida. O senhor do carro (muito parecido ao Dr. Stu do filme A Ressaca) estava completamente encharcado, mas sempre muito sorridente e muito prestável. Um dó. Se calhar é melhor entrar no carro, já que já cá está este senhor para ajudar, não precisa de se estar a molhar mais. E lá foi ele para o carro sempre a sorrir. 

 

Foi aí que o senhor da bomba me perguntou se os outros pneus também precisavam de ar. Acho que não, parecem estar cheios, mas se já agora quiser confirmar, fico mais descansada. Ora bem, foi a melhor coisa que eu fiz. A senhora não pode andar com os pneus assim à chuva… isto é um perigo! Estava tudo vazio, aparentemente. Como assim, depois de estar ali há séculos a dar ar nos pneus, à chuva, ao frio, com o jantar em casa por fazer?!

Cheguei a casa péssima da vida, mas a rir-me da situação, claro, este sentido de humor negro nunca me abandona. Contei tudo ao meu homem e concluí que da próxima vez tinha mesmo de ser ele a fazer o check up aos pneus, porque, claramente, eu não era capaz. Ah, mas agora já viste como se faz, vais ver que vai ser fácil.

 

É caso para ter ficado com o número do Dr. Stu para emergências. Podia até haver um claim para os serviços do Stu:

 

Se não tens ar nos pneus

E não sabes encher tu

O melhor então

É chamares o Stu

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Monstra S.

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A Monstra S. lançou o desafio e cá estou eu para vos contar o outro lado, e talvez o mais divertido, do nosso cruzeiro deste verão. 

 

No fundo, sentimos que estávamos de volta aos anos 90 e que fazíamos parte de uma novela venezuelana, dobrada para português do Brasil e a ser transmitida na RTP às 15h. 

Não, nós monstras e os nossos mostrengosos amigos não fomos as personagens principais, mas também demos o ar da nossa graça e certamente alegrámos tanto os demais personagens quanto eles nos alegraram a nós!

 

Sejam então bem-vindos à entusiasmante mini-série de um único episódio “Monstras in the Sea”! Aqui ficam as fascinantes personagens deste enredo. Algumas não precisam de muita introdução, pois o seu nome diz tudo, outras são personagens mais pessoais e por isso tentarei explicar-vos o porquê do seu nome.

Graças a todas elas, os dias e noites no barco foram sempre uma animação e a nossa primeira viagem em grupo “over seas ” deixou muitas saudades! 

 

Personagens principais  (num barco com mais de mil pessoas):

  • Roxette Lannister - juntem os dois e facilmente visualizam o primeiro personagem  (o cabelo de um e o coto do outro);
  • T-rex  – mãozinha de garra em versão humana;
  • Arquiteta Hélia - sósia de uma arquiteta que a Monstra S. conhece. Já tive o prazer de ver a original e é igual! A arquiteta ganhou o nosso coração logo à primeira dança. Estava-se completamente a marimbar para a audiência e dançava, dançava, dançava horas a fio sem parar. Era Sra. para os seus 50 e muitos anos, mas energia não lhe faltava. Dançava ao ritmo de cada batida e mexia TODOS os ossinhos do corpo. Só mesmo vendo...
  • Carlos Costa- se o Carlos Costa fosse uma mulher italiana era aquela. IGUAL;
  • T-tudo- era um homem que tinha tudo… mamas, barriga, rabo...
  • Nino Paulinho aka Koala - provavelmente o nosso personagem mais querido. O nosso empregado de mesa que ao longo de 7 noites nos serviu manjares dos deuses e nos fez sentir como uns. Nino Paulo, seu nome, Koala, o nome fofinho que lhe demos pois parecia mesmo um <3
  • Bumbum dourado - moça de bumbum roliço e que acreditava ser o seu melhor atributo. Todas as noites, bumbum dourado chegava à Babilónia (by the way, a melhor discoteca do Mediterrâneo) fincava os pés no chão, juntava os joelhos, que segurava com ambas as mãos, e começava a dar ao bumbum para cima e para baixo. E era isto que bumbum dourado fazia noite fora, enquanto um e outros moços se colocavam estrategicamente por detrás de bumbum, simulando palmadinhas de amor. À terceira noite bumbum dourado encontrou o par perfeito e passou a intercalar a sua dança de acasalamento com uns beijos molhados. O amor é lindo.
  • Pipo- outro dos nossos personagens preferidos. Pipo é o personagem que qualquer série quer ter. Desde os passos de dança, aos melhores modelitos, Pipo era o centro das atenções em qualquer pista de dança. Sim, a Babilónia foi o cenário principal desta série. Se se estão a perguntar se o nome pipo é diminutivo de Filipe a resposta é não. Pipo, neste caso, vem mesmo do pipo do vinho que era o que a bochinha deste sr. fazia lembrar. Pipo esse que ele fazia questão de empinar, enquanto abanava o seu Rabinho, levantava uma perninha de cada vez e abanava os braços no meio da pista de dança. :)
  • Picoli - outro personagem querido. Picolo podia ter entrado para o grupo dos nossos mostrengosos amigos. No fundo este ser personificava TUDO o que uma das nossas amigas menos gosta num homem (digamos assim). Certa noite, Picolo entra na Babilónia e nós nem queríamos acreditar que de facto existia uma pessoa que reunia todas as características de que outra fugia a sete pés! Homem muito baixo, com gel no cabelo, camisa azul cueca para dentro de umas calças exageradamente dobradas acima do tornozelo, com sapatos e que dançava que se fartava mas.... mal. Tivemos esperança que a nossa amiga, ao ver todos os “defeitos” que considera que um homem pode ter fisicamente, mudasse de ideias e se apaixonasse perdidamente pelo Picolo... infelizmente não aconteceu.
  • Trupe dos bombados- para quem viu o Jersey Shore na MTV estes são muito fáceis de explicar. Eram italianos, eram guidos e um deles era a cara chapada do Pauly-D que, devido à dificuldade de compreensão do seu nome por parte de um dos nossos mostrengosos amigos, virou Poliban. Ainda perguntámos a esta trupe se sabiam o que era o Jersey shore, mas aparentemente não foi um grande sucesso em Itália... 
  • Poliban já referido acima, foi o personagem principal da trupe dos bombados.

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  • CPU- homem bósnio, jovem e que achou que o melhor para levar para umas férias num cruzeiro seria o polo da sua empresa CPU informatics. CPU gostou muito do nosso grupo mostrengoso e acabou por confraternizar bastante connosco. De realçar que era também um dançarino com uns mooves muito próprios. 
  • Bicha muda -  era isto, exactamente isto, brasileira, mas era mesmo mulher (será que era?) e não era muda.
  • Fafa de Belém- viajava no grupo da bicha muda e o nome diz tudo.
  • (A) Hulk- mulher do grupo da Bixa Muda. Uma mulher cujo corpanzil parecia o da própria action figure
  • Rita ferro Rodrigues - era a fotocópia da Rita Ferro Rodrigues mas Venezuelana e gostava bastante de mostrar os seus atributos. Noite sim usava decotes, noite não brutas minissaias. Tornou-se bastante próxima da bumbum dourado, do Pipo e da trupe dos bombados. Era, portanto, uma mulher comunicativa e que acabou por criar ali um belo grupo que nos animava bastante as noites. :) 
  • Os Paquitos - outros dos nossos personagens preferidos e os responsáveis pelos nossos momentos mais cromos e que, de certeza, nos puseram no YouTube. Dois paraguaios que tocavam e cantavam todas as noites num local de passagem do navio, o que fazia com que a audiência não fosse muita, pois as pessoas não paravam para os ouvir... afinal iam de passagem... Mas as Monstras não gostam de injustiças e eles eram artistas de não cheia, por isso, todas as noites lá íamos nós e o nosso grupo assistir à última hora de atuação dos Paquitos (antes disso estávamos a jantar e já se sabe que para nós as refeições são sagradas!). Cantávamos e dançávamos (relembro: numa zona de passagem) aplaudíamos, pedíamos “una más” e deixávamos os Paquitos felizes da vida por finalmente terem audiência com a qual podiam interagir. Resultado: muita gente a filmar com os seus smartphones, muitos aplausos e a certeza de que, se um dia ficarmos desempregados, daremos uns ótimos animadores. Eu e a Monstra S. podemos sempre formar uma banda. Segundo um sr. Inglês que assistiu a algumas das nossas atuações, cantamos muito bem e em várias línguas... (nós avisámos que também tínhamos tido os nossos momentos de cromas)  
  • Sting aka Conchita aka Moby - explicação fácil. Imaginem o Sting com os óculos do Moby e a barba da Conchita. Era o vocalista de uma das bandas residentes do barco. :)
  • Filipino - era um filipino das Filipinas e o animador da Babilónia. Pelo menos nas primeiras duas noites, depois disso deixou de aparecer tanto... Provavelmente por se ter apercebido que esta Malta já era animada o suficiente...
  • Nick Carter - dispensa apresentações.  Era ele, com 16 anos, italiano e não fazia puto de ideia de quem era o Nick Carter... esta juventude.... 
  • Mamalhuda- era isso...
  • Capitão putanheiro- o capitão do barco! Fotocópia do Capitão Iglo, versão mais sensualona, e sempre acompanhado por muitas e diferentes mulheres... nas fotografias pelo menos, pois nós só lhe pusemos à vista em cima na última manhã quando estávamos a fazer o “check-out”...
  • Oto Moto - outro dos nossos personagens preferidos e que guardamos no nosso coração! Oto moto é um mix do seu nome verdadeiro com o Moto Moto do Madagáscar. Iguais. :) Oto Moto proporcionou-nos dos mais divertidos momentos, era um dos responsáveis pelo controlo de qualidade do barco e o responsável pelos passageiros portugueses e brasileiros. Teve um mega crush por um dos nossos amigos que, viemos nós a descobrir, encaixa na perfeição no estilo “bear” o que aparentemente agrada bastante à malta... Entre os piropos ao nosso amigo (intitulado pelo Oto de “cachorrão de corpitxo sexy”) e uma simpatia genuína, o Oto fez-nos passar bons momentos e deixou muitas saudades...

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  • Stevie Wonder - acho que não é preciso dizer nada..
  • Mark Anthony - este também dispensa apresentações;
  • Mulet- não é difícil de decifrar: business in the front, party in the back! Homem nos seus 50 anos que ficou preso nos anos 80 e, desde então, não deve ter mudado de penteado continuando a usar o tão conhecido mulet.
  • Rod Steward aka David Bowie- sim, era um mix do cabelo dos dois.
  • Chinesas- Duas raparigas chinesas que viajavam sozinhas. Tal como acontecia com pessoas que viajavam em grupos mais pequenos, ambas foram sentadas na mesa de desconhecidos. Neste caso, dois casais mais velhos e, todos juntos, faziam da sua mesa, provavelmente, a mais elegante do nosso restaurante “Il gato pardo” ou, como nós carinhosamente o chamávamos “o gato parvo”. Ao contrário de outros personagens, só víamos as chinesas durante a hora de jantar (com a exceção do dia que passamos em Ibiza e em que as vimos regressar ao barco pelas 1h30 da manhã. São, por isso, das personagens mais misteriosas das nossas férias pois não fazemos ideia de onde passavam o resto do seu tempo... à Babilónia é certo que nunca foram, por isso nem sequer sabemos se se enquadravam na nossa grupeta de bailarinos... uma pena.
  • Harrison Ford e 007 dos anos 50 - dois homens já na casa dos 70 e com um charme e uma presença que só vistos! Juntamente com duas senhoras, também elas muito elegantes (e que podiam bem ter sido bond girls) formavam os tais casais que se sentavam com as chinesas. Todas a noites surgiam com looks irrepreensíveis para jantar no Gato Parvo mas, na “noite do comandante” em que todos tivemos de nos vestir de forma mais formal, “arrebataram” corações e roubaram todas as atenções (pelo menos da nossa mesa). Para terem uma ideia, o 007 vestia um all white smooking e usava o cabelo, que era ligeiramente comprido, penteado para trás, não com gel, mas com uma cera discretamente aplicada. Completamente irrepreensível e a fazer-nos viajar no tempo e desejar chegar aos 70 com um homem daqueles ao lado.
  • Michael Bublé versão filipina - mais um personagem bem chegado ao nosso coração, principalmente ao da Monstra S. e do seu mais que tudo, pois foram quem descobriu o seu talento. O Michael Bublé filipino era um dos barmens do Piano Bar, situado no que podemos chamar de “lobby do barco” e todas as noites era chamado ao palco para cantar uma ou duas músicas. A voz, como já devem calcular, era super parecida com a do Bublé e uma das músicas que cantava quase todas as noites era precisamente a “Home”. Era sempre um momento maravilhoso e que na primeira noite quase fez a nossa Monstra S. derramar uma lagrimita. Já vão perceber porquê..
  • Esposa do Michael Bublé - era uma das Maîtres e nada mais nada menos que a esposa do Michael Bublé versão Filipina. Todas as noites, à mesma hora, lá aparecia ela no Piano Bar para ouvir o seu amado cantar. Sorriam e trocavam olhares cúmplices e faziam daquele um dos momentos mais esperados por quem ia todas as noites, e de forma religiosa, assistir aquele momento. :) <3
  • Shaolin – o próprio chinoca Shaolin. Careca e chinês.
  • Grupo das sapatudas - este também não é difícil, grupo de 4/5 lésbicas que se vestiam como se pertencessem em a um gang... a mim metiam-me medo, muito medo! (By the way, “sapatudas” é o nome que a mãe da Monstra S. dá ao que normalmente toda a gente refere como “sapatonas”…”)
  • Aramis – um senhor meio intelectualóide, de bigode de pontas reviradas e chapéu à Mosqueteiro.
  • Tuga hater- este foi um dos últimos personagens a juntar-se à nossa série, mas depressa assumiu um papel de relevo. Chefe de sala do “gato parvo”, português da zona da Parede e que tinha emigrado à cerca de 4/5 anos. Segundo o próprio foi a melhor coisa que fez na vida e não sente saudades de nada nem ninguém e nem tão pouco pensa em voltar. Desde que está fora do país, comprou um carro e uma casa no México, uma que em Portugal nunca poderia comprar. Falava de Portugal com uma frieza que nunca tínhamos visto num emigrante mas, dias mais tarde, percebemos que se tratava claramente de uma pessoa ‘do contra’. Atracados em Palma de Maiorca e após 3 horas de chuva torrencial voltámos ao barco e comentámos a falta de sorte com o tempo ao que este responde “quem é que precisa do sol para alguma coisa? O frio  e chuva também fazem falta!” Retorquimos que tinha razão mas que cada coisa em seu tempo e que de férias de verão em Palma a última coisa que queríamos era chuva! Mas ele continuou a reclamar e a contradizer todos os nossos argumentos, pelo que desistimos de falar com a pessoa… 

 

Como podem ver a vida no barco era uma animação! E muito temos de agradecer a todos estes personagens que tornaram 7 noites e 7 dias mais especiais! 

Espero ter conseguido transmitir-vos, pelo menos um pouco, do que foi esta viagem. E, se juntarem este ao post da Monstra S., facilmente vão perceber o quanto adorámos esta viagem e as saudades que sentimos tanto dos sítios, como das pessoas! Foi sem dúvida uma experiência maravilhosa e que, apesar de não ser o meu ideal de viagem, não trocava por nada! Afinal, a vida é feita de experiências e de nada nos vale fazermos apenas aquilo com que nos sentimos confortáveis! Às vezes é preciso arriscar e fazer coisas diferentes, mesmo que à partida pensemos que é algo que não vamos adorar. Até porque, na maioria das vezes se mantivermos a mente e espírito abertos, vamos acabar por ter boas surpresas. :)

 

Se ainda não se aventuraram num cruzeiro e gostavam de fazer umas férias diferentes em 2018, juntem um grupo de amigos e vão! Temos a certeza de que não se vão arrepender! :) 

 

Monstra P. 

 

 

We are back!

 As monstras estão de regresso! Mais magras, mais giras e mais acutilantes do que nunca.

Oh, yeah!

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Isto de voltar custa sempre: a rotina, o trabalho, os milhares de e-mails a explodir na caixa de correio, pessoas a ligarem para tratarem de coisas que nós já nem pensávamos que existiam (aliás, quem são essas pessoas que nos ligam… já nem nos lembramos como se chamam. Falei consigo há 2 meses, lembra-se? Sim, sim, perfeitamente! NOT!), o metro cheio de gente a cheirar a pónei, o trânsito infernal, pessoas de botas e de casacos quentes (parem com isso, gente, estão 30 graus) and so on.

 

Ainda assim, tirar férias em setembro é do caraças. É sambar na cara da gente que desaparece em agosto e que depois volta cheia de genica e quer tratar de tudo e mais alguma coisa. Em troca levam com um out of the office nas trombas. Ahhhh, vão lá agora para as redes sociais fazer pirraça com cocktails ao por-do-sol, trikinis sensualões e escaldões de arrasar.

 

E cá as montras foram numa viagem bem boa, por esse mar mediterrâneo fora. Embarcámos e a melhor coisa de estar em mar alto é que não podemos contactar com ninguém e vice-versa. Maravilha!

Fomos com um grupo de amigos, no total eramos oito e foi de facto muito divertido. Nunca vimos tantas personagens juntas por metro quadrado e, apesar de também estarmos a fazer conta à nossa própria figura, acreditem que aquilo é mesmo um show de variedades. A Monstra P., que é uma jóia de moça, falará de cada uma delas num próximo post.

 

A nossa rota – cidade a cidade

Saímos de Barcelona e rumámos a Savona, um dos portos principais de Itália. A cidade de Savona é pequena, mas as ruas têm aquela traça antiga das cidades italianas. Comemos uma piza na Solo Pizza e era assim uma coisa do outro mundo! 

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Continuámos até Nápoles, onde o tempo não foi tão nosso amigo. Chovia imenso e ficámos todos encharcados. A maior parte desertou para o barco para se empanturrar. Nem podia acreditar que aquilo me estava a acontecer! Nápoles, a cidade porque tanto ansiava estava mergulhada num dilúvio. Mas lá arrisquei, à custa de uma boa lavagem, e fui conhecer o centro histórico. E valeu tanto a pena! A cidade é escura e um pouco suja, como já estava à espera. Mas tem aquela mística dos filmes da máfia. Os talhos abundam com as suas mil qualidades de tripas expostas com grande pompa e circunstância. Nunca tinha visto tanta víscera junta, credo!

 

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Os mercados de rua, as lojas fashion, pseudo fashion e azeitolas. Os monumentos lindíssimos, as ruas estreitas e com ar soturno. Ah! Como eu gosto disto. E claro, ia com ela fisgada para comer uma piza na Michele (aquela Pizzeria do Comer, Orar e Amar). Foram-me logo avisando que tinha que esperar numa fila de, no mínimo, duas horas!!! E com a chuva a correr a cântaros já não estava com esperança de por o dente numa daquelas pizas.

 

 

Felizmente, o tempo melhorou bastante e aproveitei para perguntar a um par de italianos roliços, na casa dos 50 anos, como podia ir até à pizaria. Qual não foi o meu espanto quando se começaram a rir nas minhas fuças. Disseram-me para não ir lá, que aquilo era só marketing para turistas e nem por sombras eram as melhores pizas de Nápoles. Fiquei muito abalada com esta revelação, confesso, mas acreditei nos senhores e acabei por seguir o conselho deles para comer noutro sítio. E, meus caros, não me arrependi. A massa daquela piza, saboreada num gueto não sei bem onde, nunca me tinha passado pelo estreito. Agora sim, a minha visita a Nápoles estava completa! Ficou a faltar a visita a Pompeia, terei de lá voltar, portanto.

 

 

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Próxima cidade: Palermo, Sicília! Um dos pontos de passagem mais bonitos desta viagem. A cidade é absolutamente espetacular, lindíssima! A comida ótima (leia-se gelados e – surpresa – piza! Sim, sou uma tartaruga Ninja), os mercados de rua muito coloridos e cheios de gente com ar mafioso à la padrinho e monumentos e paisagens e tudo muito bonito. Quero voltar!

 

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Nova paragem: adeus Itália, olá Ibiza! Depois de um dia todo a navegar, eis que Ibiza surge no horizonte acompanhada por um calor dos diabos. Aquilo é que foi suar do bigode para conhecer a cidade! É sempre a subir entre muralhas, percorrendo calçada mourisca e subindo entre casinhas brancas muito pitorescas. Valeu bem a pena cada pinga de suor! A paisagem lá em cima é muito bonita.

 

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E por esta altura perguntávamos todos onde é que andava a vida louca de Ibiza, não estávamos a perceber onde é que ali podia enquadrar-se a vida noturna. Afinal essa vida era noutras bandas, em hotéis fancy e praias cheias de discotecas e bares. Mas não só! A animação dá-se também em plena praia, em pleno dia.

 

Ora vejamos: desfiles de mulherada de mama de fora é aos magotes, fazendo-nos quase sentir mal por não estar igualmente de mama ao léu. Homens que mudam de sunga mesmo em frente à nossa cara, mostrando o material tal como veio ao mundo (o caso concreto de um senhor já com alguma idade que tinha, segundo uma amiga do nosso grupo que ficou claramente traumatizada para o resto da vida, os maiores tim-tins que já alguma vez se viu) e o show de variedades em plena praia continua (há de tudo, acreditem).

 

Depois de muitos e bons banhos nas águas calientes de Ibiza, partimos para Palma de Maiorca. A cidade muito linda, mas novamente carga de água para nos receber. Passeámos nos principais pontos turísticos, mas acabámos por voltar para o barco depois de já estarmos bem lavadinhos.

 

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Resumindo: há destinos aos quais tenho de voltar, porque de facto este tipo de viagem não permite conhecer tudo ao pormenor. Mas é uma viagem gira e o barco tem muita coisa para ver e para fazer. É sempre uma animação!

 

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Uma experiência que voltaria a repetir não fosse a noite de enjoos que me obrigou a ficar no camarote trancada.

Uma cena à exorcista (estão a ver porque digo que estou mais magra? Esta é a viagem a fazer para quem quer um Detox completo). Tive de sair do jantar a correr e quando me enfiei no elevador para ir para o camarote fiquei feliz por ver mais umas quantas caras de enjoo a vomitar para dentro de pequenos saquinhos azuis. Eu própria fiz o mesmo num dos corredores.

Cheguei à conclusão que os saquinhos azuis são o acessório mais IN de quem quer ir para um cruzeiro e é uma enjoada como eu. Um must-have, portanto!

 

Despeço-me com uma imagem que acho que ainda não tinham visto: as Monstras mostrengando no sunset de Ibiza! Há vidas difíceis. 

 

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Monstra S.

 

Sugestão de fim-de-semana: 10 praias fluviais para refrescar as ideias

Ao contrário do que muita gente anda para aí a dizer, o verão ainda está longe de terminar!

Que mania a desta gente do marketing de, a meio do mês de agosto, começar o boato de que o verão está no fim! E tudo para começar a vender casacos de inverno quando o termómetro ainda está acima dos 30º... Shame on you!!

 

Com a semana a meio, a cabeça sempre a pensar no fim-de-semana, e ainda muitas pessoínhas prestes a iniciarem as suas férias (nós monstras incluídas), deixo abaixo 10 sugestões de praias fluviais.

 

É certo que a água é mais fresquinha, mas quando está calor a malta quer é refrescar e não sentir que está na banheira! Além disso, as paisagens, o contacto com a natureza e as águas transparentes compensam todos os arrepios. Já para não falar na gastronomia, claro... :)

 

Se ainda não sabe bem o que fazer e está mais numa onda de fugir às multidões, estas praias são o local perfeito para as suas férias.

 

Barragem de Sta. Luzia

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Praia fluvial de Janeiro de Baixo

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 Fraga da Pena 

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 Praia Fluvial de Foz d’Égua

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 Praia Fluvial de Sabugueiro

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Praia Fluvial de Loriga- Serra da Estrela

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Praia Fluvial de Valhelhas

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Praia Fluvial de Vale do Rossim

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Praia Fluvial de Poço da Cesta

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Praia Fluvial de Pessegueiro de Cima

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Monstra P. 

 

10 passos para sermos menos MONSTRAS (nós tentamos, mas nem sempre é fácil)

Há dias dos diabos. Dias em que mais valia não sairmos da cama. Dias em que saímos de casa impecáveis e descobrimos que o saco do lixo se rompeu pelas escadas, que lascámos uma unha sem reparar ou que sujámos logo o maravilhoso outfit ao pequeno-almoço.

Mas também há dias em que apesar de nos sentirmos umas verdadeiras monstras, saímos de casa e damos de caras com gente que sofre certamente de monstrice crónica, o que pode contribuir para enaltecer o nosso ego! Mulherio com os dedões a saírem das sandálias em homenagem à águia vitória, pés que já morreram sufocados em peles moribundas, modelitos que fazem as mulheres da vida corarem e gente que precisava de fazer um investimento na dentadura em vez de investir num telemóvel de última geração.

As MONSTRAS são moças de boa índole e por isso existimos para trazer esperança a quem dela quiser usufruir. Destacamos alguns pontos fulcrais que deve ter em conta para ser menos monstra, assim em jeito de auto-ajuda.

 

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A azul as dicas para cuidar da sua monstra exterior; a lilás as dicas para a sua monstra interior:

 

1 – O primeiro passo não é ir bater perna no shopping. Vamos primeiro cuidar das coisas mais básicas: a pele, o cabelo e os dentes. São coisas básicas que infelizmente muita gente descura. Limpar a pele todos os dias e usar um bom hidratante é logo meio caminho andado – rosto e corpo, pacote completo! O cabelo deve estar com as pontas saudáveis e deve ter um bom corte. Se não puder ir logo ao cabeleireiro tratar da juba, apanhe o cabelo. Os dentes: faça sempre a higiene como manda a lei e visite o dentista 1 a 2 vezes por ano. A prevenção evita despesas maiores a longo prazo.

2 - Cuide das unhas, por-amor-de-Deus! Este ponto podia ser incluído nos básicos do ponto 1, mas achamos importante destacar e dedicar um ponto isolado. Infelizmente vemos boa gente com as unhas dos pés e das mãos numa lástima. Vá lá, não é preciso fazer unhas de gel nem o pino para ter umas unhas minimamente apresentáveis! Basta cortá-las, hidratá-las e colocar-lhes um verniz-base fortificante transparente. Não é só uma questão de imagem, mas de higiene também.

3 – Make-up q.b. Há pessoas que adoram maquilhagem e há outras que nem podem ouvir falar nisso. O conselho que damos a ambas as fações é o mesmo: usem-na com moderação e saibam adequá-la a cada ocasião. Menos é mais, mas nada também é péssimo. Se podemos tirar partido de nós, porque não fazê-lo?

4 – Como vai esse roupeiro? Cheio, mas sem nada que lhe apeteça vestir? Está sempre a comprar roupa, mas parece que nunca nada brilha? Bem, não faça mais compras para já. Pare e observe as peças que tem no seu roupeiro. Deve desfazer-se imediatamente das seguintes peças:

  • Aquelas peças que não usa há mais de 2 anos. Esta regra é de ouro, porque se não usa é porque já não gosta de se ver com elas. Não guarde esse tipo de coisas, porque vão acumular ácaros no seu armário.
  • Peças que têm borbotos, que estão ruças, que têm fios e linhas a sair por todo o lado, que têm buracos, que têm já os tecidos todos flácidos e que no geral têm mau aspeto: bye, bye!
  • Sapatos que estão mutilados: se tiverem arranjo, arranje-os, senão já sabe o que fazer.

5 – Apostar nos básicos é a melhor aposta. Se não tem uma camisa branca, uma t-shirt branca, uns bons jeans, um bom casaco e uns bons sapatos, pode começar já por rever essa situação. Os básicos são aquelas peças que pode conjugar em diferentes combinações e usá-las em diferentes ocasiões, das mais formais às mais informais. Por isso, estes básicos devem ser peças de boa qualidade, pois serão para durar vários anos.

6 – As tendências são muito aliciantes, mas nem tudo o que é tendência lhe fica bem. Às vezes não é fácil, nós sabemos, mas brevemente as MONSTRAS darão um workshop de styling para ajudar nessas ocasiões. Be aware!

 

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7 – O stresse não é amigo de ninguém, por isso procure ter mais tempo para si e para aquilo que mais gosta de fazer. O trabalho, a família, as obrigações do dia-a-dia e a rotina podem dar água pela barba, mas é importante procurar um momento do seu dia só para si (ler um livro, ver um episódio da sua série favorita, ir ao ginásio, meditar…).

8 – Aprenda a dizer “não”. Chega a uma altura da nossa vida que não podemos agradar a gregos e troianos e por isso às vezes dizer “não” ajuda muito. Não tenha receio de marcar a sua posição, porque isso é uma forma de estar melhor consigo e com quem a rodeia.

9 – Ah, e já que falamos em quem nos rodeia, deixe-se rodear por quem mais gosta e por quem lhe transmite energias positivas. Mantenha-se em contacto com essas pessoas e procure estar com elas sempre que puder.

10 – Observe quem está à sua volta com atenção e depois olhe para si. Procure ver os outros e aprender com as suas experiências de vida e maneira de ser e retire as coisas mais positivas para si. Porque é que isto é importante? Porque muitas vezes estamos na nossa bolha e nem olhamos para o lado. Toda a gente tem alguma coisa para nos ensinar, até mesmo aquela jararaca do trabalho que não podemos ver à frente (ensina-nos a não termos aquele comportamento com outras pessoas, por exemplo).

 

E assim, ao cuidarmos tanto da nossa imagem como do nosso ego, os dias serão certamente menos mostrengos para nós. Claro que vão existir sempre dias desses, nem que seja para nos lembrar que somos humanas e que não somos perfeitas. Mas a verdade é que às vezes ser uma MONSTRA também pode ter a sua dose de humor. Por isso se chegar ao fim do dia com cheiro a pónei em vez do perfume Chanel, não desanime! É porque, no fim de contas, está a dar o seu melhor.

 

Monstra S. e Monstra P.

As 7 maravilhas das tascas, tabernas e restaurantes com ar aparentemente duvidoso que eu adoro

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A pedido de várias famílias, vamos hoje desvendar alguns sítios onde pode comer e chorar por mais (chorar mesmo por mais e não porque ficou com a carteira depenada). São daqueles sítios típicos, sem grandes formalismos e onde se come muito bem e sem ter de pagar balúrdios. Alguns são mais conhecidos, outros são verdadeiras pérolas.

 

Aqui pode ser feio, porco e mau, que ninguém vai querer saber. Estes sítios são para os amantes da boa comida e ponto final.

Se devia aqui dá-los a conhecer ao mundo? Claro que sim, uma vez que não são meia centena de seguidores que vão fazer das filas à porta maiores do que elas já são.

 

  1. O Isaías, Sesimbra

Para quem quer comer bom peixe, esta é a verdadeira tasca. Peixe fresco e salas apertadas decoradas com azulejos antigos e pratos de loiça na parede até ao teto. A clientela fica toda junta e partilha mesa e ninguém reclama, pois já bem basta o tempo de espera e o pessoal quer é dar ao dente. Há sítios mais chiques onde agora é moda comer ao lado de quem não se conhece e o pessoal também não reclama e paga bem mais. Verdade?

Conselho: cheguem cedo e não tenham vergonha de partilhar experiências com as pessoas que estão ao vosso lado.

 

  1. O Panças, Buraca

Bem, o Panças é “O” Panças. Nunca vi nada assim. Um sítio que não abona nada mesmo a favor da beleza, ambiente barulhento e muitos empregados a rodopiar por todo o lado a tentar dar conta do serviço. A comida vale bem a pena: doses generosas e sempre bem confecionadas. A verdadeira comidinha tradicional, onde a dieta tem de ser posta de lado. Recomendo o polvo à lagareiro, o arroz de marisco, as sardinhas, a carne de porco à alentejana, o pernil, o cozido à portuguesa, os choquinhos à lagareiro, o entrecosto com arroz de feijão malandrinho… Enfim, para babar mesmo! E para terminar, uma fatia de molotof com doce de ovos (asseguro-vos que é mesmo bom e eu nem sou fã de molotof, por isso já podem ver).

Conselho: cheguem cedo e peçam meia dose de cada vez.

 

  1. O Fialho, Ria Formosa

Esta é “A” pérola. Como é possível este sítio existir? Foi-me aconselhado por uma amiga da minha mãe e surpreendeu as minhas expetativas. A vista para a Ria Formosa é linda e pode desfrutá-la melhor no final da refeição, bebendo o café nas cadeirinhas que estão da parte de fora do restaurante. Lá dentro o espaço é amplo e dá ideia que estamos na casa de alguém. O melhor é mesmo o peixe e o marisco, tudo fresquíssimo! Sugiro a travessa de peixe-rei frito com limão e o arroz de marisco (o de lingueirão também é top, mas o de marisco leva lingueirão e ainda mais mariscos – top, top!).

Conselho: o sítio é um pouco difícil de encontrar, por isso o melhor é irem perguntando aos locais que vão vendo por ali, que foi o que eu fiz. O GPS não dá conta do recado. Não há multibanco nem multibanco perto, por isso não vão à pelintras e levem dinheiro vivo. CASH! 

 

  1. Barnabé Place, Alverca

Ah, o Barnabé, mais uma pérola. Este sítio é muito giro e vale a pena também pela experiência. O Barnabé é peixeiro de profissão e vá que se lembrou de um dia começar a assar o peixe que não vendia a amigos e conhecidos. Hoje é isto: abre a sua vivenda para servir peixe fresquinho a quem por ali passar. A sua banca de peixe lá está, sempre bem recheada: chocos com e sem tinta, cabeça de garoupa, sardinhas, salmão à posta, caras de bacalhau frescas, pampo, douradas de mar e por aí fora. É como se fosse à praça, escolhe o que está na banca de peixe e eles assam. Maravilhoso! E tudo só por 10€!

Conselho: cheguem cedo e aproveitem a envolvente. Pessoas a gritar como estivesse no mercado é comum. Podem também levar o vinho de casa, se preferirem. O peixe é bom, mas o vinho nem tanto.

 

  1. Cantinho do Morgado, Vialonga

Este sítio é visitado por gente de trabalho que gosta de comer bem e pagar pouco. Ora, eu também, e foi um amigo meu quem me indicou este local, logo fazendo grandes ressalvas de que podia temer o pior. De facto, bonito não é nada, gente bonita também nem vê-la e o próprio local parece um cenário do Maze Runner, de tão labirínticas que são as salas. Às tantas estamos a entrar na cozinha sem nos apercebermos. Mas a comida é boa e bem servida e cada pessoa só paga perto de 10€. Aconselho o pianinho e as sardinhas assadas.

Conselho: ir com espírito “mente aberta” e não ter medo de comer com as mãos e grunhir.

 

  1. Nova Taberna O Pescador, Setúbal

Sítio ma-ra-vi-lho-so! Um dos melhores sítios para comer sardinhas (já perceberam que sou mega fã, certo?). Aqui, por apenas 10€ pode comer um mini-rodízio dos peixes do dia. O peixe é super fresco e as sobremesas são todas ótimas também. O cenário é básico e deixo um desafio: a quem encontrar um milímetro de parede sem um cachecol desportivo ou um quadro alusivo à mesma temática, pode pedir um extra de choco frito por mais 5€ que eu pago.

Conselho: ir muuuuiiitooo cedo. Já esperei perto de 2 horas, mas a verdade é que em Setúbal está sempre tudo cheio, por isso chegar cedo é mesmo obrigatório.

 

  1. Casa Guedes, Porto

O Guedes!!! Sou sincera, quando vi aquele pernil de porco a nadar em molho e os azulejos na parede com ar duvidoso, apeteceu-me fugir dali. Mas, a fila era enorme e agora que era a minha vez era para despachar – “Oh menina, quer a sande com queijo da serra ou sem? E copinho de binho da casa, vai querer?” – quis tudo isso e ainda um pratinho de moelas. Tudo tão bom, que tive de lá voltar na mesma semana.

Conselho: se forem ao Porto têm MESMO de ir ao Guedes. Aproveitem para levar o palito das moelas sempre convosco no bolso. Deu-me imenso jeito à noite, quando uma velhaca estrangeira se estava a fazer ao meu homem mesmo nas minhas fuças.

 

Monstra S.