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Monstras

Querida Monstra P.

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Como bem sabes aqui a Monstra S. vai dar o nó. Como tal, solicito a tua brilhante mente para engendrar a minha despedida de solteira.

 

A menina já sabe que eu sou uma pessoa simples (mas não simplória), um pouco forreta (mas chique), muito divertida (mas não bardajona) e que, por todos estes motivos, conto ter uma festa bonita e sem presença de formas fálicas.

 

Coisas proibidas:

- falos;

- strippers (gigantones, de estatura normal ou anões);

- presentes ordinários;

- desportos radicais;

- locais de índole duvidosa.

 

Coisas permitidas:

- boa comida;

- boa bebida;

- espaços trendy, tipo supé – táver?;

- festa de pijama (desde que não seja em minha casa);

- spas com fartura;

- massive shopping.

 

Obrigada desde já e espero não me arrepender de a ter como anfitriã.

 

Monstra S.

Balanço de início do ano – Parte II (amigas que puxam pela malta e nos fazem sair da zona de conforto - mesmo que às vezes doa um bocadito)

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Neste início do ano serviram alguns desafios bem interessantes e, curiosamente, todos eles impulsionados por amigas de longa data. É quase como se me tivessem "puxado" pela mão para fazer algumas coisas fora da minha zona de conforto. Ora vejamos:

 

Workshops Brand Yourself e Marketing Pessoal com Anita Silvestre (look-a-day) – Já conhecia a Anita há algum tempo, desde os tempos da escola e da faculdade. Os anos passaram e seguimos caminhos distintos. Fui sabendo dela através das redes sociais e sempre achei notável o seu percurso. No entanto, sempre pensei que tudo não passasse de um hobby ou de uma atividade complementar a outra profissão. E pensei isto até há bem pouco tempo, quando decidi contactá-la com o intuito de perceber se estaria interessada num evento que estava a pensar organizar.

Durante o nosso cafezinho falámos de várias coisas, do meu percurso e do percurso dela e tive mesmo de perguntar: “mas consegues viver exclusivamente disto?”, ao que ela me respondeu que sim, completamente, a 100%. Acho que foi essa verdade que me tocou quase como um toque de varinha de condão – afinal é possível viver dos nossos sonhos! Fiquei a pensar nisso e fui investigando mais sobre pessoas que queriam mudar de vida a partir de dada altura, seguir os seus sonhos ou arriscar novas oportunidades. Descobri que havia muitas pessoas nesta situação – não estava sozinha! Pouco depois, dei por mim a considerar fazer o curso de Brand Yourself e acabei por ligar à Anita, porque se não o tivesse feito provavelmente teria adiado aquilo na minha cabeça.

E foi assim que fui fazer os dois primeiros módulos do curso, o que foi mesmo importante para mim, não só pelo que aprendi, mas também pelas pessoas que conheci. É uma experiência maravilhosa, porque uma vez mais percebemos que há mais pessoas por aí como nós, o que é realmente motivador e só tenho a agradecer à Anita pela inspiração que me deu e por acreditar no potencial de cada pessoa!

Se também querem dar uma oportunidade à vossa intuição, visitem o blog da Anita e inscrevam-se MESMO num dos seus cursos espetaculares: www.look-a-day.com/

 

Editoriais Healthy Style em parceria com a Mafalda Rodrigues de Almeida (loveat) – A querida Mafalda – uma “idiota” como eu, mas com mais coragem para levar as coisas para a frente – desafiou-me a fazer esta parceria e de repente nasceu o conceito de “Healthy Style”, que define bem o que ambas gostamos de fazer. Todos os meses vou criar 2 looks trendy, para quem gosta de estar bem e de cuidar de si, por dentro e por fora. Podem ver os editoriais que seguem todos os meses aqui: www.loveat.pt

 

Entrevista com a Marta Rodrigues do Blogue Birras em Directo – A Marta, uma amiga de muito longa data, criou o blogue do “Birras” para homenagear a maternidade, o ser mãe, o ser filho e, sobretudo, as mulheres. Foi por isso com grande orgulho que fiz parte de uma entrevista (brevemente disponível num blogue perto de si), se bem que com alguma hesitação – tenho problemas graves em expor-me, mas estou a tentar lutar contra isso (normalmente sou eu que organizo tudo e que exponho as pessoas, o contrário é um pouco estranho). Para conhecerem o trabalho da Marta visitem o blog super fofinho: birras-em-direto.com/

 

Por isso, estes foram grandes passos para a minha pessoa cheia de ideias na cabeça a fumegar.

Em última análise, penso que a massagem-tareia-tailandesa e a leitura da aura prepararam-me para estes últimos desafios. E estes, onde será que me vão levar? Vamos ver se consigo ser eu agora a surpreender as amigas com desafios futuros 😊

 

Monstra S.

Balanço de início do ano – Parte I (ou a forma de arranjar maneira de pagar para dar uma carga de porrada a uma amiga e fazer-lhe terapia depois do trauma)

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Este ano, apesar de não ter comido as passas no alto de uma cadeira, decidi assumir um compromisso para comigo – o de este ano arriscar mais e fazer mais por atingir alguns dos meus objetivos pessoais e profissionais.

Graças a um leque de amigas escolhido a dedo, que deriva de um conjunto de grupetas distintas e que praticamente não se conhecem, acabou por acontecer já uma data de iniciativas que de outra forma não tinha feito ou teria adiado. Foram-me fazendo a folha, basicamente, mesmo sem se conhecerem. Ora vejamos:

 

Massagem Tailandesa – comecei logo com grande coragem e fui fazer uma massagem tailandesa. Na verdade tinha sido uma oferta por parte das minhas “lindinhas cridinhas” amigas, aquando do meu aniversário. Deixei o voucher mesmo para o fim, mas quis o destino que ainda houvesse uma vaga para a minha pessoa. Liguei e marquei uma massagem “mista” (AKA, mistura de massagem de óleos com massagem tailandesa).

 

 

Digo-vos que levei uma grande tareia. Começou logo com grande atitude por parte da massagista (que não falava português, apenas inglês) a deitar-se em cima de mim e a estalar-me todos os ossinhos do corpo. Confesso que fiquei com medo dela o tempo todo, sempre a tentar antever os “mooves” seguintes. Se isto foi uma massagem “mista” não sei o que será uma verdadeira massagem tailandesa, mas também não vou procurar saber – isso é certo.

 

No final, apesar de tudo, senti-me bem e acabei a beber um cházinho ao som de música tailandesa num habitat povoado por budas. O pack todo funciona, acabamos por nos sentir mais leves e mais conscientes do nosso corpo – mais que não seja porque nos dói.

 

Leitura da Aura – vejam bem isto! Eu a fazer leitura da Aura… (emoji a revirar os olhos). Nunca teria pensado nisso, mas fiz uma promessa (mais uma vez as amigas a porem-me nestes preparos) e as promessas são para cumprir.Depois de três meses a aguardar por uma vaga, lá consegui agenda com a Joana Madruga. Posso dizer que gostei muito: não ficamos a saber nada que já não saibamos sobre nós, mas, como dizia o outro “é um abre olhos”. Faz-nos ter mais consciência da nossa personalidade e do impacto dela na nossa vida, nas nossas atitudes e por aí fora. A Joana é uma querida. Disse-me logo que se via claramente que eu não era uma dessas pessoas crentes neste estilo de coisas, mas que não devia fechar as portas completamente a estes assuntos.

 

Para além disso, confirma-se: sou uma sentimentaloide dos infernos e ao mesmo tempo uma jararaca – síndrome conhecido como “cão que ladra, mas não morde”, estão a ver?

 

 

Não percam a parte II, bem mais calma física e emocionalmente.

 

Monstra S.

O porquê de não gostar do «revelhão» e como acabar o ano numa Sociedade Filarmónica com amigos para a vida toda

As Monstras têm andado desaparecidas. É um facto. Mas é que isto de mudar de ano afeta-nos um pouco a sensibilidade. É muita festarola para organizar, muito jantar para comparecer, muito bater perna no shopping para fazer e por aí fora.

Neste momento estamos pouco a pouco a regressar ao ritmo do dia-a-dia. E é difícil. Mudar de ano, pelo menos para mim, é pior que mudar de fuso horário ou do que ir ao dentista. Esta coisa de mudar de ano dá cabo de mim, confesso. É um pouco melancólico, deixa-me sempre um pouco ansiosa. Já padeço desta problemática há já algum tempo e, analisando bem as coisas, penso que é por aí que as minhas passagens de ano são sempre um pouco decadentes e bem regadas em álcool.

 

Não gosto de grandes confusões, por isso concertos, discotecas e grandes maranhais de gente, não é para mim. Sim, é a velhice a atacar-me, provavelmente. Mas já está a atacar há uns bons anos, de maneira que acho que é crónico.

Por esse motivo, sou mais daquelas pessoas que nos últimos anos tem passado com grupos de amigos em casa de alguém, a enfardar-me de sapateiras e de gambas tamanho XL. Mas isso também dá uma trabalheira dos diabos e, em 2017, tinha mais vontade para uma coisa ao estilo “não vou mexer uma palha” e vou para um sítio onde me sirvam o champanhe à boca em cascata. Eu bem tentei, é certo, mas quando comecei a ver as coisas boas e com preços mais ou menos decentes estavam já todas sem disponibilidade.

 

Portanto que tudo ficou decidido apenas no dia 30. Isto é que é viver no limite, meus caros! Como éramos apenas 6 gatos pingados acabámos por comer um belo repasto, AKA, mariscada e vinhaça como manda a lei, e depois… fomos passar a meia-noite a uma Sociedade Filarmónica. Foi o fundo do poço em termos de glamour, apetite appeal, fancy people e por aí fora. Havia de tudo: crianças, adultos e maioritariamente séniores, que dominavam a pista de dança com passos exímios, que fariam corar de inveja o Joaquín Cortez. Tudo muito bem aperaltado, dentro do género pseudo-bimbo – o que me deixou muito mais confortável com as minhas collants aparentemente transparentes, mas que à luz desarmada daquela pista de baile me faziam parecer ter duas próteses em vez de duas pernas de carne e osso. Tive ganas de ir a Itália só para estrangular o CEO da Calzedónia, mas acabei por aceitar o meu destino e fiz questão de rompê-las de tanto dançar.

 

Mas adiante, que isto ainda pode melhorar. Cada grupo tinha uma mesa, sendo que a nossa era a mais vazia. É que todas as pessoas tinham levado a marmita de marisco, bebidas, doces e por aí fora - claramente não nos tinham passado o mesmo briefing. Em menos de uma hora tínhamos vários donativos das mesas vizinhas. Claramente acharam que nós éramos uns pobres coitados, sem o que comer, nem o que beber. Resultado: ficámos todos amigos para a vida. E consolidámos tamanha amizade a fazer rodas de braço dado, uma marcha popular improvisada, um apita ao comboio bem afinado, uma homenagem aos Xutos em uníssono e lá para as 6 da manhã até passou BackstreetBoys, a pedido das maiores fãs do pedaço, Las Monstras. Tive também de ceder o meu homem para caridade, que claramente fez furor a dançar com uma ou outra velha. Já sei onde isto vai acabar quando o tiver de por num lar.

 

E foi isto. A bem dizer, pouco faltou para o champanhe em cascata.

Tenho para mim que daqui a uns anos, se publicitarmos muito este evento recreativo, vai ser coisa para custar um balúrdio nas grandes metrópoles. Não é o que todos andamos a pagar, a pseudo-autenticidade das tascas típicas, dos mercados, das mercearias reinventadas, dos espaços retro? Porque não um Revenge of the Sociedades Filarmónicas? Nós vamos! 😉

 

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Monstra S. 

Como fazer furor numa festa de Natal da empresa sem parecer uma jávarder

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Esta questão põe-se desde os primórdios dos jantares de Natal que, segundo as minhas investigações, tiveram início no final do século passado.

Tenho uma amiga que trabalha numa grande empresa (uma das maiores deste país) e diz ela que as festas de Natal são míticas ao nível da ramboiada e dos looks duvidosos. Eu digo que os looks duvidosos são meio caminho para uma noite de ramboia, massssss… nem sempre! Há também os looks dissimulados que acabam a noite na ramboiada, as well. E o facto é que tanto em empresas grandes, como em empresas micro-nano o fenómeno “hoje vesti-me para ser uma jávarder, gosto e não me importo” é muito popular nesta época.

O equilíbrio é a palavra-chave, como em tudo na vida, mas é sempre um ponto difícil de atingir. É mesmo. Quem já não se sentiu linda de morrer numa ocasião especial, mas a penar com dores nos pés, com comichão em sítios dos infernos e com a maquilhagem a derreter a toda a hora. Já para não falar do cabelo, que é quase sempre um issue.

Então vamos lá a alguma dicas que ajudarão certamente.

 

1 – Apostar num look fiel a nós próprias, mas com um twist.

É uma festa, boa?! Arrisquem um bocadinho e experimentem conjugar padrões diferentes ou misturar mais do que uma cor sólida. Não precisam de roupa nova, provavelmente poderão dar um ar da sua graça com um ou dois acessórios diferentes ou com uma maquilhagem mais especial. Não vão é com ar de monos.

 

2 – Não apostar em mamas de fora.

Nem mamas, nem outras partes. Para começar, está um frio dos diabos e depois não há necessidade de provocar o pessoal com quem, poucos dias depois iremos ter uma reunião ou beber um café na copa da empresa.  Quem é que disse que mamas de fora is the new black?

 

3 – Apostar num look casual chic.

Ou o chamado “não quero saber, mas quero tanto” - que pessoalmente adoro. É aquele look despretensioso, que dá a ideia que a pessoa não passou muito tempo a pensar no assunto, mas depois é vê-la sambar na cara das inimigas - enquanto as outras estão a dar tudo com rendas de igreja, decotes do tamanho do vale do Jurássico Parque, minissaias semelhantes aos cintos da WWE e sapatos vertiginosos que fazem inveja à Mónica do Viking,

 

4 – Cuidar dos básicos.

A saber: unhas, cabelo e pele. De que vale estarmos no nosso melhor modelito se estas áreas estão no seu pior?

Unhas: cuidadinho com elas, gente, ninguém gosta de garras a não ser um Elfo da saga Tolkien.

Cabelo: evitem parecer um Chewbacca nestas ocasiões.

Pele: especial atenção às sobrancelhas e à bigodaça.

 

5 – Não se comportarem como se fossem umas hienas.

on set, não vale a pena dar muito nas vistas pelas piores razões. Ok, é uma festa, é Natal, o pessoal está feliz e contente, mas ninguém quer dar aquele ar de que já não saía de casa há 20 anos e que agora é que é para dar tudo. Contenham-se um bocadinho, vá.

 

6 – Não parecer que estão num ciclo de cio.

Questão complexa para ambos os sexos.

Se a pessoa é solteira – ok, está tudo muito bem, mas também não vale a pena levar um letreiro na testa e passar o resto da noite a fazer-se ao bife.

Se a pessoa não é solteira – atenção, não faz mal nenhum conviver, conversar, dar um pezinho de dança. Também não é preciso encarnar o tédio em pessoa (sim, também há aquela malta com ar de santa que se senta numa cadeira a noite toda e não arreda pé dali a cortar na casaca dos outros). Mas quem já não viu nestas festas pessoal com comportamento duvidoso, AKA, cio? É quase comovente assistir a este espetáculo, a pessoa não paga para ver a malta a soltar a franga, mas vem quase sempre como bónus.

 

E é basicamente isto. Não deixem de ser fiéis àquilo que são só porque vão a qualquer lado, mas muito menos se vão a uma festa da vossa empresa. Já vi pessoas a irem para o olho da rua na sequência de convívios empresariais. No final da festarola é dar de caras nos dias vindouros com a maior parte das pessoas que acabaram a noite a babar-se. Ou com uma mama de fora.

 

Monstra S.

Vida de MONSTRA não é fácil e piora consideravelmente em dias de chuva

Uma pessoa sofre com estas mudanças de tempo. Sofre por si e pelos outros. É um sofrimento coletivo.

Já não bastava o drama do cabelo com frizz intenso, o dilema da indumentária a escolher toda a santa manhã e o trânsito caótico, ainda temos de levar com o mesmo mau aspeto e má disposição dos outros. 

 

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Mas a propósito de dias de chuva, eis que ontem me aconteceu um verdadeiro drama que põe todos os outros num bolso. Já andava há uns tempos a sentir que os pneus do carro estavam um pouco vazios, mas depois olhava para eles e pensava, ah, até estão com bom ar! De vez em quando lá dizia ao meu homem, tens de me ver os pneus do carro porque acho que estão um pouco vazios. A questão é que tanto eu como ele somos pessoas muito descontraídas ao nível da manutenção dos veículos. É o deixa andar. Eu mais, claro. Mas no caso dos homens, há muitos exemplares do sexo masculino que só lhes falta levar o carro para casa, dormir com ele e rezar para que no dia seguinte tenha nascido um Mini daquela linda união. Bem, isso não acontece lá por casa, e ainda bem que não tenho cá pachorra, mas de facto um pouco mais de zelo também não fazia mal.

Pois bem, agora que começaram as chuvas senti ainda mais o carro a pedir para lhe ver os pneus... ou então era só a minha consciência a pesar-me.

 

Como moça emancipada do século XXI decidi eu própria encarnar o mecânico que há em mim e lá fui eu encher os ditos cujos. Saí do trabalho e parei na bomba mais próxima - e posso mesmo afirmar que ia convencida de que era fácil e de que seria num instante. E foi, de facto. Enchi-os todos e, embora estivesse com as mãos todas mascarradas e a sentir todos aqueles micróbios a percorrerem-me o corpo (sim, tenho a tara dos germes), pensei que seria bem bom chegar a casa, encher o peito de orgulho e declarar, sim, fui eu que os enchi e ficaram bem bons!

Estava eu nestes pensamentos, quando me deparo com a situação do pneu dianteiro direito. Estava no chão, parecia que tinha derretido. ESTAVA TODO VAZIO! Céus, mas como? Eu tinha feito o mesmo que nos outros e agora ainda estava mais vazio do que quando ali tinha chegado? Não podia ser. Então, arregacei mangas e toca de encher novamente. NADA. Não levantava nem um milímetro do chão. Entretanto começou a chover, primeiro uma chuva miudinha e depois aumentou de intensidade. Comecei a sentir o meu cabelo tipo caniche hair, um must! Decidi que precisava de ajuda, já ali estava há 20 minutos naquela situação e já tinha um carro atrás de mim, a aguardar para se servir dos aparelhómetros todos.

 

Entrei na bomba e de facto o meu aspeto devia ser muito mau. As pessoas olhavam para mim com ar estranho. Perguntei se me podiam ajudar, porque já estava ali há algum tempo e  não conseguia encher o raio do pneu. Agora não podemos, está aqui muita gente, mas o meu colega já lá vai. Ok, eu então espero lá fora. Mal me fui aproximando da zona onde estava o carro, sempre tentando não me molhar ainda mais, vi logo o carro que estava atrás do meu arrancar em fúria. Logo outro avançou, e lá dentro um homem esbracejava na minha direção.

E é aqui, minhas caras Monstras, que as mulheres ganham aos pontos aos homens. Enverguei a minha cara de pum e misturei com cara de pobre e abandonada. Bom, não era muito difícil, dado o meu aspeto de cão molhado. Se calhar exagerei mesmo, pois o homem que outrora estava fulo da vida saiu do carro e enfrentou a chuva para me ajudar. Ah, pois, já sei o que aconteceu. Esvaziou o pneu completamente, mas é fácil de resolver. E pôs-se a encher. Logo de seguida veio finalmente o senhor da bomba e era eu a sentir-me cada vez pior por estar ali a dar que fazer àquela gente, debaixo daquela chuva. E, como todos os bons homens que gostam de se sentir prestáveis, pareciam até estar contentes por ajudar este mono que sou eu.

 

Estou certa que arranjei ali dois amigos para a vida. O senhor do carro (muito parecido ao Dr. Stu do filme A Ressaca) estava completamente encharcado, mas sempre muito sorridente e muito prestável. Um dó. Se calhar é melhor entrar no carro, já que já cá está este senhor para ajudar, não precisa de se estar a molhar mais. E lá foi ele para o carro sempre a sorrir. 

 

Foi aí que o senhor da bomba me perguntou se os outros pneus também precisavam de ar. Acho que não, parecem estar cheios, mas se já agora quiser confirmar, fico mais descansada. Ora bem, foi a melhor coisa que eu fiz. A senhora não pode andar com os pneus assim à chuva… isto é um perigo! Estava tudo vazio, aparentemente. Como assim, depois de estar ali há séculos a dar ar nos pneus, à chuva, ao frio, com o jantar em casa por fazer?!

Cheguei a casa péssima da vida, mas a rir-me da situação, claro, este sentido de humor negro nunca me abandona. Contei tudo ao meu homem e concluí que da próxima vez tinha mesmo de ser ele a fazer o check up aos pneus, porque, claramente, eu não era capaz. Ah, mas agora já viste como se faz, vais ver que vai ser fácil.

 

É caso para ter ficado com o número do Dr. Stu para emergências. Podia até haver um claim para os serviços do Stu:

 

Se não tens ar nos pneus

E não sabes encher tu

O melhor então

É chamares o Stu

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Monstra S.

Monstras in the sea

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A Monstra S. lançou o desafio e cá estou eu para vos contar o outro lado, e talvez o mais divertido, do nosso cruzeiro deste verão. 

 

No fundo, sentimos que estávamos de volta aos anos 90 e que fazíamos parte de uma novela venezuelana, dobrada para português do Brasil e a ser transmitida na RTP às 15h. 

Não, nós monstras e os nossos mostrengosos amigos não fomos as personagens principais, mas também demos o ar da nossa graça e certamente alegrámos tanto os demais personagens quanto eles nos alegraram a nós!

 

Sejam então bem-vindos à entusiasmante mini-série de um único episódio “Monstras in the Sea”! Aqui ficam as fascinantes personagens deste enredo. Algumas não precisam de muita introdução, pois o seu nome diz tudo, outras são personagens mais pessoais e por isso tentarei explicar-vos o porquê do seu nome.

Graças a todas elas, os dias e noites no barco foram sempre uma animação e a nossa primeira viagem em grupo “over seas ” deixou muitas saudades! 

 

Personagens principais  (num barco com mais de mil pessoas):

  • Roxette Lannister - juntem os dois e facilmente visualizam o primeiro personagem  (o cabelo de um e o coto do outro);
  • T-rex  – mãozinha de garra em versão humana;
  • Arquiteta Hélia - sósia de uma arquiteta que a Monstra S. conhece. Já tive o prazer de ver a original e é igual! A arquiteta ganhou o nosso coração logo à primeira dança. Estava-se completamente a marimbar para a audiência e dançava, dançava, dançava horas a fio sem parar. Era Sra. para os seus 50 e muitos anos, mas energia não lhe faltava. Dançava ao ritmo de cada batida e mexia TODOS os ossinhos do corpo. Só mesmo vendo...
  • Carlos Costa- se o Carlos Costa fosse uma mulher italiana era aquela. IGUAL;
  • T-tudo- era um homem que tinha tudo… mamas, barriga, rabo...
  • Nino Paulinho aka Koala - provavelmente o nosso personagem mais querido. O nosso empregado de mesa que ao longo de 7 noites nos serviu manjares dos deuses e nos fez sentir como uns. Nino Paulo, seu nome, Koala, o nome fofinho que lhe demos pois parecia mesmo um <3
  • Bumbum dourado - moça de bumbum roliço e que acreditava ser o seu melhor atributo. Todas as noites, bumbum dourado chegava à Babilónia (by the way, a melhor discoteca do Mediterrâneo) fincava os pés no chão, juntava os joelhos, que segurava com ambas as mãos, e começava a dar ao bumbum para cima e para baixo. E era isto que bumbum dourado fazia noite fora, enquanto um e outros moços se colocavam estrategicamente por detrás de bumbum, simulando palmadinhas de amor. À terceira noite bumbum dourado encontrou o par perfeito e passou a intercalar a sua dança de acasalamento com uns beijos molhados. O amor é lindo.
  • Pipo- outro dos nossos personagens preferidos. Pipo é o personagem que qualquer série quer ter. Desde os passos de dança, aos melhores modelitos, Pipo era o centro das atenções em qualquer pista de dança. Sim, a Babilónia foi o cenário principal desta série. Se se estão a perguntar se o nome pipo é diminutivo de Filipe a resposta é não. Pipo, neste caso, vem mesmo do pipo do vinho que era o que a bochinha deste sr. fazia lembrar. Pipo esse que ele fazia questão de empinar, enquanto abanava o seu Rabinho, levantava uma perninha de cada vez e abanava os braços no meio da pista de dança. :)
  • Picoli - outro personagem querido. Picolo podia ter entrado para o grupo dos nossos mostrengosos amigos. No fundo este ser personificava TUDO o que uma das nossas amigas menos gosta num homem (digamos assim). Certa noite, Picolo entra na Babilónia e nós nem queríamos acreditar que de facto existia uma pessoa que reunia todas as características de que outra fugia a sete pés! Homem muito baixo, com gel no cabelo, camisa azul cueca para dentro de umas calças exageradamente dobradas acima do tornozelo, com sapatos e que dançava que se fartava mas.... mal. Tivemos esperança que a nossa amiga, ao ver todos os “defeitos” que considera que um homem pode ter fisicamente, mudasse de ideias e se apaixonasse perdidamente pelo Picolo... infelizmente não aconteceu.
  • Trupe dos bombados- para quem viu o Jersey Shore na MTV estes são muito fáceis de explicar. Eram italianos, eram guidos e um deles era a cara chapada do Pauly-D que, devido à dificuldade de compreensão do seu nome por parte de um dos nossos mostrengosos amigos, virou Poliban. Ainda perguntámos a esta trupe se sabiam o que era o Jersey shore, mas aparentemente não foi um grande sucesso em Itália... 
  • Poliban já referido acima, foi o personagem principal da trupe dos bombados.

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  • CPU- homem bósnio, jovem e que achou que o melhor para levar para umas férias num cruzeiro seria o polo da sua empresa CPU informatics. CPU gostou muito do nosso grupo mostrengoso e acabou por confraternizar bastante connosco. De realçar que era também um dançarino com uns mooves muito próprios. 
  • Bicha muda -  era isto, exactamente isto, brasileira, mas era mesmo mulher (será que era?) e não era muda.
  • Fafa de Belém- viajava no grupo da bicha muda e o nome diz tudo.
  • (A) Hulk- mulher do grupo da Bixa Muda. Uma mulher cujo corpanzil parecia o da própria action figure
  • Rita ferro Rodrigues - era a fotocópia da Rita Ferro Rodrigues mas Venezuelana e gostava bastante de mostrar os seus atributos. Noite sim usava decotes, noite não brutas minissaias. Tornou-se bastante próxima da bumbum dourado, do Pipo e da trupe dos bombados. Era, portanto, uma mulher comunicativa e que acabou por criar ali um belo grupo que nos animava bastante as noites. :) 
  • Os Paquitos - outros dos nossos personagens preferidos e os responsáveis pelos nossos momentos mais cromos e que, de certeza, nos puseram no YouTube. Dois paraguaios que tocavam e cantavam todas as noites num local de passagem do navio, o que fazia com que a audiência não fosse muita, pois as pessoas não paravam para os ouvir... afinal iam de passagem... Mas as Monstras não gostam de injustiças e eles eram artistas de não cheia, por isso, todas as noites lá íamos nós e o nosso grupo assistir à última hora de atuação dos Paquitos (antes disso estávamos a jantar e já se sabe que para nós as refeições são sagradas!). Cantávamos e dançávamos (relembro: numa zona de passagem) aplaudíamos, pedíamos “una más” e deixávamos os Paquitos felizes da vida por finalmente terem audiência com a qual podiam interagir. Resultado: muita gente a filmar com os seus smartphones, muitos aplausos e a certeza de que, se um dia ficarmos desempregados, daremos uns ótimos animadores. Eu e a Monstra S. podemos sempre formar uma banda. Segundo um sr. Inglês que assistiu a algumas das nossas atuações, cantamos muito bem e em várias línguas... (nós avisámos que também tínhamos tido os nossos momentos de cromas)  
  • Sting aka Conchita aka Moby - explicação fácil. Imaginem o Sting com os óculos do Moby e a barba da Conchita. Era o vocalista de uma das bandas residentes do barco. :)
  • Filipino - era um filipino das Filipinas e o animador da Babilónia. Pelo menos nas primeiras duas noites, depois disso deixou de aparecer tanto... Provavelmente por se ter apercebido que esta Malta já era animada o suficiente...
  • Nick Carter - dispensa apresentações.  Era ele, com 16 anos, italiano e não fazia puto de ideia de quem era o Nick Carter... esta juventude.... 
  • Mamalhuda- era isso...
  • Capitão putanheiro- o capitão do barco! Fotocópia do Capitão Iglo, versão mais sensualona, e sempre acompanhado por muitas e diferentes mulheres... nas fotografias pelo menos, pois nós só lhe pusemos à vista em cima na última manhã quando estávamos a fazer o “check-out”...
  • Oto Moto - outro dos nossos personagens preferidos e que guardamos no nosso coração! Oto moto é um mix do seu nome verdadeiro com o Moto Moto do Madagáscar. Iguais. :) Oto Moto proporcionou-nos dos mais divertidos momentos, era um dos responsáveis pelo controlo de qualidade do barco e o responsável pelos passageiros portugueses e brasileiros. Teve um mega crush por um dos nossos amigos que, viemos nós a descobrir, encaixa na perfeição no estilo “bear” o que aparentemente agrada bastante à malta... Entre os piropos ao nosso amigo (intitulado pelo Oto de “cachorrão de corpitxo sexy”) e uma simpatia genuína, o Oto fez-nos passar bons momentos e deixou muitas saudades...

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  • Stevie Wonder - acho que não é preciso dizer nada..
  • Mark Anthony - este também dispensa apresentações;
  • Mulet- não é difícil de decifrar: business in the front, party in the back! Homem nos seus 50 anos que ficou preso nos anos 80 e, desde então, não deve ter mudado de penteado continuando a usar o tão conhecido mulet.
  • Rod Steward aka David Bowie- sim, era um mix do cabelo dos dois.
  • Chinesas- Duas raparigas chinesas que viajavam sozinhas. Tal como acontecia com pessoas que viajavam em grupos mais pequenos, ambas foram sentadas na mesa de desconhecidos. Neste caso, dois casais mais velhos e, todos juntos, faziam da sua mesa, provavelmente, a mais elegante do nosso restaurante “Il gato pardo” ou, como nós carinhosamente o chamávamos “o gato parvo”. Ao contrário de outros personagens, só víamos as chinesas durante a hora de jantar (com a exceção do dia que passamos em Ibiza e em que as vimos regressar ao barco pelas 1h30 da manhã. São, por isso, das personagens mais misteriosas das nossas férias pois não fazemos ideia de onde passavam o resto do seu tempo... à Babilónia é certo que nunca foram, por isso nem sequer sabemos se se enquadravam na nossa grupeta de bailarinos... uma pena.
  • Harrison Ford e 007 dos anos 50 - dois homens já na casa dos 70 e com um charme e uma presença que só vistos! Juntamente com duas senhoras, também elas muito elegantes (e que podiam bem ter sido bond girls) formavam os tais casais que se sentavam com as chinesas. Todas a noites surgiam com looks irrepreensíveis para jantar no Gato Parvo mas, na “noite do comandante” em que todos tivemos de nos vestir de forma mais formal, “arrebataram” corações e roubaram todas as atenções (pelo menos da nossa mesa). Para terem uma ideia, o 007 vestia um all white smooking e usava o cabelo, que era ligeiramente comprido, penteado para trás, não com gel, mas com uma cera discretamente aplicada. Completamente irrepreensível e a fazer-nos viajar no tempo e desejar chegar aos 70 com um homem daqueles ao lado.
  • Michael Bublé versão filipina - mais um personagem bem chegado ao nosso coração, principalmente ao da Monstra S. e do seu mais que tudo, pois foram quem descobriu o seu talento. O Michael Bublé filipino era um dos barmens do Piano Bar, situado no que podemos chamar de “lobby do barco” e todas as noites era chamado ao palco para cantar uma ou duas músicas. A voz, como já devem calcular, era super parecida com a do Bublé e uma das músicas que cantava quase todas as noites era precisamente a “Home”. Era sempre um momento maravilhoso e que na primeira noite quase fez a nossa Monstra S. derramar uma lagrimita. Já vão perceber porquê..
  • Esposa do Michael Bublé - era uma das Maîtres e nada mais nada menos que a esposa do Michael Bublé versão Filipina. Todas as noites, à mesma hora, lá aparecia ela no Piano Bar para ouvir o seu amado cantar. Sorriam e trocavam olhares cúmplices e faziam daquele um dos momentos mais esperados por quem ia todas as noites, e de forma religiosa, assistir aquele momento. :) <3
  • Shaolin – o próprio chinoca Shaolin. Careca e chinês.
  • Grupo das sapatudas - este também não é difícil, grupo de 4/5 lésbicas que se vestiam como se pertencessem em a um gang... a mim metiam-me medo, muito medo! (By the way, “sapatudas” é o nome que a mãe da Monstra S. dá ao que normalmente toda a gente refere como “sapatonas”…”)
  • Aramis – um senhor meio intelectualóide, de bigode de pontas reviradas e chapéu à Mosqueteiro.
  • Tuga hater- este foi um dos últimos personagens a juntar-se à nossa série, mas depressa assumiu um papel de relevo. Chefe de sala do “gato parvo”, português da zona da Parede e que tinha emigrado à cerca de 4/5 anos. Segundo o próprio foi a melhor coisa que fez na vida e não sente saudades de nada nem ninguém e nem tão pouco pensa em voltar. Desde que está fora do país, comprou um carro e uma casa no México, uma que em Portugal nunca poderia comprar. Falava de Portugal com uma frieza que nunca tínhamos visto num emigrante mas, dias mais tarde, percebemos que se tratava claramente de uma pessoa ‘do contra’. Atracados em Palma de Maiorca e após 3 horas de chuva torrencial voltámos ao barco e comentámos a falta de sorte com o tempo ao que este responde “quem é que precisa do sol para alguma coisa? O frio  e chuva também fazem falta!” Retorquimos que tinha razão mas que cada coisa em seu tempo e que de férias de verão em Palma a última coisa que queríamos era chuva! Mas ele continuou a reclamar e a contradizer todos os nossos argumentos, pelo que desistimos de falar com a pessoa… 

 

Como podem ver a vida no barco era uma animação! E muito temos de agradecer a todos estes personagens que tornaram 7 noites e 7 dias mais especiais! 

Espero ter conseguido transmitir-vos, pelo menos um pouco, do que foi esta viagem. E, se juntarem este ao post da Monstra S., facilmente vão perceber o quanto adorámos esta viagem e as saudades que sentimos tanto dos sítios, como das pessoas! Foi sem dúvida uma experiência maravilhosa e que, apesar de não ser o meu ideal de viagem, não trocava por nada! Afinal, a vida é feita de experiências e de nada nos vale fazermos apenas aquilo com que nos sentimos confortáveis! Às vezes é preciso arriscar e fazer coisas diferentes, mesmo que à partida pensemos que é algo que não vamos adorar. Até porque, na maioria das vezes se mantivermos a mente e espírito abertos, vamos acabar por ter boas surpresas. :)

 

Se ainda não se aventuraram num cruzeiro e gostavam de fazer umas férias diferentes em 2018, juntem um grupo de amigos e vão! Temos a certeza de que não se vão arrepender! :) 

 

Monstra P. 

 

 

Sempre sonhou ser um bocadinho menos MONSTRA? É por isso que tem de ir a este Workshop!

Quem não, certo?

Há dias em que nos parece impossível fazer boa figura quando não temos tempo nem para nos coçarmos! Ah, vida madrasta! Mas, há alguns pequenos truques que nos podem mesmo ajudar a rentabilizar o tempo, a economizar na carteira e ainda a ter uma melhor imagem.

 

E não, não se trata de sermos umas vaidosas pindéricas! A nossa imagem diz muito sobre nós, não só aos outros como a nós próprias. E não há nada melhor do que estarmos bem na nossa própria pele, certo?

 

Por isso, e sem mais rodeios, aqui vos estou a engraxar para se inscreverem  no 1.º Workshop de Imagem e Estilo Pessoal, by Monstra S. (moi même!). O desafiou foi lançado pela minha querida Sílvia, da Visual Concept e eu, claro, acabei por aceitar o desafio. Vão ser três horas muito dinâmicas e muito proveitosas, prometo! E com comidinha, que isto é tudo muito bonito mas há que manter um bucho nos mínimos :)

 

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Cá vos espero para soltar a verdadeira Monstra dentro de vós. Grrrrrrrrr!

 

Monstra S.

Sugestão para um fim-de-semana prolongado: Bordéus

 

Mesmo ao virar da esquina, que é como quem diz a mais ou menos a um voo de 1h30 de distância, fica a bela cidade de Bordéus.

 

Perfeita para uma viagem de 3/ 4 dias e para os amantes de boa comida e bom vinho (perfeita portanto para mim, que para além de adorar comer e beber tenho por lá um par de tios e umas quantas dezenas de primos- sim, vocês ainda não sabiam, mas a minha família nunca mais acaba!).

 

Voos

Os voos são relativamente baratos, principalmente se planearem a vossa viagem com alguma antecedência. Sempre que visitei a cidade consegui voos por menos de 70€. Existem já companhias low cost como a Easyjet a voar para a cidade o que ajuda bastante a este nível.

 

Estadia

Como tenho família na cidade tenho a sorte de poder cravar "guarida" e poupar algum dinheirinho. Contudo, já aconteceu viajar com algumas amigas e ficarmos no Ibis. Não é um hotel luxuoso, mas serve o seu propósito: uma cama confortável para descansar depois de um dia de passeio pela cidade. Existem vários Ibis em Bordéus mas nós optámos pelo Hotel Ibis Bordeaux Centre Bastide, fica mesmo no centro da cidade e é um ótimo ponto de partida.

 

Para os amantes de boa gastronomia e bom vinho

  • Vinho

Para os apaixonados por vinho, Bordéus pode bem ser o paraíso na terra. Caso pretendam embarcar numa aventura vinícola este é o local perfeito, existem seis rotas de vinho disponíveis, só têm escolher a que preferem. Podem consultar mais informações no site de turismo de Bordéus: http://www.bordeus-turismo.pt/Descobrir-Bordeus/TOP-12-IMPERDIVEIS/Rotas-do-vinho-de-Bordeus  

  • Gastronomia

Eu cá sou uma pessoa bem mais feliz quando tnho a barriga bem forradinha e posso dizer-vos que, na minha segunda viagem a Bordéus, devo ter passado cerca de 70% do tempo sentada à mesa a comer e a beber do bom e do melhor! E, ao contrário do que acontece noutras capitais europeias, não é preciso gastar o couro e o cabelo para comer bem. 

O meu prato favorito foi sem dúvida o belo do Entrecôte charolaise com molho charmelcia (vejam na galeria acima) uma maravilha dos deuses que me deixa de água na boca só de pensar. Experimentei no restaurante Bistro Régent, situado na Place de Stalingrad, (mesmo ao pé da estátua do leão azul) e aconselho uma visista a quem por lá passar.

Para sobremesa, é difícil escolher um favorito!! A pastelaria francesa é, para mim, uma das melhores pois consegue colocar a quantidade certa de doce nas receitas. Não houve nada que tenha experimentado e sentido ser enjoativo. As tartes de fruta e os tradicionais canelés (bolos de rum) ocupam o meu TOP de favoritos mas o crème brulée também não ficou nada a trás. Há ainda os famosos macarons, confesso que não adoro mas há muita gente que sim, por isso ficam também na lista de sugestões, até porque França é a sua terra natal e vale sempre a pena experimentar os originais. Enfim, como disse, é difícil escolher...

 

As imagens valem muito mais que as palavras e, por isso mesmo, preparei uma galeria onde vão poder ver algumas das maravilhas que Bordéus tem para oferecer.

 

Agora é só começar a preparar o roteiro!

Boa viagem!

 

Monstra P.

 

Fonte das imagens: Google

As 7 maravilhas das tascas, tabernas e restaurantes com ar aparentemente duvidoso que eu adoro

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A pedido de várias famílias, vamos hoje desvendar alguns sítios onde pode comer e chorar por mais (chorar mesmo por mais e não porque ficou com a carteira depenada). São daqueles sítios típicos, sem grandes formalismos e onde se come muito bem e sem ter de pagar balúrdios. Alguns são mais conhecidos, outros são verdadeiras pérolas.

 

Aqui pode ser feio, porco e mau, que ninguém vai querer saber. Estes sítios são para os amantes da boa comida e ponto final.

Se devia aqui dá-los a conhecer ao mundo? Claro que sim, uma vez que não são meia centena de seguidores que vão fazer das filas à porta maiores do que elas já são.

 

  1. O Isaías, Sesimbra

Para quem quer comer bom peixe, esta é a verdadeira tasca. Peixe fresco e salas apertadas decoradas com azulejos antigos e pratos de loiça na parede até ao teto. A clientela fica toda junta e partilha mesa e ninguém reclama, pois já bem basta o tempo de espera e o pessoal quer é dar ao dente. Há sítios mais chiques onde agora é moda comer ao lado de quem não se conhece e o pessoal também não reclama e paga bem mais. Verdade?

Conselho: cheguem cedo e não tenham vergonha de partilhar experiências com as pessoas que estão ao vosso lado.

 

  1. O Panças, Buraca

Bem, o Panças é “O” Panças. Nunca vi nada assim. Um sítio que não abona nada mesmo a favor da beleza, ambiente barulhento e muitos empregados a rodopiar por todo o lado a tentar dar conta do serviço. A comida vale bem a pena: doses generosas e sempre bem confecionadas. A verdadeira comidinha tradicional, onde a dieta tem de ser posta de lado. Recomendo o polvo à lagareiro, o arroz de marisco, as sardinhas, a carne de porco à alentejana, o pernil, o cozido à portuguesa, os choquinhos à lagareiro, o entrecosto com arroz de feijão malandrinho… Enfim, para babar mesmo! E para terminar, uma fatia de molotof com doce de ovos (asseguro-vos que é mesmo bom e eu nem sou fã de molotof, por isso já podem ver).

Conselho: cheguem cedo e peçam meia dose de cada vez.

 

  1. O Fialho, Ria Formosa

Esta é “A” pérola. Como é possível este sítio existir? Foi-me aconselhado por uma amiga da minha mãe e surpreendeu as minhas expetativas. A vista para a Ria Formosa é linda e pode desfrutá-la melhor no final da refeição, bebendo o café nas cadeirinhas que estão da parte de fora do restaurante. Lá dentro o espaço é amplo e dá ideia que estamos na casa de alguém. O melhor é mesmo o peixe e o marisco, tudo fresquíssimo! Sugiro a travessa de peixe-rei frito com limão e o arroz de marisco (o de lingueirão também é top, mas o de marisco leva lingueirão e ainda mais mariscos – top, top!).

Conselho: o sítio é um pouco difícil de encontrar, por isso o melhor é irem perguntando aos locais que vão vendo por ali, que foi o que eu fiz. O GPS não dá conta do recado. Não há multibanco nem multibanco perto, por isso não vão à pelintras e levem dinheiro vivo. CASH! 

 

  1. Barnabé Place, Alverca

Ah, o Barnabé, mais uma pérola. Este sítio é muito giro e vale a pena também pela experiência. O Barnabé é peixeiro de profissão e vá que se lembrou de um dia começar a assar o peixe que não vendia a amigos e conhecidos. Hoje é isto: abre a sua vivenda para servir peixe fresquinho a quem por ali passar. A sua banca de peixe lá está, sempre bem recheada: chocos com e sem tinta, cabeça de garoupa, sardinhas, salmão à posta, caras de bacalhau frescas, pampo, douradas de mar e por aí fora. É como se fosse à praça, escolhe o que está na banca de peixe e eles assam. Maravilhoso! E tudo só por 10€!

Conselho: cheguem cedo e aproveitem a envolvente. Pessoas a gritar como estivesse no mercado é comum. Podem também levar o vinho de casa, se preferirem. O peixe é bom, mas o vinho nem tanto.

 

  1. Cantinho do Morgado, Vialonga

Este sítio é visitado por gente de trabalho que gosta de comer bem e pagar pouco. Ora, eu também, e foi um amigo meu quem me indicou este local, logo fazendo grandes ressalvas de que podia temer o pior. De facto, bonito não é nada, gente bonita também nem vê-la e o próprio local parece um cenário do Maze Runner, de tão labirínticas que são as salas. Às tantas estamos a entrar na cozinha sem nos apercebermos. Mas a comida é boa e bem servida e cada pessoa só paga perto de 10€. Aconselho o pianinho e as sardinhas assadas.

Conselho: ir com espírito “mente aberta” e não ter medo de comer com as mãos e grunhir.

 

  1. Nova Taberna O Pescador, Setúbal

Sítio ma-ra-vi-lho-so! Um dos melhores sítios para comer sardinhas (já perceberam que sou mega fã, certo?). Aqui, por apenas 10€ pode comer um mini-rodízio dos peixes do dia. O peixe é super fresco e as sobremesas são todas ótimas também. O cenário é básico e deixo um desafio: a quem encontrar um milímetro de parede sem um cachecol desportivo ou um quadro alusivo à mesma temática, pode pedir um extra de choco frito por mais 5€ que eu pago.

Conselho: ir muuuuiiitooo cedo. Já esperei perto de 2 horas, mas a verdade é que em Setúbal está sempre tudo cheio, por isso chegar cedo é mesmo obrigatório.

 

  1. Casa Guedes, Porto

O Guedes!!! Sou sincera, quando vi aquele pernil de porco a nadar em molho e os azulejos na parede com ar duvidoso, apeteceu-me fugir dali. Mas, a fila era enorme e agora que era a minha vez era para despachar – “Oh menina, quer a sande com queijo da serra ou sem? E copinho de binho da casa, vai querer?” – quis tudo isso e ainda um pratinho de moelas. Tudo tão bom, que tive de lá voltar na mesma semana.

Conselho: se forem ao Porto têm MESMO de ir ao Guedes. Aproveitem para levar o palito das moelas sempre convosco no bolso. Deu-me imenso jeito à noite, quando uma velhaca estrangeira se estava a fazer ao meu homem mesmo nas minhas fuças.

 

Monstra S.