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Monstras

Calções. shorts ou alternativas às bordas de fora

Como foi aqui prometido pela Monstra P. no seu último post (intitulado "Vamos lá então falar de bordas"), vamos lá então falar de como podemos tapá-las de forma a não parecermos as nossas avós.

 

Penso que esta história de andar de bordas de fora era capaz de dar um estudo de caso, no âmbito de uma tese de mestrado.

É que não sei se é simplesmente por querer mostrá-las ao mundo ou se é o desejo de usar um calçãozinho mais curto, trendy e tal, que dá um ar despreocupado e bohoo à coisa. Podem ser as duas, pode não ser nenhuma ou pode ser só uma destas justificações manhosas, mas a verdade é que elas continuam lá, de fora, a dar a dar, a olhar para nós com ar de deboche.

 

Mais ainda quando são celulite free, o que me dá nervos a sério. Será que estão a mostrá-las desta forma escandalosa para sambar avidamente na cara das pessoas na casa dos 30? Shame on you! Bem, e com esta, já vamos em três teorias.

 

Teorias à parte, há sempre solução para tudo nesta vida. A primeira é obviamente tapar as ditas cujas. Menos é mais e se o objetivo é ser sexy ou dar nas vistas, ou lá o que raio passa pela cabeça desta gente ser, o melhor é anotarem já que ninguém quer ver muito mais quando já viu… as bordas.

Depois, há todo um mundo de calções que podem usar (curtos incluídos, que eu cá não sou nenhuma velha do Restelo), que darão muito bem conta do serviço sem por ao léu o que não é necessário mostrar.

É que há calções que são verdadeiros boxers de ganga, valha-nos-Deus! Façam panos para engraxar os sapatos com isso, por favor.

 

Calções de ganga

Devem usá-los, no máximo, pela linha da anca. O cós pode ser mais ou menos subido e a largura da perna também pode variar (mais larga ou mais apertada). Em oposição aos boxers de ganga, não usar, por favor, calções de ganga justa até ao joelho (estilo bermuda). Não há ninguém que fique bem com este modelo e acredito que está já em vias de extinção (se bem que ainda vejo algumas resistentes a usá-lo. Porquê, senhoras, porquê?).

 

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Calções mais formais

Para um look mais formal (um jantar de verão, um passeio, uma festa, etc) existem também calções que podem funcionar. Aqui podem jogar com padrões e texturas diferentes. Lembrem-se que os padrões estampados ajudam a dar volume e os padrões verticais ajudam a alongar a silhueta. Os modelos mais estruturados ajudam também a definir a linha da cintura e a alongar o figurino. São uma boa aposta!

Editorial Monstras_SHORTS CASUAL-01.jpg

 

Seja lá qual for a opção, o look que queremos seguir, o estilo que nos serve de inspiração, devemos lembrar-nos sempre que a melhor inspiração somos nós. Devemos respeitar o nosso corpo e trabalhá-lo da melhor forma. Há looks que podem favorecer-nos a 100% e há outros que podem arruinar-nos num minuto.

 

E, se às vezes pode ser difícil decidir o que vestir, o que nos fica melhor, o que nos favorece mais, o mesmo não se pode dizer da moda das bordas. Essa não favorece ninguém nem acrescenta nada. Bem, no limite acrescenta que somos umas monstras com o cio.

 

Monstra S.

 

Vamos lá então falar de bordas

izabel_goulart.jpg

 

E sim, são mesmo essas que estão a pensar.

Este tem sido um tema polémico há algum tempo e que voltou à ribalta com o comentário da Marisa durante um concerto. Muitos criticaram a posição da fadista: nós Monstras apoiamo-la e defendemo-la com unhas e dentes.
 
É verdade que cada um deve ser livre de vestir o que lhe apetece, mas vamos admitir que andar por aí com decotes demasiado pronunciados e o rabinho quase de fora roça o limite da liberdade e só fica bem na canção do querido Nel Monteiro.
 
 
 

 

 
 
Há inúmeras alternativas menos polémicas e que favorecem bastante mais! (a Monstra S. falará disso num post futuro) Não quer dizer que não se deva usar um shortinho na praia durante as férias mas andar no metro, escolas e centros comerciais com as bordas de fora é que não!
 
Mas, para mim, este é um tema que vai um pouco mais além das tendências de moda. Sinto que, cada vez mais, as nossas crianças crescem demasiado rápido e que os adolescentes querem parecer adultos demasiado depressa. Nesta luta surgem maquilhagens excessivas e roupas que, de tanto quererem transmitir sensualidade, se tornam vulgares e, enquanto isso, os melhores anos da sua vida passam-lhes ao lado. Além do mais, vamos admitir que este modelito não favorece quase ninguém...
 
A internet, com a globalização e rapidez de difusão de conteúdos que representa, trouxe muita coisa positiva para a vida das novas gerações mas, a meu ver, tornou-se responsável pela falta de identidade e de individualidade da sociedade em geral. Hoje todos querem ser Cristianos e Kardashians, o desenvolvimento do próprio "eu" acaba por se perder e os nossos adolescentes tornam-se cópias uns dos outros: mesmos cabelos, mesmas maquilhagens e mesmas roupas.
 
Não me interpretem mal, sou a favor da internet, das redes sociais e das partilhas (não fizesse eu parte de um blog Mostrengoso) mas continuo a dar muita importância à individualidade de cada um e sim, acredito que aquilo que vestimos é um reflexo de nós e da forma como nos sentimos e nos vemos.
 
Assim sendo, se é adolescente e nos está a ler ou se é mãe de um adolescente, (re)lembre o seu filho da importância de ser único e que ser diferente não tem nada de mal! (Re)lembre que não é preciso mostrar muita pele para ser sexy e que é muito melhor lançar tendências do que segui-las! ;)  
 
Enfim, este post é apenas uma opinião e isso vale o que vale, mas fica o conselho. 
 
Monstra P. 
 
Imagem Google.pt