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Monstras

Monstra way of life #1 O drama dos cabelos brancos ou porque é que todas as senhoras mais velhas são loiras

WARNING 1: se têm menos de 25 anos escusam de ler sobre a desgraça dos outros e ponham-se a andar para um blog que fale sobre cabelos azuis em modo ti-dye.

WARNING 2: se têm mais de 50, e ainda não vos apareceu um único cabelo branco, escusam de vir esfregar isso na cara e vão ver se o Roberto Carlos ainda vai dar concertos este ano ou se o Tony Carreira ainda tem bilhetes à venda.

 

Pois é esta revolta que me assola. Mal tinha erradicado a maldita acne, eis que aparece o infame primeiro cabelo branco. Não há direito. É por este motivo que pintar o cabelo passou a ser uma opção há já algum tempo. Foi um processo gradual, primeiro comecei com um tom sobre tom e quando dei por mim estava com dois ou três tons mais claros do que a minha cor original. Olhando para a minha mãe a para a minha avó, é fácil perceber que dentro de 20 anos poderei virar uma hot blonde.

Agora a sério, reparem bem nas pessoas à vossa volta e constatem se não é a mais pura das verdades: a maioria das mulheres à medida que envelhecem e que vão ganhando cabelos brancos, vão aloirando. É um fenómeno sociológico a que pouca mulher escapa e devia ser estudado com rigor.

 

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Voltando a mim: eu já era fã do bronde, gosto muito da tendência, confesso. Começou nas californianas e foi-se democratizando por toda a superfície capilar. Se por um lado agora tenho desculpa para usar estes tons à vontade, por outro a manutenção da coisa é chata e dispendiosa (pfff… espera até chegares à minha idade – diz a minha mãe, para quem uma ida ao cabeleireiro é tão ou mais frequente que uma ida ao Continente).

As raízes não perdoam e é um horror quando os empinados cabelos brancos começam a espetar-se no alto da nuca. E como nem sempre dá para ir logo, logo ao cabeleireiro, a pessoa lá vai tentando disfarçar com o que pode. E agora até parece que há uns sprays inovadores que vão disfarçando temporariamente os malditos. Confesso que ainda não os experimentei, mas se calhar até devia. É que isto há alturas dos demónios, em que a pessoa se sente de facto uma MONSTRA cabeluda e velha.

 

Aqui deixo também uma dica bem preciosa para algumas pessoas levarem para a cova, nomeadamente algumas pessoas que conheço bem e maioritariamente do sexo masculino: não digam a uma mulher que tem “ali um cabelo branco” e – muito pior ainda – não o digam com aquele ar de quem viu pelos de 5cm num sovaco. Não é a mesma coisa, meus caros! Já para não falar que, em ambas as situações, no caso do sexo masculino, o caso muda totalmente de figura. Cabelo branco? É um galã. Sovacos peludos? Ah, é um homem.

Bem, e com esta constatação final, me vou, com mais alguns cabelos brancos por pintar.

 

Monstra S.