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Monstras

10 passos para sermos menos MONSTRAS (nós tentamos, mas nem sempre é fácil)

Há dias dos diabos. Dias em que mais valia não sairmos da cama. Dias em que saímos de casa impecáveis e descobrimos que o saco do lixo se rompeu pelas escadas, que lascámos uma unha sem reparar ou que sujámos logo o maravilhoso outfit ao pequeno-almoço.

Mas também há dias em que apesar de nos sentirmos umas verdadeiras monstras, saímos de casa e damos de caras com gente que sofre certamente de monstrice crónica, o que pode contribuir para enaltecer o nosso ego! Mulherio com os dedões a saírem das sandálias em homenagem à águia vitória, pés que já morreram sufocados em peles moribundas, modelitos que fazem as mulheres da vida corarem e gente que precisava de fazer um investimento na dentadura em vez de investir num telemóvel de última geração.

As MONSTRAS são moças de boa índole e por isso existimos para trazer esperança a quem dela quiser usufruir. Destacamos alguns pontos fulcrais que deve ter em conta para ser menos monstra, assim em jeito de auto-ajuda.

 

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A azul as dicas para cuidar da sua monstra exterior; a lilás as dicas para a sua monstra interior:

 

1 – O primeiro passo não é ir bater perna no shopping. Vamos primeiro cuidar das coisas mais básicas: a pele, o cabelo e os dentes. São coisas básicas que infelizmente muita gente descura. Limpar a pele todos os dias e usar um bom hidratante é logo meio caminho andado – rosto e corpo, pacote completo! O cabelo deve estar com as pontas saudáveis e deve ter um bom corte. Se não puder ir logo ao cabeleireiro tratar da juba, apanhe o cabelo. Os dentes: faça sempre a higiene como manda a lei e visite o dentista 1 a 2 vezes por ano. A prevenção evita despesas maiores a longo prazo.

2 - Cuide das unhas, por-amor-de-Deus! Este ponto podia ser incluído nos básicos do ponto 1, mas achamos importante destacar e dedicar um ponto isolado. Infelizmente vemos boa gente com as unhas dos pés e das mãos numa lástima. Vá lá, não é preciso fazer unhas de gel nem o pino para ter umas unhas minimamente apresentáveis! Basta cortá-las, hidratá-las e colocar-lhes um verniz-base fortificante transparente. Não é só uma questão de imagem, mas de higiene também.

3 – Make-up q.b. Há pessoas que adoram maquilhagem e há outras que nem podem ouvir falar nisso. O conselho que damos a ambas as fações é o mesmo: usem-na com moderação e saibam adequá-la a cada ocasião. Menos é mais, mas nada também é péssimo. Se podemos tirar partido de nós, porque não fazê-lo?

4 – Como vai esse roupeiro? Cheio, mas sem nada que lhe apeteça vestir? Está sempre a comprar roupa, mas parece que nunca nada brilha? Bem, não faça mais compras para já. Pare e observe as peças que tem no seu roupeiro. Deve desfazer-se imediatamente das seguintes peças:

  • Aquelas peças que não usa há mais de 2 anos. Esta regra é de ouro, porque se não usa é porque já não gosta de se ver com elas. Não guarde esse tipo de coisas, porque vão acumular ácaros no seu armário.
  • Peças que têm borbotos, que estão ruças, que têm fios e linhas a sair por todo o lado, que têm buracos, que têm já os tecidos todos flácidos e que no geral têm mau aspeto: bye, bye!
  • Sapatos que estão mutilados: se tiverem arranjo, arranje-os, senão já sabe o que fazer.

5 – Apostar nos básicos é a melhor aposta. Se não tem uma camisa branca, uma t-shirt branca, uns bons jeans, um bom casaco e uns bons sapatos, pode começar já por rever essa situação. Os básicos são aquelas peças que pode conjugar em diferentes combinações e usá-las em diferentes ocasiões, das mais formais às mais informais. Por isso, estes básicos devem ser peças de boa qualidade, pois serão para durar vários anos.

6 – As tendências são muito aliciantes, mas nem tudo o que é tendência lhe fica bem. Às vezes não é fácil, nós sabemos, mas brevemente as MONSTRAS darão um workshop de styling para ajudar nessas ocasiões. Be aware!

 

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7 – O stresse não é amigo de ninguém, por isso procure ter mais tempo para si e para aquilo que mais gosta de fazer. O trabalho, a família, as obrigações do dia-a-dia e a rotina podem dar água pela barba, mas é importante procurar um momento do seu dia só para si (ler um livro, ver um episódio da sua série favorita, ir ao ginásio, meditar…).

8 – Aprenda a dizer “não”. Chega a uma altura da nossa vida que não podemos agradar a gregos e troianos e por isso às vezes dizer “não” ajuda muito. Não tenha receio de marcar a sua posição, porque isso é uma forma de estar melhor consigo e com quem a rodeia.

9 – Ah, e já que falamos em quem nos rodeia, deixe-se rodear por quem mais gosta e por quem lhe transmite energias positivas. Mantenha-se em contacto com essas pessoas e procure estar com elas sempre que puder.

10 – Observe quem está à sua volta com atenção e depois olhe para si. Procure ver os outros e aprender com as suas experiências de vida e maneira de ser e retire as coisas mais positivas para si. Porque é que isto é importante? Porque muitas vezes estamos na nossa bolha e nem olhamos para o lado. Toda a gente tem alguma coisa para nos ensinar, até mesmo aquela jararaca do trabalho que não podemos ver à frente (ensina-nos a não termos aquele comportamento com outras pessoas, por exemplo).

 

E assim, ao cuidarmos tanto da nossa imagem como do nosso ego, os dias serão certamente menos mostrengos para nós. Claro que vão existir sempre dias desses, nem que seja para nos lembrar que somos humanas e que não somos perfeitas. Mas a verdade é que às vezes ser uma MONSTRA também pode ter a sua dose de humor. Por isso se chegar ao fim do dia com cheiro a pónei em vez do perfume Chanel, não desanime! É porque, no fim de contas, está a dar o seu melhor.

 

Monstra S. e Monstra P.

Vamos lá então partilhar a #1 das “5 experiências que (à partida) não pensaria viver”!

Se bem se lembram, assumi aqui o compromisso de viver 5 experiências menos comuns nos próximos 5 meses.

E a primeira escolha foi ….. 

 

 

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Muito retratada nos filmes americanos, principalmente em comédias românticas, esta é uma experiência que não é assim tão falada no nosso país. Pelo menos não o era no meu grupo de amigos (até ao momento em que me inscrevi e passou a ser assunto obrigatório nas últimas conversas, claro).

Se fui sozinha? Não

Tudo começou com um desafio da Monstra S., mulher (bem) comprometida mas que sentia dentro de si o bichinho da curiosidade sobre o que aconteceria nestas sessões… Não fazendo muito sentido inscrever-se (dada a sua condição), eis que esta pequena monstra tanto tentou que me convenceu a ir juntamente com uma amiga (também ela solteira) que temos em comum.

Toca então de ir para o Google estudar mais sobre o assunto e encontrar o próximo evento na calha..

Depois disso, foi do género “Siga! Vai e não pensa!”. Inscrevemo-nos, pagámos e marcámos na agenda!

 

O Dia D

1 mês e meio passado, eis que chega o grande dia e, não vale a pena mentir, apesar de não ter criado qualquer expectativa sobre o que iria encontrar, não deu para evitar sentir o friozinho na barriga.Afinal de contas não fazia ideia do que me esperava!

Chegadas ao hotel (sim, a coisa dá-se num hotel! Podia ser mais awkward que isto? Não só podia como foi! Acontece que não há outra forma de saber para onde nos devemos dirigir senão perguntando na receção! (Obrigada Senhor, era tudo o que precisávamos.)

Enquanto a minha amiga perguntava para onde devíamos ir, eu deambulava pelo lobby a tentar fingir que não tinha nada a ver com o assunto (péssima amiga, eu sei). Indicaram-nos o caminho é lá fomos.

 

A hora H

A hora chegou! Após 10 minutos num hall rodeadas por pessoas que, tal como nós, tentavam agir o mais naturalmente possível, avisaram-nos de que nos podíamos finalmente dirigir à sala. E assim fizemos, em filinha, subimos as escadas, tentando não olhar uns para os outros (e eu a tentar não sucumbir ao ataque de riso nervoso que se queria apoderar de mim).

Chegados à sala, um a um mostrámos a nossa identificação (nunca se sabe se mais tarde não será preciso denunciar um qualquer psycho na polícia. Brincadeirinha-ou talvez não), colámos ao peito um autocolante com o primeiro nome e o número que nos fora atribuído e seguimos para a primeira fase da noite. 

 

Quebrar o gelo

A primeira fase do Speed dating passa por tentar, ainda que a meu ver sem sucesso, quebrar o gelo. Apesar de os participantes serem divididos em dois grupos para faixas etárias diferentes, nesta fase toda a gente tem a oportunidade de interagir e conversar com todos. Como forma de incentivo e de quebrar o gelo, a organização distribui uns cartões com várias categorias para as quais temos de encontrar uma pessoa. Por exemplo: uma pessoa que gosta de sushi; uma pessoa que já esteve na Grécia, uma pessoa que já apareceu na TV, etc. Encontrado alguém que responda positivo a esta questão é só pedir para assinar o cartão. Desta forma, o primeiro contacto fica feito e facilmente (ou não) se desencadeiam novas conversas. 

 

O Speed Dating

Aqui, o nome diz mesmo tudo. As senhoras ficam sentadas na sua mesa, enquanto os cavalheiros vão passando de cadeira em cadeira, de senhora em senhora portanto. Cada encontro tem 4 minutos. Findos esses 4 minutos, o sino toca FRENETICAMENTE o que significa – Next!

Neste ponto é importante dizer que encontramos pessoas em que pensamos “Ainda não passaram 4 minutos? Será que a senhora do sino se esqueceu? O que é que eu vou comprar à prima Joaquina no Natal?”. Mas também encontramos pessoas em que pensamos: “Já passaram 4 minutos? Pareceram 30 segundos... foi divertido, não foi!?

 

Hora das dicas


Homens que estejam a pensar fazer uma coisa do género, ou que simplesmente tenham um primeiro encontro na mira, aqui ficam umas dicas:

 

- Usar fato e sapatos é um NÃO – menos, muito menos

 

- Tentar convencer a outra pessoa de que são almas gémeas repetindo constantemente “Temos imenso em comum”, também não é bom e tende a ter o efeito contrário (principalmente quando têm apenas 4 minutos para falar com a pessoa)

 

- Usar frases feitas como “dizem que os últimos são os primeiros, e neste caso vai ser mesmo” (eye blink)… oh por favor!

 

- Senhores do grupo pertencente à faixa etária superior, foquem-se nas vossas senhoras e parem de tentar engatar miúdas com idade para serem vossas filhas durante o intervalo

 

- Bem sabemos que a timidez é lixada, mas treinem o contacto visual... é difícil manter um diálogo e confiar em alguém que passa o tempo todo a focar a mesa...

 

- Falar apenas em trabalho também não é nada bom.. são apenas 4 minutos e há assuntos muito melhores

 

- Pior ainda que o último ponto, confessar que a última relação terminou porque a vossa ex vos acusava de serem um workaholic (coisa com a qual não concordam) e que após o final da relação mudaram de casa para seguir em frente... mas para uma casa ao lado do trabalho... (cri, cri, deal breaker)

 

- Que ser professor é uma profissão nobre ninguém duvida mas, meus amigos, ninguém vai ao Speed dating à procura de uma aula de geografia/ história...

 

- Não há nada de errado em viver em casa dos pais (na minha opinião há até muita coisa certa, nada como os miminhos dos paizinhos) mas, se procuram namorada, mostrem (pelo menos) alguma ambição.. dizer que aos 29 anos vivem em casa dos pais e nunca trabalharam porque “a vida está muito difícil” não abona muito a vosso favor.. 

 

- Perguntarem se a outra pessoa conhece a vossa terra Natal pode ser uma excelente pergunta que pode desencadear várias conversas. Mas, se a pessoa diz “não”, dizerem “tens agora uma excelente oportunidade para conheceres” não é fixe, é creepy e muito desconfortável

 

- Dizerem que saíram de casa tão, mas tão à pressa, que se esqueceram de pôr gel no cabelo. Não, não, não. Que posso mais dizer sobre isto? Vejam o post que a Monstra S. fez sobre o tema

 

Mas não são só os homens a precisar de coaching, minhas senhoras vamos lá ver:

 

- A escolha do outfit: não, não vão para a discoteca. Não, não vão a uma entrevista de trabalho e não, também não vão ao supermercado. Na hora de escolher a roupa para um encontro optem pelo meio-termo: nada muito decotado nem muito curto. E deixem as t-shirts, ténis e baggy jeens de fora das opções. Nada contra (sou uma das maiores fãs deste outfit), mas não para este efeito

 

Então, e depois?

Terminada a ronda de conversas com todos os participantes, a fase final é muito simples. Durante o speed dating todos os participantes têm um cartão onde apontar o nome de cada pessoa com quem conversou. Em frente ao nome, aparecem as opções “Sim” ou “Não” e é basicamente isto. No final, entregamos à organização do evento um cartão com todos os nossos “Sim’s”, chamemos-lhe assim. Se os nossos Sim’s também nos colocaram um Sim, faz-se Match! No dia seguinte a organização envia-nos um e-mail com os contactos dos participantes com quem fizemos Match.

 

Conclusão

 

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Nesta experiência encontrámos todo o tipo de pessoas: tímidos, descontraídos, divertidos, ansiosos, demasiado ansiosos e pessoas completamente "normais".

Há quem claramente deposite toda a sua esperança neste tipo de eventos, pois tem algo em si que não o/ a deixa conhecer pessoas de outra forma (timidez, insegurança, falta de tempo ou de oportunidade), quem vá como experiência de grupo (why not), quem vá acompanhar um amigo/a que não teve coragem de ir sozinho/a, quem já se fartou do Tinder e aplicações do género e quem vai em modo repetente, pois no passado a coisa até já deu certo e o cupido acertou em cheio (ou não, afinal…voltou)! 

Não foi o nosso caso... o cupido não estava com a pontaria afinada e as flechas bateram todas ao lado... raio do cupido que é míope! Tivemos vários “Matchs”, é verdade, mas isso é outra conversa. Mas não deixou de ser uma noite diferente, divertida e que acabou por superar as nossas expectativas! 

 

Se estão solteiros, aconselhamos! Nunca se sabe o que vão encontrar e afinal é só experimentando as coisas que podemos perceber o que pensamos/ sentimos em relação a elas.

 

P.S- O Speed dating acabou mas a noite ainda era uma criança e, mal sabíamos nós, que tinha ainda muito para dar. Mas isso fica para outro post. ;) 

 

Monstra P. 

(Este post não seria possível sem a colaboração preciosa da amiga S. Obrigada!)

Mulheres, não usem espuma no cabelo, a não ser que sejam a Cher

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Ou o Iran Costa nos seus tempos áureos.

 

Este post vem obviamente na sequência do post sobre homens que usam gel no cabelo. Há que ver sempre o outro lado da barricada e, neste caso, do outro lado da barricada está o mulherio que gosta de usar o cabelo empastado em espuma.

 

Na minha opinião de humilde stylist dos tempos modernos e de mulher de bom senso, a espuma pode ser utilizada para alguns fins (reparem bem como não estou a ser logo à partida uma jararaca e estou a dar uma oportunidade à dita cuja).

 

Por exemplo, se depois de a usar fizer um stylling com o secador ou com o babyliss – vai ficar muito bem certamente. Ou até se usar as novas espumas que fazem a vez do velhinho condicionador (https://pantene.pt/pt-pt/cuidado-classico-condicionador-em-espuma). Isto deve dar um jeitão!

 

O meu problema é mesmo quando se usa a espuma para dar aquele look molhado e micro-nano-encaracolado ao cabelo. Quem tem o cabelo encaracolado não precisa disso, mas sim de bons cuidados para manter os caracóis definidos e, em última instância, finalizar o processo com um óleo hidratante ou com um produto que não lhe dê um ar de quem saiu todos os dias de uma máquina de lavar.

Estou convencida que a mulherada que o faz não quer ter muito trabalho com o cabelo, mas então mais vale cortá-lo um pouco ou apanhá-lo ou alisá-lo para todo o sempre.

 

Espuma só em bom, minhas caras, numa banheira, por exemplo! Como diria a querida Rita Lee.

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Monstra S.

Homens, a não ser que sejam a reencarnação do Leonardo Dicaprio no Titanic, não usem gel no cabelo

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Pois é, contam-se pelos dedos de uma mão as ocasiões em que um homem fica bem com gel no cabelo. Uma delas é em ocasiões de festa, tal Leonardo em seu jantar de gala, mas ainda assim arrisco-me a dizer que este look está a atirar mais para a brilhantina do que para o gel.

E está muito bem dado o contexto.

 

Digam-me uma pessoa a quem o gel, esse grande ícone dos anos 90, fique bem. Para mim, o gel está para o cabelo dos homens como a espuma está para o cabelo das mulheres. E ainda assim o gel consegue ser um bocadinho pior. Vocês que me estão a ler podem perguntar: mas onde raio é que ainda vês pessoas que andam para aí a usar gel? Vejo, e bem! E não é preciso passear muito, todos os dias tenho essa sorte no meu local de trabalho. E, believe me, nenhunzinho com look à Leonardo. 

 

O look do cabelo com gel é persistente e anda por aí à solta, nomeadamente nas cabeças que ainda resistem a ter algum cabelo. Sim, porque o gel é coisa que para além de fazer um homem mais feio do que ele pode aparentemente ser, ainda os deixa carecas a longo/médio prazo. Meus caros, não vale a pena correr o risco. Vejam como estão bem postos com essa trunfa ao natural. E se gostam de algum estilo (sim, porque se as Barber shops proliferam é porque os homens andam mais preocupadinhos com o cabelo e a barba - no fundo, todos os pelos do corpo em geral), experimentem usar outros produtos de styling menos azeitola.

 

Mulheres dos homens que usam gel no cabelo: a não ser que sejam a Kate Winslet, também têm culpa no cartório. E se usarem espuma no cabelo, digo-vos já que estão bem um para o outro. A sério, double wet look at home?

Bem, gostos não se discutem, eu sei. Cada um anda como quer, mas eu tenho quase 100% certeza que quem usa gel no cabelo o faz por alguma destas razões:

a) não gosta particularmente dos jeitos do seu cabelo (sei bem o que isso é, mas usem lá um babyliss em vez disso);

b) acha que fica com um ar mais sensualão e jovem (não ficam, senhores!);

c) acha que as mulheres gostam de gel, porque dá um ar mais arrumadinho (não gostamos, imaginem lá o que é por as mãos nisso. E depois para as tirar de lá? Lá se vai a manicure. Ok, a não ser que seja também de gel, eheh);

d) acha que assim vão disfarçar as entradas (não vão, estão a acentuar mais o problema. O gel vai separar mais os cabelos e o casco vai ficar mais visível)

e) todas as razões anteriores.

 

Por isso, perdoem-nos, pois não sabem o que fazem. 

 

Ainda sou do tempo em que era cool ter o cabelinho bem espetadinho com gel, que giro que ficava. Mas nessa altura os Aqua e os Vengaboys lideravam os tops internacionais e a Buffy era a série mais fixe de sempre.

Agora, dar de caras com o Angel na pausa para ir beber um café, não é fixe.

 

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Monstra S.

 

Eva, a primeira mulher na terra, deu a Adão uma maçã. Mas bem podia ter sido um punhado de bagas goji.

Detox, juicing, souping, granolas, panquecas, happy bowls, quinoa, paleo, antioxidante, probióticos, glúten, trigo-sarraceno, bulgur, miso, espelta, spirulina, maca, goji, chia, stevia, macarroba, ghee, quark, skyr, óleo de coco.

A lista não tem fim. São conceitos-tendência que, afinal, já cá andam neste mundo desde o tempo em que andávamos a tentar fazer fogo com duas pedras.

 

O mundo dos alimentos saudáveis não para de nos surpreender, mas a mim, aquilo que mais me faz confusão, é a volatilidade com que eles se tornam saudáveis e de repente deixam de o ser, pelo menos em parte. E não falo das sardinhas que antes faziam mal e agora são ricas em ómega-3, do óleo de girassol que era muito mais saudável do que o azeite ou do açúcar – sim do açúcar. A minha avó conta muitas vezes que o médico da aldeia dela dizia aos pais para deixarem a saca do açúcar aberta, de modo a que seus petizes pudessem comer dele à vontade, pois fazia muito bem aos ossos – imagine-se!

  

Falo de coisas bem mais atuais, como os sumos detox que são ótimos para tudo (mas que a seguir podem matar), da granola que é top (mas, alto lá, isto afinal está carregadinho de açúcar!), da dieta paleo (que é bem boa para o colesterol, mas não tão boa para o fígado), da soja (que era a coisa mais maravilhosa do mundo, mas que afinal está cheia de hormonas), dos iogurtes sem lactose, light ou skyr (tudo de bom, sem culpas e muito proteico, blá, blá, mas… estão cheios de açúcares camuflados, edulcorantes, espartame e sabe-se lá mais o quê), a chia (que não se pode abusar senão aquilo rebenta-nos os estômago de tanto inchar) e até os produtos biológicos podem já não ser assim tão biológicos (os velhacos!).

 

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Onde é que tudo isto começou, é a questão. Eu arrisco a dizer que a moda da alimentação saudável veio primeiro com os produtos light e logo a seguir com a redescoberta da soja. Durante alguns anos foi assim, de vez em quando lá vinham as algas, o arroz e as farinhas integrais ou a frutose darem o ar da sua graça (destes acho que hoje em dia só a as pobres algas continuam a usar o título “saudável”).

  

Não sei bem precisar, mas arrisco a dizer que as redes sociais e os blogs, bem como algumas figuras públicas e as nutricionistas da moda, vieram dar um grande impulso a esta corrente da alimentação saudável. O grande boom foram os sumos detox e daí até à “comida do bem” foi um saltinho. Isto trouxe muitas coisas boas, a meu ver: a maior parte das pessoas está melhor informada sobre aquilo que come e pode fazer melhores escolhas. Outras coisas não são assim tão boas: há algum fanatismo sobre algumas destas tendências que, pessoalmente, não concordo muito. Por exemplo, quem não tem qualquer tipo de intolerância deveria mesmo excluir o glúten? Devíamos excluir todo o açúcar e gorduras completamente da nossa alimentação? Devíamos só comer super bowls ao pequeno-almoço e excluir a torrada com café com leite? Devíamos comer só coisas cruas?

 

Todas estas questões vêm à baila, principalmente quando estou com algumas amigas minhas. Esse grupo de amigas em particular é constituído por pessoas muito bem formadas, que se interessam muito pelas tendências e estão atentas àquilo que está a dar. São pessoas trendy, vá. Quando estamos juntas, quase sempre falamos sobre um ou outro ponto daquilo que está a dar na alimentação saudável. Não é uma conversa planeada, simplesmente acaba por calhar em conversa (verdade: reunimo-nos quase sempre em volta de um belo respasto). E no final, há sempre dúvidas que nos assolam o pensamento. Já chegámos mesmo à conclusão de que não há nada a fazer: há vários pontos de vista sobre o leite de soja, sobre a dieta paleo, sobre o jejum prolongado, sobre a chia, sobre a manteiga e a margarina, sobre o óleo de coco, sobre o glúten… muitos pontos divergentes sobre todos eles e questões, muitas questões, que pairam no ar.

 

Eu arrisco a dizer que os meios de comunicação também têm culpa no cartório (lembro-me da capa da Visão sobre os sumos detox, com a Jessica Athayde toda gira na capa, da reportagem da SIC sobre o açúcar que lançou a polémica ou a mais recente bomba sobre os produtos biológicos, também na Visão).

 

Penso que tenho alguma legitimidade para falar do assunto, já que a minha formação base foi o jornalismo e agora trabalho na área dos produtos saudáveis! Ironias. Na minha opinião é preciso informar bem o consumidor e informar sobre aquilo que é realmente saudável. Ser saudável é ser equilibrado e estar bem consigo próprio. E se isso for comer uma bola de Berlim na praia em plenas férias, que seja. Para mim, passar o Natal sem uma rabanada no bucho - não vai dar! Ou ir comer uns caracóis sem um pãozinho torrado a fazer pandã é para esquecer. Mas obviamente que no dia-a-dia temos de ter algum tento na língua, literalmente. Não vamos ser uns alarves a vida toda. Mas também não podemos ser escravos de modas e tendências. Um pouco como acontece nas peças de vestuário, vá. O equilíbrio dos clássicos ganha sempre.

 

Monstra S.

10 coisas que fazem de si um colega de trabalho irritante

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Sim...é verdade que é impossível agradar a toda a gente.. Que temos de gostar de nós, de ter amor próprio e não deixar que as críticas dos outros nos deitem abaixo. Mas também é importante estar aberto à mudança e tentar, pelo menos tentar, alterar alguns dos hábitos que podem, eventualmente, irritar as pessoas que trabalham ao nosso redor.

A lista abaixo foca alguns aspectos irritantes para os colegas de trabalho. Não encarem isto como um post crítico, mas sim como um post de auto-ajuda para que (caso preencham algum dos pontos abaixo) se tornem num colega melhor e deixem o lugar de mais irritante para outro! ;)

 

Cá vamos nós!

10 coisas que fazem de si um colega de trabalho irritante:

  1.  Trazer sacos de plástico com snacks e outros itens e mexer-lhes a cada 5 minutos;
  2. (Se for mulher) usar saltos altos quando anda constantemente de um lado para o outro- não precisa de deixar de usar saltos mas pode sempre optar por colocar umas capas nos saltos de forma a diminuir o barulho que estes provocam sempre que caminha pelo escritório...
  3. Atender e desligar o telefone de forma fervorosa e batendo fortemente com o telefone sempre que desliga (falar num volume muito elevado também deve ser evitado);
  4. Dar recados em modo “telefone estragado”: nunca correspondem à verdadeira mensagem e acabam por fazer o colega perder tempo a tentar decifrar a mensagem ou a refazer o que foi pedido pois, na verdade, não era nada do que lhe transmitiu;
  5. No meio de uma conversa entre outros colegas, interromper e fazer uma pergunta totalmente fora do contexto;
  6. Estar sempre a fazer as mesmas perguntas sobre procedimentos internos;
  7. Oferecer-se para ajudar os colegas … mas apenas quando o chefe está presente;
  8. Assumir e oferecer-se para fazer trabalho que acaba por nunca concluir e por passá-lo a outro colega em cima do deadline;
  9. Fingir estar super atarefado quando, na verdade, anda apenas de um lado para o outro para evitar trabalho;
  10. NUNCA ADMITIR OS SEUS ERROS

A lista podia continuar mas achei melhor resumir para aqueles que acho que, na minha opinião, são das coisas mais irritantes que um colega pode fazer.

 

A quem se reviu no post, espero que este o ajude a ser um colega melhor.

A quem se reviu na tortura, espero que pelo menos se sinta melhor por saber que há mais pessoas no mundo em sofrimento...

 

Monstra P.

5 experiências que (à partida) não pensaria viver

Já todos sabemos que a vida são dois dias e eu, pessoalmente, tento lembrar-me disso com regularidade!

Não quer isto dizer que vivo todos os dias como se fossem o último, mas tento não me deixar abalar pelas coisas pequenas da vida e rodear-me de pessoas do bem, boa onda e que não se deixem arrastar pelo stress e negatividade.

 

Pelo meu ainda curto (pelo menos gosto de me convencer disso) percurso por esta vida, adotei um lema: experimentar (quase) tudo o que este mundo tem para nos oferecer, pelo menos uma vez. Afinal, como é possível formar uma opinião sem nunca experimentar?

 

E foi precisamente numa conversa do género com uma amiga que nasceu a ideia para este post, que é nada mais que uma introdução, para 5 posts muito interessantes (espero eu).

 

Desafio: Viver 5 experiências que (à partida) nunca pensei viver

Deadline: 5 meses (sim, porque as experiências pagam-se e a malta tem um budget limitado)

 

A única regra: manter a mente e o espirito aberto e deixar de lado as ideias pré- concebidas que estão ligadas a algumas experiências.

 

Como a vida é feita de partilhas, todos os meses escreverei aqui uma review de cada experiência vivida, com todos os detalhes e mais alguns, para que (espero eu) no final fiquem cheias de vontade de experimentar. Se não quiserem experimentar estas, que pelo menos desperte em vós a vontade de arriscar e experimentar o que nunca haviam pensado!

 

Não percam os próximos posts, porque nós também não! :P

 

C U soon,

Monstra P.

Muito prazer, nós somos as MONSTRAS.

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As Monstras somos nós. Duas amigas com muitas coisas em comum, outras nem tanto.

Para além do óbvio (uma loira, outra é morena, como diria o querido Marco), uma é fã de saltos altos, a outra prefere uns bons ténis. Uma é expert em viagens e lazer e a outra adora moda. Ambas são fãs de comida. Muita e boa comida. Às vezes mais tradicional, outras vezes mais saudável (tentamos!), mas é unânime que tem de ter sempre muito sabor. Temos amigos em comum e neste momento até trabalhamos na mesma empresa.

Decidimos criar este blogue por várias razões e por nenhuma razão em especial. Na verdade, algumas pessoas amigas já nos tinham feito a sugestão, mas as desculpas eram sempre as mesmas. Agora não temos tempo, olha só o trabalhão que isso dá, não temos vida para isto, ninguém vai achar piada, vai ser só mais um blogue no meio da blogosfera, e por aí fora. E a bem dizer, tudo isto é verdade. O que nos moveu mesmo, e daí ter saído à cena o nome MONSTRAS, foi a decisão de que este blogue seria uma espécie de montra de situações e sentimentos que são comuns a tantas mulheres.

Todas nós nos sentimos, de vez em quando, com uma monstra a viver dentro de nós. Ora é o cabelo que acordou péssimo, os sapatos que estão a dar cabo de mim e tenho de continuar a sorrir nesta reunião, agora sujei-me ao almoço e apareço uma jávarder, a minha pele já teve melhores dias, o meu homem está doente e parece que está a morrer em casa, tenho a minha gata a acordar-me todos os dias às 5 da manhã, o verniz está a descascar e agora vou ter de arrancar tudo à dentada, vem aí a praia e a minha celulite chega-me aos joelhos - e por aí fora.

Por todas as mulheres que se sentem um bocadinho monstras de vez em quando, que chegam à noite e deitam a cabeça na almofada com a sensação de que estiveram o dia todo à pancada, eis que abriu esta humilde casa. Todas são bem-vindas e, sem feminismos associados, os homens estão mais que convidados.

Monstrengai por aqui à vontade!